Recentemente,
estive na região de ilhéus e Itabuna e fiquei deslumbrado em penetrar de
fazenda adentro naquele restante de mata atlântica que ainda resiste naquela
região cacaueira marcada no imaginário popular por lendas que retratam o
passado de extravagâncias dos ricos e famigerados coronéis, imortalizados pela
literatura de Jorge Amado, o sul da Bahia luta para recuperar o prestígio de
tempos atrás da cultura que moldou a identidade da região: o cacau. Jorge Amado chama a atenção para o cenário do cacau com obras como
Cacau (1933), seu segundo romance, seguido por Terras do sem fim (1943),
narrativa sobre a saga da conquista da terra e a origem social dos coronéis, e
São Jorge dos Ilhéus (1944), continuação do enredo anterior e que, como
Gabriela Cravo e Canela (1958) aborda as mudanças no contexto social e
econômico da região cacaueira.
As primeiras pesquisas sobre o cacau foram
iniciadas em 1923, quando foi criada a Estação Experimental em Uruçuca-BA, pelo Ministério da Agricultura. Esta se
limitou a fazer alguns estudos sobre práticas e beneficiamento do cacau, mas o
trabalho não andava por falta de verbas. Atualmente ainda é incerto o futuro da cultura do
cacau por causa da vassoura de bruxa, uma praga que afetou a produção e
empobreceu o agricultor. Estão sendo realizadas experiências de clonagem do
cacau e estudo do genoma, na tentativa de solucionar o problema.
O cacau é uma planta muito sensível ao clima. Ela
precisa de chuva, mas também de sol. É uma árvore nativa da floresta amazônica
e encontrou na região da Mata Atlântica da Bahia um local favorável para seu
desenvolvimento. Atualmente a lavoura tem sofrido bastante com as mudanças climáticas, o
que interferiu em sua produção. Mas, foram desenvolvidas novas espécies mais
resistentes, principalmente à praga denominada VASSOURA DE BRUXA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário