Marcelo Odebrecht criou sistema de “contrapartida” para se certificar de que seu principal interlocutor no PT antes de 2011, Antônio Palocci, falava de fato em nome de Lula. Ele pedia ao pai, Emílio, para informar a Lula sobre propinas já pagas ao PT, totalizações e valores que só a Odebrecht tinha. Em 2010 pediu que o pai informasse a Lula sobre o total ao PT: R$ 200 milhões. Palocci mencionou o valor numa conversa posterior; era a prova de que seu interlocutor falava em nome de Lula. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Além de Emílio, o ex-executivo Alexandrino Alencar era usado para fazer a “ponte” com Lula, que monitorava o propinoduto.
A delação de Marcelo Odebrecht reforçou no Ministério Público Federal que Lula era mesmo o “comandante máximo” ou chefe da quadrilha.
Marcelo pediu a Emílio Odebrecht para informar Lula do balanço: em dois anos, foram R$200 milhões em propina paga ao PT.
Lula já sabia dos R$200 milhões quando Palocci “jogou verde” para Marcelo, citando R$300 milhões. Marcelo corrigiu, firme: “Foram 200”.
terça-feira, 18 de abril de 2017
O JUIZ SÉRGIO MORO PASSOU UM PITU NO BOBINHO LULA...
LULA QUIS BANCAR O ESPERTO E SE DEU MAL |
Claudio Humberto
O
juiz federal Sérgio Moro reagiu à altura a uma manobra protelatória dos
advogados de Lula, que apresentou pedido para ouvir 87 testemunhas de defesa. O
magistrado deferiu o pedido, até para que o ex-presidente não alegue
cerceamento de defesa, mas determinou que ele esteja fisicamente presente em
todos os depoimentos. A decisão está publicada no sistema da Justiça Federal do
Paraná. Em seu despacho, Moro afirma que “SERÁ
EXIGIDA A PRESENÇA DO ACUSADO LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA NAS AUDIÊNCIAS NAS
QUAIS SERÃO OUVIDAS AS TESTEMUNHAS ARROLADAS POR SUA PRÓPRIA DEFESA, A FIM
PREVENIR A INSISTÊNCIA NA OITIVA DE TESTEMUNHAS IRRELEVANTES, IMPERTINENTES OU
QUE PODERIAM SER SUBSTITUÍDAS, SEM PREJUÍZO, POR PROVAS EMPRESTADAS”.
Além de Lula, essa ação tem outros sete réus, entre eles o ex-ministro Antônio
Palocci, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Bahia Odebrecht, um dos advogados
de Lula, Roberto Teixeira, e Glaucos da Costa marques, primo do pecuarista José
Carlos Bumlai. Ação é oriunda da denúncia do Ministério Público Federal (MPF)
que e envolve a compra de um terreno para a construção da nova sede do
Instituto Lula e um imóvel vizinho ao apartamento do petista, em São Bernardo
do Campo. Segundo os procuradores a ex-primeira-dama Marisa Letícia TENTOU
DISSIMULAR a real propriedade do apartamento,
forjando e assinado um contrato de locação com Glaucos da Costa marques. A
compra do terreno não ocorreu.
LULA IRÁ 87 VEZES A CURITIBA
O juiz federal Sergio Moro determinou que Luiz Inácio Lula da Silva acompanhe presencialmente os depoimentos das 87 testemunhas que sua defesa listou em um dos três processos em que o ex-presidente é réu na Operação Lava Jato.
O magistrado justifica que a medida foi tomada para "prevenir a insistência na oitiva de testemunhas irrelevantes, impertinentes ou que poderiam ser substituídas, sem prejuízo, por prova emprestadas [de outros processos]".
No despacho, publicado no início da noite desta segunda (17), Moro reclama que "parece bastante exagerado" o número de testemunhas listadas por Lula no processo, entre elas "dois senadores, dois deputados federais, o ministro da fazenda e um ministro do TCU".
Ele diz que é "absolutamente desnecessário" escutar todas as pessoas, porque em outra ação da Lava Jato houve "várias desistências", inclusive durante a própria audiência, além de depoimentos "de caráter eminentemente abonatório ou sem conhecimento específico dos fatos que eram objeto da acusação".
"De todo modo, é o caso, por ora e para evitar alegações de cerceamento de defesa, de deferir o requerido", disse Moro.
"Não obstante, já que este julgador terá que ouvir oitenta e sete testemunhas da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, além de dezenas de outras, embora em menor número arroladas pelos demais acusados, fica consignado que será exigida a presença do acusado Luiz Inácio Lula da Silva nas audiências nas quais serão ouvidas as testemunhas arroladas por sua própria defesa", acrescentou.
O próprio Lula já tem data marcada para ir a Curitiba e depor a Moro: no dia 3 de maio, mas em outra ação.
Procurada, a defesa de Lula disse em nota que a decisão é "mais uma arbitrariedade contra o ex-presidente, pois subverte o devido processo legal, transformando o direito do acusado (de defesa) em obrigação".
"Presente o advogado, responsável pela defesa técnica, a presença do acusado nas audiências para a oitiva de testemunhas deve ser uma faculdade e não uma obrigação", afirmou em nota o advogado Cristiano Zanin Martins.
Segundo Martins, o juiz Sérgio Moro "adota o direito penal do inimigo em relação a Lula" e "pretende, claramente, desqualificar a defesa e manter Lula em cidade diversa da qual ele reside para atrapalhar suas atividades políticas". - Fonte: Folha de S.Paulo - Josá Marques -
PITACO DO BLOG CHUMBO
GROSSO: - NO DIA 15 DE SETEMBRO DE 2016, EM
DISCURSO, ATREVIDAMENTE, LULA VOMITOU ESSAS PALAVRAS AO BOSTEJAR NO MICROFONE:
“PROVEM UMA CORRUPÇÃO MINHA QUE IREI A PÉ ATÉ A DELEGACIA, COMO AS PESSOAS VÃO
A PÉ ATÉ APARECIDA DO NORTE PARA PAGAR PECADOS”. DESTRINCHANDO O BOSTEJAR DE
LULA AO PÉ DA LETRA, EM BOM PORTUGUÊS, DIGO MELHOR, MATEMATICAMENTE FALANDO À
DISTÂNCIA DE SÃO PAULO A CURITIBA É DE 410 KM. POIS BEM!!! 410 X 87 = 35 MIL QUILÔMETROS... FICA BEM ALI!!!
P.S1.:
- Não sei se o meliante vai aguentar o REPUXO, pois o traste já está
definhando, só que: o Juiz Sérgio Moro vai fazer dele um picadinho...
P.S2.:
- Todo TROMBADINHA evita ao máximo ficar
frente a frente com um juiz. imaginem 87 vezes o Garboso Seboso
de Caetés na frente de um leão lambendo
os beiços...
segunda-feira, 17 de abril de 2017
PRIMEIRAMENTE, FORA LULA!!!
Ricardo Noblat
Quem foi Marcelo Odebrecht? O
mandachuva do país durante o reinado do PT? O chefe de uma sofisticada
organização criminosa? Ou o “bobo da corte” afinal preso e forçado a delatar? E
Lula, quem foi? O primeiro operário a chegar ao poder? O maior líder popular da História? OU O PRESIDENTE
QUE FEZ DA CORRUPÇÃO UMA POLÍTICA DE ESTADO? Marcelo será esquecido. LUIZ
INÁCIO ODEBRECHT DA SILVA, JAMAIS.
Em dezembro de 1989, poucos dias
após a eleição do presidente
Fernando Collor de Melo, o
deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP), ex-condestável do novo regime, almoçava
no restaurante Piantella, em Brasília, quando entrou a cantora Fafá de Belém,
amiga de Lula. “Como vai Lula?”, perguntou Ulysses. Fafá passara ao lado dele o
domingo da sua derrota para Collor.
E contou: “Lula ficou muito
chateado, mas começamos a beber e a comer, os meninos foram para a piscina e
ele acabou relaxando”. Ulysses quis saber: “Tem piscina na casa de Lula?” Fafá
explicou: “Tem, mas a casa é de um compadre dele, o advogado Roberto Teixeira”.
Ulysses calou-se. Depois comentou com amigos: “O MAL DE LULA É QUE ELE PARECE
GOSTAR DE VIVER DE OBSÉQUIOS”. NA MOSCA!
Lula viveu de obséquios. Vive. O
dinheiro não o atrai. A rotina da política, tampouco. O conforto e as facilidades,
sim. Terceiriza a missão de obtê-las. O PODER SEMPRE O FASCINOU. E para
conquistá-lo e mantê-lo, MANDOU ÀS FAVAS TODOS OS ESCRÚPULOS QUE NÃO TINHA.
Os que o cercam em nada se
surpreenderam com a figura que emerge das delações dos executivos da Odebrecht.
É um pragmático, oportunista, que se revelou um farsante. Emilio, o patriarca
dos Odebrecht, decifrou Lula muito antes de ele subir a rampa do Palácio do
Planalto. Conquistou-o com conselhos e dinheiro. Perdeu nas vezes em que ele
foi derrotado. Recuperou o que perdeu e saiu com os bolsos estufados quando
Lula e Dilma governaram. Chamava-o de “chefe”. Emílio era o chefe.
Nos oito anos da presidência do
EX-OPERÁRIO QUE DETESTAVA MACACÃO e sonhava com gravatas caras, o país conviveu
com o Lula que pensava conhecer e, sem o saber, também com LUIZ INÁCIO
ODEBRECHT DA SILVA, só conhecido por Emílio e alguns poucos. “Cuide do meu
filho”, um dia Lula pediu a Emílio. Que retrucou: “Cuide do meu também”. EMÍLIO
CUIDOU DE FÁBIO. LULA, DE MARCELO.
De Lula cuidaram Emílio e
Marcelo, reservando-lhe uma montanha de dinheiro em conta especial para satisfazer-lhe todas as vontades. Lula retribuiu com
decisões governamentais que fizeram a Odebrecht crescer muito mais do que a
Microsoft em certo período. A ODEBRECHT PAGOU A LULA, E LULA PAGOU A ODEBRECHT,
COM A MESMA MOEDA – RECURSOS PÚBLICOS. QUEM PERDEU COM ISSO?
A Odebrecht ganhou mais dinheiro
à custa de Lula do que ele à custa dela, mas Lula foi mais esperto.
CRIOU SEU PRÓPRIO BANCO, ADMINISTRADO PELA EMPREITEIRA. E quando precisava
sacar, outros o faziam em seu nome. Imagina não ter deixado impressões digitais
nas negociatas em que se meteu. A polícia já identificou muitas. E outras serão
identificadas antes do seu depoimento em Curitiba.
Corrupção mata. Mata sonhos, esperanças,
alucinações. Mata o passado, o presente e compromete o futuro. Mata também de
morte morrida à falta de saneamento, hospitais, escolas, segurança pública. A
impunidade mata tanto ou mais. A HORA E A VEZ SÃO DA JUSTIÇA. E ELA SERÁ
JULGADA PELO QUE FIZER OU DEIXAR DE FAZER.
LULA CORRE DE TELEFONE CELULAR, ASSIM COMO O SATANÁS FOGE DA CRUZ!!!
LULA NÃO CHEGA PERTO DE CELULARES E FALA AOS COCHICHOS COM MEDO DE GRAMPOS |
Com medo de ser alvo de gravações que o comprometam, sobretudo no âmbito
da Lava Jato, o ex-presidente Lula ordenou que OS
CELULARES DE QUEM O VISITA SEJAM RECOLHIDOS ANTES DE QUALQUER REUNIÃO PRIVADA. Sempre
lembra que celulares têm gravadores. Réu em cinco processos por corrupção, Lula
não fala ao telefone nada que não possa ser divulgado. Ele não desconfia, tem
certeza de que está grampeado. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do
Diário do Poder. Até em casa Lula fala quase aos cochichos. E encomenda
varreduras periódicas em seus endereços, temendo escutas ambientais. O
ex-presidente usa apenas aparelhos de seguranças e assessores. É UM
DOS RAROS BRASILEIROS QUE NÃO TÊM SEU PRÓPRIO CELULAR. O
grampo da Policia Federal que flagrou o plano para obstruir a Justiça foi uma
conversa de Dilma com Lula no celular de um segurança dele. PARANÓICO,
Lula implantou a regra que até hoje é seguida no Palácio do Planalto: ninguém
entra no gabinete presidencial com celular no bolso.
DILMA BOTOU NO PÉ DO CIPA PROPINA DE R$ 50 MILHÕES
MARCELO ODEBRECHT REVELOU QUE CONTRATO VALEU R$ 50 MILHÕES AO PT |
Ex-presidente da empreiteira Marcelo
Odebrecht revelou que a parte do PT no
contrato de desenvolvimento do Submarino Nuclear brasileiro (Prosub) FOI DE
R$ 50 MILHÕES. O negócio,
segundo o ex-executivo, era complexo pois havia também acordo de transferência
de tecnologia por parte da empresa francesa que tinha o contrato com a Marinha
do Brasil. O negócio rendia à Odebrecht de R$ 500 a 700 milhões ao ano. A
informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder. “Sempre que
chegava o final do ano, tinha um problema para receber” no contrato do Prosub,
queixou-se Odebrecht na sua delação. Quando Odebrecht cobrava os pagamentos de
parcelas, “AUMENTAVA A EXPECTATIVA” DE PROPINA EM
GUIDO MANTEGA E JOÃO VACCARI NETO. O
alto valor do submarino forçava Odebrecht a tratar diretamente com Guido sobre
pagamentos, já que era ele o responsável pela liberação.
O VIGARISTA COLLOR DE MELLO CONHECIDO POR "ROXINHO", MAIS UMA VEZ CAIU NA ARAPUCA
Lígia Formenti
"Quero, quero, gostei, mas preciso ganhar", teria dito o então candidato ao governo de Alagoas nas eleições de 2010, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, durante uma discussão sobre doação de recursos para sua campanha. Os ex-executivos da Oderbrecht Ambiental, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Alexandre José Lopes Barradas, afirmam em depoimento à Procuradoria Geral da República que a conversa ocorreu no apartamento do próprio senador, em Maceió, em agosto daquele ano. "Collor disse que precisava ganhar a eleição e que para isso ele precisava de dinheiro, a campanha estava muito cara", afirmou Barradas.
Em delação premiada, os executivos afirmaram que a empresa repassou para a campanha de Collor R$ 800 mil de propina e caixa 2. Nas planilhas, o senador era apelidado como "Roxinho", numa referência à frase dita por ele ainda no exercício do mandato de presidente. Em 1991, ele afirmara ter nascido "com aquilo roxo." O valor foi pago pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, que controlava os pagamentos de propinas à políticos.No vídeo, Barradas conta que o pagamento foi feito em São Paulo ."Não foi uma doação oficial. A origem do dinheiro era lícita, mas a maneira de passar era que estava errada", reconheceu. De acordo com ele, isso já estava como pressuposto na reunião. "Não tínhamos condições de fazer doação oficial, enquanto Oderbrecht Ambiental, porque somos uma empresa prestadora de serviço público. Isso é de conhecimento geral."Além dos ex-executivos da Oderbrecht, estava presente na reunião o Euclydes Mello, primo de Ferando Collor.
O tema central do encontro era uma eventual privatização da Companhia Estadual Alagoana de Saneamento (Casal). "A empresa é uma das mais deficitárias do Brasil. Ele entendeu e disse se francamente favorável à privatização, que sempre foi liberal", disse Santos Reis. "Com esse discurso compatível entre o que ele se propunha a fazer e com que nós gostaríamos de ver, nós acertamos a contribuição de R$ 800 mil", completou o ex-diretor Santos Reis.
No depoimento, Barradas contou que ele e Santos Reis viajaram para Maceió com um avião da companhia, especialmente para discutir a doação de campanha com Collor. O plano de voo foi apresentado como uma das provas, além da planilha do sistema Drousys, o departamento de propinas da Odebrecht, onde consta a doação de R$ 800 mil. Barradas afirma que já havia, durante o voo, a percepção de que Collor pediria uma contribuição para a eleição. "Não tinha dúvida. Toda vez que você conversa com candidato há expectativa de que ele lhe peça alguma coisa. Essa expectativa com certeza existia."Nas palavras do ex-executivo da Oderbrecht, Collor foi "propositivo". "Quero que você faça as obras", teria dito. "E nós: 'senador, nós não fazemos obras. Nosso negócio é investimento, é gestão. Inclusive quem faz a obra não somos nós. Nós contratamos as obras'. E ele: 'Quero, quero, quero. Preciso ganhar'", relatou Barradas no vídeo.Foi nesse momento, disse Barradas, que o tema da doação surgiu. De acordo com Barradas, a reunião com Collor seguiu um padrão comum a de outros políticos. "Quando você tem uma reunião com um candidato, é uma exposição. O candidato do Brasil está sempre atrás de dinheiro. A estratégia da empresa era isso. No momento adequado, buscar as pessoas para tentar ter a sensibilidade, para que eles possam colocar nos planos de governo".
Em nota, o senador Fernando Collor negou o recebimento de recursos indevidos. "Nego, de forma veemente, haver recebido da Odebrecht qualquer vantagem indevida não contabilizada na campanha eleitoral de 2010".
A FOME DOS CROCODILOS
Ruth de Aquino
A conversa animal se deu entre dois gigantes, na era pré-Dilma.
O presidente da maior empreiteira, Emílio Odebrecht, disse ao pai dos pobres, Lula, o presidente mais popular do
Brasil: “SEU PESSOAL ESTÁ COM A GOELA MUITO ABERTA. ELES ESTÃO PASSANDO DE
JACARÉ A CROCODILO”. Os crocodilos são maiores, mais pesados e de focinho mais longo
que os jacarés, e seu quarto dente do maxilar inferior aparece mesmo com a boca
fechada. Diz-se que crocodilos não existem no Brasil. Parece que sim. Saíram do
Planalto Central. Rastejam.
Seria
menos penoso para nosso país carcomido se os crocodilos fossem apenas vermelhos
ou azuis, se pertencessem a só uma espécie. Seria mais fácil erradicá-los. Mas
as delações de 77 executivos da Odebrecht – incluindo a mais explosiva, do
ex-presidente da empresa, Marcelo, preso há quase dois anos pela Operação Lava
Jato – expõem a crocodilagem do sistema político brasileiro. A cada mordida de
98 políticos e aliados, milhões de reais ou dólares passaram de MÃO EM MÃO, DE
CONTA EM CONTA, DE GAVETA A MOCHILA. Os crocodilos são insaciáveis.
Nem percamos tempo com a declaração bombástica do empresário de que “não existe eleito no Brasil sem caixa dois”. Dois terços dos casos investigados se referem a corrupção mesmo, não a caixa dois. Atingem oito ministros, 24 senadores e 39 deputados, além de governadores e ex-presidentes. Os casos mais chocantes envolvem VENDA DE MEDIDAS PROVISÓRIAS e propinas em obras para favorecer a empreiteira.
Nem percamos tempo com a declaração bombástica do empresário de que “não existe eleito no Brasil sem caixa dois”. Dois terços dos casos investigados se referem a corrupção mesmo, não a caixa dois. Atingem oito ministros, 24 senadores e 39 deputados, além de governadores e ex-presidentes. Os casos mais chocantes envolvem VENDA DE MEDIDAS PROVISÓRIAS e propinas em obras para favorecer a empreiteira.
Michel Temer não
pode ser investigado por ser presidente da República e ter imunidade. Mas foi
acusado pelo executivo Márcio Faria de presidir em seu escritório de
vice-presidente uma reunião em julho de 2010. Segundo Faria, Temer delegou a Eduardo Cunha e
Henrique Eduardo Alves a missão de pedir da Odebrecht 5% de um contrato
internacional de US$ 800 milhões da Petrobras. Temer se ausentou entre a
sobremesa e o cafezinho. Foram US$ 40 milhões de propina.
Os casos
mais prosaicos envolvem mimos para parentes, COMO A MESADA DE R$ 5 MIL PARA UM
IRMÃO DE LULA, o financiamento para o filho de Lula criar uma liga de futebol
americano (que não deu em nada) e o pedido pessoal de Lula para financiar o
estádio de seu time de coração, o Corinthians, cujo valor dobrou de R$ 400
milhões para R$ 800 milhões para servir de sede para a Copa do Mundo. É surreal
escutar isso no Brasil de hoje.
O ministro de Lula e Dilma Guido Mantega usou o expediente de escrever “50” num papel e mostrar para Marcelo Odebrecht, já sem ousar pedir de viva voz R$ 50 milhões para a primeira campanha de Dilma Rousseff em 2010. Também redigiu a letra “V”, pedindo dinheiro para João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT. Era só o começo, porque depois pediu mais R$ 100 milhões. Segundo Emílio Odebrecht, não dava para chamar essas solicitações de “PEDIDOS”. Eram “EXIGÊNCIAS”. Em troca, a Odebrecht levava vantagem nas obras e nas isenções fiscais. O montante desses acordos choca a nação.
Deve ser complicado um ministro da Fazenda e do Planejamento não poder falar o que quer, com medo da prisão. Mantega chama os vídeos e áudios das delações de “vazamentos criminosos”. Não são. São autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. Deve ser complicado para Dilma ver, na televisão, Marcelo Odebrecht dizer que ela sabia de tudo. Não que restasse alguma dúvida na imensa maioria da população. Mas deve doer. Mexeu com ela. Mexeu com o Lula ouvir que Dona Marisa pediu a reforma no sítio de Atibaia, que custou R$ 700 mil segundo Marcelo Odebrecht.
Deve ser complicado para o senador Aécio Neves, do PSDB, aquele mineirinho que um dia sonhou em ser presidente do Brasil, ouvir seu grande amigo Marcelo dizer que ele pediu e recebeu pelo menos R$ 50 milhões em troca de vantagens indevidas para a Odebrecht na área de energia. Fica clara, na delação gravada, a simpatia de Marcelo Odebrecht por Aécio, que ele considerava “o futuro” do país. Os tucanos passados, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também não foram poupados.
Pode parecer mesmo o fim do mundo. Talvez não. Se juntarmos a lista do relator da Lava Jato Edson Fachin à Operação Fatura Exposta no Rio de Janeiro, com a prisão da quadrilha encabeçada pelo médico e ex-secretário de Saúde Sergio Cortes – acusado do crime hediondo de subtrair R$ 300 milhões de doentes –, torço para o país estar velando um defunto em decomposição.
O ministro de Lula e Dilma Guido Mantega usou o expediente de escrever “50” num papel e mostrar para Marcelo Odebrecht, já sem ousar pedir de viva voz R$ 50 milhões para a primeira campanha de Dilma Rousseff em 2010. Também redigiu a letra “V”, pedindo dinheiro para João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT. Era só o começo, porque depois pediu mais R$ 100 milhões. Segundo Emílio Odebrecht, não dava para chamar essas solicitações de “PEDIDOS”. Eram “EXIGÊNCIAS”. Em troca, a Odebrecht levava vantagem nas obras e nas isenções fiscais. O montante desses acordos choca a nação.
Deve ser complicado um ministro da Fazenda e do Planejamento não poder falar o que quer, com medo da prisão. Mantega chama os vídeos e áudios das delações de “vazamentos criminosos”. Não são. São autorizados pelo Supremo Tribunal Federal. Deve ser complicado para Dilma ver, na televisão, Marcelo Odebrecht dizer que ela sabia de tudo. Não que restasse alguma dúvida na imensa maioria da população. Mas deve doer. Mexeu com ela. Mexeu com o Lula ouvir que Dona Marisa pediu a reforma no sítio de Atibaia, que custou R$ 700 mil segundo Marcelo Odebrecht.
Deve ser complicado para o senador Aécio Neves, do PSDB, aquele mineirinho que um dia sonhou em ser presidente do Brasil, ouvir seu grande amigo Marcelo dizer que ele pediu e recebeu pelo menos R$ 50 milhões em troca de vantagens indevidas para a Odebrecht na área de energia. Fica clara, na delação gravada, a simpatia de Marcelo Odebrecht por Aécio, que ele considerava “o futuro” do país. Os tucanos passados, entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também não foram poupados.
Pode parecer mesmo o fim do mundo. Talvez não. Se juntarmos a lista do relator da Lava Jato Edson Fachin à Operação Fatura Exposta no Rio de Janeiro, com a prisão da quadrilha encabeçada pelo médico e ex-secretário de Saúde Sergio Cortes – acusado do crime hediondo de subtrair R$ 300 milhões de doentes –, torço para o país estar velando um defunto em decomposição.
Aqui jaz o velho Brasil. Trinta anos de uma República
corrompida. O sentimento é de luto, mais que indignação. Mas só uma democracia
consegue desvendar tanta sujeira. Por enquanto, são inquéritos. QUE SE CONDENEM
OS CROCODILOS CULPADOS. Que o dinheiro do roubo seja repatriado. Que nasça um
novo Brasil. Boa Páscoa para quem tem consciência limpa.
domingo, 16 de abril de 2017
SAI LULA. ENTRA LUIZ INÁCIO ODEBRECHT DA SILVA
Ricardo Noblat
A Suderj
informa: substituição no time do PT. Sai Lula, o retirante nordestino que sobreviveu
à seca e à miséria, também conhecido como “O Pai dos Pobres”, o “Messias do Rio
São Francisco” ou simplesmente “O Cara”, assim batizado no melhor de sua forma
física pelo ex-presidente americano Barack Obama.
Entra Luiz
Inácio Odebrecht da Silva, o garoto descoberto nas greves da região do ABC
paulista nos anos 80 do século passado pela maior empreiteira da América
Latina, próspero negociante de sua própria fama, e que ao aderir ao chamado
mundo da bola preferiu se apresentar sob a alcunha de “Metamorfose Ambulante”.
Ao fazê-lo,
forneceu todas as pistas para que afinal fosse decifrado, mas isso estava muito
acima da capacidade de compreensão dos seus contemporâneos. Lula, de há muito,
deixara de ser apenas um nome. Fora promovido à condição de sobrenome para
proteger sua numerosa família que passou a se beneficiar do seu sucesso
pessoal.
A história
de Luiz Inácio Odebrecht da Silva começou a ser contada quando o ministro Edson
Fachin, relator da Lava Jato, suspendeu o sigilo em torno das delações de executivos
da empreiteira que está no centro do maior escândalo de corrupção do mundo,
segundo o Departamento de Estado do governo dos Estados Unidos.
Segundo
Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, condenado e preso em Curitiba,
Lula chegou a registrar um saldo de R$ 40 milhões de reais em sua conta-propina
administrada pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Desse total, Lula
sacou, no mínimo, R$ 30 milhões em dinheiro vivo de 2002 para cá.
Homem de
família – embora certa vez tenha se assustado com o boato de que havia fotos
suas em meio a uma farra em Manaus -, cuidou para que ela levasse a vida com
razoável conforto. Para o irmão que o iniciou nas artes da política, Frei
Chico, conseguiu que a Odebrecht lhe pagasse uma mesada mensal em troca de
nada.
Para seu
filho caçula, Luís Cláudio, que a Odebrecht financiasse seus negócios na área
do futebol americano. Foi a Odebrecht, ao seu pedido, que introduziu em Angola
a empresa de construção civil do seu sobrinho Taigara Rodrigues. A empresa,
ali, não foi bem-sucedida. Mas Taigara ganhou o seu pago pela Odebrecht.
Conforme
revelou Emílio Odebrecht, o patriarca da família com negócios em mais de 20
países, não foi Lula que pediu que a empreiteira reformasse em Atibaia o sítio
onde a família costumava repousar. Foi dona Marisa, mulher dele, que morreu
recentemente às turras com o marido e com medo da Lava Jato.
Mas quando
Lula recebeu Emílio no Palácio do Planalto no seu penúltimo dia como presidente
da República, Emílio apressou-se a dizer que a reforma do sítio ficara pronta.
Chamou-o de “chefe”, por hábito. Pensou que desmanchara a surpresa que Marisa
lhe reservara. Lula já sabia de tudo. Sempre soube.
Sabia também
que a Odebrecht comprara um terreno para abrigar a futura sede do Instituto
Lula (mais tarde Lula desistiu da ideia). E sabia que a Odebrecht tinha novos
planos para ele. O principal: carregá-lo pelo mundo como conferencista capaz de
lhe abrir novas portas de negócios. Pagaria por palestra o que ele cobrasse.
“Nosso
objetivo inicial foi conseguir um projeto que pudesse remunerar o ex-presidente
Lula, face o que ele fez durante muitos anos para o grupo. E que fosse de uma
maneira lícita, transparente”, delatou Alexandrino Alencar, ex-diretor da
Odebrecht. “Depois descobrimos que ele poderia nos ajudar em negócios no
exterior”.
Com todas as
despesas de viagens pagas pela Odebrecht, Lula passou a ganhar entre 150 mil a
200 mil dólares por palestra. Enriqueceu rápido. Só parou de fazer palestras
quando a Odebrecht entrou definitivamente no radar da Lava Jato. Por gentileza,
Emílio tratava-o de “chefe”. De fato, o chefe sempre foi Emílio.
A serviço de
Emílio, ainda no seu primeiro governo, por exemplo, Lula chegou a impedir que a
Petrobras comprasse ativos do Grupo Ipiranga para garantir que a Odebrecht, por
meio de uma subsidiária, continuasse hegemônica no setor de combustíveis.
Prejudicou a estatal. Mais tarde, a Odebrecht comprou o grupo.
Outro
exemplo: em 2007, no seu segundo governo, Lula foi acionado por Emílio para
resolver o problema criado pelo Ibama que se negava a dar uma licença ambiental
para a construção da hidroelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, obra da
Odebrecht. A licença não saía por conta de uma área de reprodução de bagres.
– Eu fui a
ele e disse: ‘O país precisa de energia e vai ser paralisado por causa do
bagre? O senhor precisa tomar uma decisão’ – delatou Emílio. Lula tomou – e a
licença saiu. O episódio marcou o início do enfraquecimento de Marina Silva no
cargo de Ministra do Meio Ambiente. Ela pediu demissão meses depois.
Emílio
conheceu Lula nos anos 70. Na época, a Odebrecht enfrentava uma greve geral no
Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia. “Ele (Lula) criou as condições para
que eu pudesse ter uma relação diferenciada com os sindicatos”, confessou
Emílio. Em Camaçari, despontou um líder sindical de nome Jaques Wagner.
“Lula pega
as coisas rápido. Ele percebe aquilo que tem a ver com intuição pura. É um
animal político, um animal intuitivo”, disserta Emílio, que sempre “apoiou
Lula” com conselhos e dinheiro. Ajudou-o na confecção da “Carta ao Povo
Brasileiro”, divulgada em 2002 para acalmar o mercado financeiro às vésperas da
eleição. FOI UMA RELAÇÃO PROVEITOSA PARA OS DOIS
ENQUANTO DUROU.
JORNALISTA MATA A JARARACA E MOSTRA O PAU!!!
EM
2006, QUASE TODA A IMPRENSA SE DEDICOU A ISOLAR LULA DE SEUS ALOPRADOS. O
BLOGUEIRO MARIO SABINO FOI O ÚNICO INDICIADO NO CASO. E EU, DIOGO, CONTINUEI PATETICAMENTE A
APONTAR O DEDO PARA O COMANDANTE MÁXIMO DA ORCRIM. A DESCOBERTA DE QUE A
PROPINA USADA PELOS ALOPRADOS PARA COMPRAR O DOSSIER VEDOIN FOI PAGA PELA
ODEBRECHT ALEGROU AINDA MAIS A NOSSA PÁSCOA. SE TIVER TEMPO – MUITO TEMPO –
RELEIA LOGO ABAIXO UMA COLUNA QUE PUBLIQUEI NA VEJA, EM OUTUBRO DE 2006:
Diogo Mainardi
O procurador-geral da República denunciou quarenta mensaleiros. O mais
perto que ele chegou de Lula foi o 4º andar do Palácio do Planalto, ocupado por
José Dirceu e seu bando. Agora ele terá de descer um lance de escadas e entrar
diretamente no gabinete presidencial. Acompanhe-me, por favor. Cuidado com o
degrau. Esta é a sala que pertencia a Freud Godoy, GORILA PARTICULAR DE LULA. E
aquela é a porta do escritório do presidente. Cerca de dez passos. Toc-toc-toc.
Tem alguém aí? Lula saiu? A gente volta mais tarde.
Na última terça-feira, Garganta Profunda me passou os dados de um
documento bancário de Freud Godoy, encaminhado pelo Coaf à Polícia Federal. Em
24 de março de 2004, ele depositou 150 000 reais na conta da empresa de sua
mulher, Caso Sistemas de Segurança. Importante: 150 000 reais em moeda sonante.
No documento bancário, Freud Godoy declarou que o dinheiro era fruto de “SERVIÇOS
PRESTADOS A CLIENTES”. Isso contradiz tudo o que ele alegou até agora. Num
primeiro momento, disse que sacou os 150 000 reais para comprar equipamentos.
Depois, informou que pediu um empréstimo a um amigo. Mentira. Não foi saque nem
empréstimo: foi um depósito. O fato é que ninguém sabe de onde saiu tanto
dinheiro e por que foi parar na conta do GORILA PARTICULAR DE LULA.
Como Robert Redford em Todos os Homens do Presidente, arregacei as
mangas da camisa e fui procurar respostas na capital federal. Pedi à CPI dos
Correios para fazer o cruzamento dos dados do valerioduto com o depósito de
Freud Godoy. Encontrei uma espantosa coincidência. Em 23 de março de 2004, um
dia antes de Freud Godoy depositar 150 000 reais na conta de sua mulher, foram
sacados 150 000 reais da conta da SMPB, de Marcos Valério, no Banco Rural. Tudo
em moeda sonante. Tudo de origem desconhecida. O saque no Banco Rural foi feito
pelo policial aposentado Áureo Marcato. Que voltou ao banco dois dias depois e
sacou mais 150 000 reais. Onde foram parar?
NA ÉPOCA DO DEPÓSITO, FREUD GODOY ERA ASSESSOR DIRETO DE LULA. MAS
FAZIA UM BICO PARA O PT, MONTANDO O ESQUEMA DE SEGURANÇA DE DELÚBIO SOARES, QUE
TRANSPORTAVA MALAS DE DINHEIRO SUJO DE UM LADO PARA O OUTRO. Freud Godoy alugou
para ele um carro blindado, comprou duas motocicletas para seus batedores e
contratou uma escolta de seis policiais militares. Os 150.000 reais depositados
na conta de sua mulher podem ter sido o pagamento pelo serviço. Os policiais
contratados para escoltar o tesoureiro do PT contaram a VEJA que Freud Godoy,
entre outras coisas, era encarregado de organizar os encontros secretos entre
Lula e Delúbio Soares. PODE-SE IMAGINAR O QUE ELES DISCUTIAM.
Lula está praticamente reeleito. Os brasileiros o perdoaram. Mas a bandidagem
da qual ele se cercou continuará a rondá-lo para sempre. É assim que será
recordado. Por mais que tente se esconder, Lula é o PT. Lula é Delúbio Soares.
Lula é Marcos Valério. Lula é o golpismo do mensalão e do dossiê Vedoin. ABRA A
PORTA, LULA. TOC-TOC-TOC.
Se tiver tempo – ainda
mais tempo – releia um post que publiquei em O Blog Antagonista, em fevereiro
de 2015:
Eu, Diogo, conto um episódio antigo (tenha paciência, por favor), mas
acrescento um fato inédito que revela a promiscuidade entre a verba de
publicidade da Petrobras e uma parcela da imprensa. Em primeiro lugar, o
episódio antigo, uma coluna que publiquei na Veja em setembro de 2006, em pleno
escândalo dos aloprados:
“Fim de agosto. Base aérea de Congonhas. Lula se encontra com Domingo
Alzugaray, dono da IstoÉ. O encontro está fora da agenda presidencial.
Alzugaray se lamenta dos problemas financeiros da revista. Lula pergunta como
pode ajudá-lo. Alzugaray sugere o pagamento imediato de uma série de encartes
encomendados pela Petrobras. Valor total: 13 milhões de reais. Lula promete se
interessar pelo assunto. Duas semanas depois, a IstoÉ publica a matéria de capa
com os Vedoin, incriminando os opositores de Lula. Quem relatou o encontro
confidencial entre Lula e Alzugaray foi o editor da sucursal brasiliense da
IstoÉ, Mino Pedrosa. E quem o relatou a mim foi o PFL. Creio que seja verdade.
Creio em tudo o que contam de ruim a respeito de Lula. O que posso garantir é
que a imprensa lulista funciona assim mesmo. O PRESIDENTE MANDA. O JORNALISTA
PUBLICA. O CONTRIBUINTE PAGA".
Agora conto o fato inédito, que só me foi repassado sete anos mais
tarde. Durante
a Operação Monte Carlo, a PF apreendeu um vídeo realizado por um araponga dois
dias depois da publicação daquele meu artigo. Nele, o jornalista da IstoÉ, Mino
Pedrosa, comentava minha coluna e confirmava o encontro entre Lula e o dono da
revista.
CITO O RELATÓRIO DA PF:
“MINO mostra-se preocupado com seu futuro na ISTOÉ em função de um
texto publicado na VEJA por DIOGO MAINARDI sobre um encontro entre o dono da
ISTOÉ e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este encontro teria sido
viabilizado por MINO, segundo ele próprio confidencia".
Dois meses depois do encontro entre Lula e o dono da IstoÉ, a CPI dos
Sanguessugas revelou que o chefe dos aloprados, Hamilton Lacerda, trocara
dezenas de telefonemas com o diretor de Marketing da Petrobras, Wilson
Santarosa.
NA ÉPOCA, ESCREVI O SEGUINTE:
“Analisando os telefonemas de Hamilton Lacerda, descobri que ele
recebeu também chamadas do celular de Dudu Godoy. Dudu Godoy é um dos sócios da
Quê, agência de propaganda que atende a Petrobras. Ele foi um dos marqueteiros
da campanha de Lula, em 1998, e fez carreira em Campinas, assim como Wilson
Santarosa, que presidiu o sindicato dos petroleiros local. De maio a setembro
de 2006, a IstoÉ veiculou 58 páginas de anúncios da Petrobras. Pelos dados do
Ibope Monitor, foram 2,6 milhões de reais investidos pela estatal na revista.
Carta Capital lucrou ainda mais, proporcionalmente à sua tiragem. Foram 789.000
reais".
Se você chegou até aqui, peço desculpas. Não tenho o menor interesse em
me vangloriar por artigos escritos quase dez anos atrás. Só quero dar essa
pista aos investigadores da Lava Jato, que leem regularmente O Blog Antagonista. BOM DOMINGO PARA VOCÊ E
PARA ELES TAMBÉM.
PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - JORNALISMO DE DETERMINAÇÃO E PERSISTÊNCIA. O LULA SEMPRE FOI A ANTA PREFERIDA DO JORNALISTA DIOGO MAINARDI.
A DELAÇÃO DA ODEBRECHT É ARMAÇÃO
Itamar Garcez
A
leitura das justificativas de autoridades acusadas de corrupção não deixa
dúvida. Marcelo Odebrecht, o patriarca Emílio e as sete dezenas de executivos
da gigante do cimento devem estar participando de um embuste. Afinal, as
centenas de denúncias contidas na maior delação premiada da operação Lava-Jato FORAM CATEGORICAMENTE DESMENTIDAS POR
TODOS OS IMPLICADOS. NENHUM DELES ADMITE CULPA. QUASE TODOS DEMONSTRAM REVOLTA. São muitas as
alegações dos supostos meliantes do erário para rebater a sanha denunciatória
do clã Odebrecht. A Justiça Eleitoral aprovou minhas contas, as doações foram
legais, não tenho nenhuma relação com os executivos, nego as irregularidades, é
preciso distinguir mentiras e versões alternativas da verdade, não recebi
nenhum centavo deles. Há reações mais exaltadas. Trata-se de citação leviana, ESTOU INDIGNADO, os delatores
estão desesperados, ESTOU PERPLEXO com a menção a
meu nome, tenho convicção da minha inocência. Por fim, promessas. Se alguém
descobrir que roubei, renuncio o mandato; não sou nem jamais serei corrupto.
Como se vê, somente muita má vontade para duvidar das autoridades denunciadas.
Resta saber, agora, por que os delatores resolveram engendrar uma trama
inexistente, embora consistentemente detalhada. Não há como negar, por exemplo,
que os depoimentos revelam verossimilhança. O que significa que foi necessário
combinar 77 denúncias para que não houvesse contradições. Provavelmente todos
foram treinados para evitar inconsistências. Foi preciso, ainda, conceber um
enredo contendo um departamento de propina, documentos incriminatórios,
softwares específicos e planilhas com apelidos comprometedores. Também é certo
que a empreiteira vai pagar uma dinheirama à Justiça, mais de R$ 6 bilhões, uma
espécie de multa pelo pagamento da propina. MAS SE OS DELATORES ESTÃO MENTINDO, POR QUE DEVOLVER O DINHEIRO QUE NÃO
FOI ROUBADO? Capricho
de bilionários? Vá entender.
MAIS DE 3,3 BILHÕES DE DÓLARES EM PROPINAS. TUDO ISSO ROUBADO NO GOVERNO LULA & DILMA, DE 2006 A 2013
O executivo Hilberto Mascarenhas, um dos delatores da Odebrecht, entregou à Operação Lava Jato, uma tabela com o valor total movimentado pelo Setor de Operação Estruturadas, o departamento de propina da empreiteira. ENTRE 2006 E 2014, FORAM GIRADOS APROXIMADAMENTE US$ 3,37 BILHÕES. Os anos de 2012 e 2013 tiveram a maior movimentação de recursos ilícitos: US$ 730 MILHÕES. Em 2014, ano da deflagração da Lava Jato, o setor diminuiu os repasses, chegando a US$ 450 MILHÕES.
Em anexo da delação premiada, entregue por Hilberto Mascarenhas à Lava Jato, o delator afirma que a partir de 2009, passou a alertar Marcelo Odebrecht sobre o volume de recursos ilícitos.
“Ressalte-se que apesar da área ter sido criada com o intuito de controlar e dar segurança às operações de pagamento de propina pela Odebrecht, desde 2009 passei a alertar Marcelo que o volume de recursos estava crescendo de forma brutal e por mais que criássemos mecanismos de segurança, operações estruturadas para pagamento, apenas pelo tamanho do volume de recursos e pela quantidade de pessoas cada vez maior que tinha envolvimento com a área era impossível garantir a segurança”, relatou.
Hilberto Mascarenhas trabalhou na Odebrecht por 40 anos por ‘predomínio na área financeira’. Em 2006, relatou, estava na tesouraria da Odebrecht S.A sem programa específico, quando foi ‘intimado’ por Marcelo Odebrecht, que na época era o presidente da Construtora Norberto Odebrecht, para assumir a área de Operações Estruturadas, subordinada a ele.
O delator afirmou que ’em princípio’, relutou a aceitar o cargo ‘tendo em vista a grande exposição e risco’ que o trabalho traria, mas ‘depois de alguma insistência’, aceitou a proposta. Hilberto afirmou que haveria ‘remuneração e pelos benefícios que passaria a ter, tais como carro com motorista, apartamento em São Paulo para trabalho e passagem de volta a Salvador nos finais de semana’, onde residia a família.
Segundo Hilberto, a área fazia duas formas de pagamentos: EM ESPÉCIE NO BRASIL e em DEPÓSITO BANCÁRIO EM CONTAS NO EXTERIOR. Os repasses no País eram entregues em ‘PACOTES/MALA DE DINHEIRO EM LOCAIS PREDETERMINADOS’. As transferências bancárias no exterior eram feitas a partir de offshores.
A partir ele 2009, informou o delator à Lava Jato, Marcelo Odebrecht delegou aos Líderes Empresariais (“LEs”) a responsabilidade pela aprovação dos pagamentos relacionados às suas respectivas áreas/empresas. Os principais LEs solicitadores de pagamentos, afirmou, eram Benedicto Junior, Márcio Faria, Ernesto Baiardi, Henrique Valadares, Luiz Mameri e Fernando Reis, além do próprio Marcelo Odebrecht, que também fazia solicitações. (AE)
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