Ricardo Noblat
Quem foi Marcelo Odebrecht? O
mandachuva do país durante o reinado do PT? O chefe de uma sofisticada
organização criminosa? Ou o “bobo da corte” afinal preso e forçado a delatar? E
Lula, quem foi? O primeiro operário a chegar ao poder? O maior líder popular da História? OU O PRESIDENTE
QUE FEZ DA CORRUPÇÃO UMA POLÍTICA DE ESTADO? Marcelo será esquecido. LUIZ
INÁCIO ODEBRECHT DA SILVA, JAMAIS.
Em dezembro de 1989, poucos dias
após a eleição do presidente
Fernando Collor de Melo, o
deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP), ex-condestável do novo regime, almoçava
no restaurante Piantella, em Brasília, quando entrou a cantora Fafá de Belém,
amiga de Lula. “Como vai Lula?”, perguntou Ulysses. Fafá passara ao lado dele o
domingo da sua derrota para Collor.
E contou: “Lula ficou muito
chateado, mas começamos a beber e a comer, os meninos foram para a piscina e
ele acabou relaxando”. Ulysses quis saber: “Tem piscina na casa de Lula?” Fafá
explicou: “Tem, mas a casa é de um compadre dele, o advogado Roberto Teixeira”.
Ulysses calou-se. Depois comentou com amigos: “O MAL DE LULA É QUE ELE PARECE
GOSTAR DE VIVER DE OBSÉQUIOS”. NA MOSCA!
Lula viveu de obséquios. Vive. O
dinheiro não o atrai. A rotina da política, tampouco. O conforto e as facilidades,
sim. Terceiriza a missão de obtê-las. O PODER SEMPRE O FASCINOU. E para
conquistá-lo e mantê-lo, MANDOU ÀS FAVAS TODOS OS ESCRÚPULOS QUE NÃO TINHA.
Os que o cercam em nada se
surpreenderam com a figura que emerge das delações dos executivos da Odebrecht.
É um pragmático, oportunista, que se revelou um farsante. Emilio, o patriarca
dos Odebrecht, decifrou Lula muito antes de ele subir a rampa do Palácio do
Planalto. Conquistou-o com conselhos e dinheiro. Perdeu nas vezes em que ele
foi derrotado. Recuperou o que perdeu e saiu com os bolsos estufados quando
Lula e Dilma governaram. Chamava-o de “chefe”. Emílio era o chefe.
Nos oito anos da presidência do
EX-OPERÁRIO QUE DETESTAVA MACACÃO e sonhava com gravatas caras, o país conviveu
com o Lula que pensava conhecer e, sem o saber, também com LUIZ INÁCIO
ODEBRECHT DA SILVA, só conhecido por Emílio e alguns poucos. “Cuide do meu
filho”, um dia Lula pediu a Emílio. Que retrucou: “Cuide do meu também”. EMÍLIO
CUIDOU DE FÁBIO. LULA, DE MARCELO.
De Lula cuidaram Emílio e
Marcelo, reservando-lhe uma montanha de dinheiro em conta especial para satisfazer-lhe todas as vontades. Lula retribuiu com
decisões governamentais que fizeram a Odebrecht crescer muito mais do que a
Microsoft em certo período. A ODEBRECHT PAGOU A LULA, E LULA PAGOU A ODEBRECHT,
COM A MESMA MOEDA – RECURSOS PÚBLICOS. QUEM PERDEU COM ISSO?
A Odebrecht ganhou mais dinheiro
à custa de Lula do que ele à custa dela, mas Lula foi mais esperto.
CRIOU SEU PRÓPRIO BANCO, ADMINISTRADO PELA EMPREITEIRA. E quando precisava
sacar, outros o faziam em seu nome. Imagina não ter deixado impressões digitais
nas negociatas em que se meteu. A polícia já identificou muitas. E outras serão
identificadas antes do seu depoimento em Curitiba.
Corrupção mata. Mata sonhos, esperanças,
alucinações. Mata o passado, o presente e compromete o futuro. Mata também de
morte morrida à falta de saneamento, hospitais, escolas, segurança pública. A
impunidade mata tanto ou mais. A HORA E A VEZ SÃO DA JUSTIÇA. E ELA SERÁ
JULGADA PELO QUE FIZER OU DEIXAR DE FAZER.
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