Marcelo Odebrecht criou sistema de “contrapartida” para se certificar de que seu principal interlocutor no PT antes de 2011, Antônio Palocci, falava de fato em nome de Lula. Ele pedia ao pai, Emílio, para informar a Lula sobre propinas já pagas ao PT, totalizações e valores que só a Odebrecht tinha. Em 2010 pediu que o pai informasse a Lula sobre o total ao PT: R$ 200 milhões. Palocci mencionou o valor numa conversa posterior; era a prova de que seu interlocutor falava em nome de Lula. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Além de Emílio, o ex-executivo Alexandrino Alencar era usado para fazer a “ponte” com Lula, que monitorava o propinoduto.
A delação de Marcelo Odebrecht reforçou no Ministério Público Federal que Lula era mesmo o “comandante máximo” ou chefe da quadrilha.
Marcelo pediu a Emílio Odebrecht para informar Lula do balanço: em dois anos, foram R$200 milhões em propina paga ao PT.
Lula já sabia dos R$200 milhões quando Palocci “jogou verde” para Marcelo, citando R$300 milhões. Marcelo corrigiu, firme: “Foram 200”.
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