BARRACO EM NOVA YORK (Dilma quase sai no braço ou no puxavanco de cabelo com a intérprete):
É uma injustiça o que o PT está fazendo com Dilma Rousseff. A cara do cara está numa espécie de quarentena. Só fala texto escrito ou decorado, privando o povo de sua evolução verbal exuberante. É uma pena. Numa eleição que se anuncia modorrenta, dividida entre dois candidatos competindo para ver quem mais se distancia do monstro neoliberal de FHC, as já tradicionais gafes de Dilma vão fazer falta. Mas ela já começou a reagir. Já que o partido cortou suas asinhas no Brasil, Dilma foi à forra no exterior. Viajando a Nova York na primeira classe – mordomia que gradualmente será estendida ao povo (nome dado à categoria dos que têm carteirinha do PT) – a candidata de Lula se espalhou. FALANDO A UMA PLATÉIA DE INVESTIDORES, numa dessas audiências montadas para gerar confiança no Brasil, Dilma surpreendeu. Conseguiu a proeza de bater boca com a encarregada da tradução simultânea. Uma performance capaz de impressionar o mais confiante dos capitalistas. Dilma Rousseff estava falando sobre autonomia do Banco Central. O problema não era sua total e notória falta de preparo para o tema, como integrante do único governo na história que fez oposição a si mesmo – com a sistemática crítica à política econômica que Lula herdou, amaldiçoou e preservou. O problema maior era a situação, sempre difícil, de acender vela para dois santos. E fazer pedidos opostos a cada um deles. Ao santo da companheirada petista, o jogo é rosnar para o BC e prometer enquadrá-lo. Ao santo do mercado, o discurso tem que ser do tipo “o BC é nosso e ninguém tasca”. Claro que a pobre tradutora não tinha nada com isso. E a cada volta da retórica tortuosa da candidata brasileira, a intérprete sofria e apanhava: Dilma esquecia os investidores e exigia que ela não atrapalhasse seu “raciocínio”, bradando que aquilo era “complicado”. Nunca se viu nada igual. Depois de chamada de “minha santa” e esculachada de todas as formas – chegando a ser corrigida e “descorrigida” numa mesma frase – a tradutora entrou em colapso e jogou a toalha. Foi substituída por outro herói, encarregado da árdua missão de traduzir Dilma Rousseff. Esses intérpretes são uns despreparados. Não entendem nada de PT. A mensagem é simples: somos contra a autonomia do Banco Central, porque isso é coisa de neoliberal e quem manda é o governo popular; mas decidimos mandar o Banco Central continuar autônomo, até porque não temos a menor idéia do que fazer com a economia e o povo está gostando; e o nome disso, em dilmês, passa a ser “autonomia operacional”. Quem não passar adiante essa mensagem cristalina eles prendem e arrebentam. (A FRASE ENTRE PARÊNTESE DA MANCHETE NÃO FAZ PARTE DO TEXTO ORIGINAL).
A MOCRÉIA DA DILMA SE HOSPEDA NO MAIS LUXUOSO HOTEL DO MUNDO NA CIDADE DE NOVA IORQUE
Primeiro foram as mansões alugadas para a candidata morar e despachar durante a campanha: quatro mansões no local mais caro de Brasília. Agora são as mordomias de viagem. Para uma simples entrega de prêmio feita a um ex-colega, Dilma Rousseff(PT) proporcionou a mais cara viagem que um candidato já fez na história deste país. Nunca se viu tanta mordomia e tanto dinheiro gasto, que chega ser um acinte aos pobres do país. Hospedagem? No WALDORF ASTÓRIA, um dos hotéis mais caros do mundo, onde somente príncipes, reis, chefes de estado ou magnatas ousam se hospedar. Jantar? No caríssimo DANIEL. O mais surpreendente, no entanto, é que Dilma Rousseff levou a maquiadora. O PT paga? E quem é que paga o PT? O fundo partidário não é composto de dinheiro público? Não somos nós, os contribuintes que financiamos as campanhas eleitorais? Imaginem Dilma Rousseff, por acidente, eleita presidente do Brasil. Se como candidata já leva uma das mais caras maquiadoras do Brasil para cuidar do seu look em New York, o que não fará com a chave do cofre nas mãos? Vai colocar uma filial do salão da maquiadora Rose Cruz dentro do Palácio do Planalto? Seria o de menos, infelizmente.......... (Este texto foi gentilmente roubado do Blog Coturno Noturno) A MANCHETE NÃO FAZ PARTE DO TEXTO ORIGINAL.
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