quarta-feira, 23 de outubro de 2013
DILMA ENTREGA O “FILE-MIGNON” AOS CHINESES E FICA COM O MACACÃO TODO MELADO DE GRAXA E ÓLEO QUEIMADO...
EM 2010 A CASCATEIRA DA DILMA ENGANOU OS
BRASILEIROS OTÁRIOS, JUNTAMENTE COM O LULA, PARA VENCER A ELEIÇÃO EM CIMA DO TABACUDO DO ZÉ SERRA
Um leilão que termina sem
concorrência, vencido por quem não ofereceu UMA GOTA DE ÓLEO DE ÁGIO, não pode
ser considerado um sucesso. Mas o que há de mais lamentável na licitação do
campo de petróleo de Libra realizada ontem são os malefícios que a tardia
conversão do PT às privatizações causou ao país. As riquezas do pré-sal já
poderiam estar jorrando há muito tempo. O leilão de Libra - se é que se pode
ser chamada assim uma disputa sem concorrentes e arrematada pelo mínimo - foi
vencido por um consórcio de cinco empresas. A expectativa oficial era de que o
campo gigante fosse disputado por 40 empresas. No final, sobraram nove e apenas
um grupo apresentou proposta, conquistando a área com compromisso de entregar à
União 41,65% do óleo que vier a extrair. O resultado poderia ter sido pior. Mas
a entrada de duas grandes petroleiras privadas no consórcio vencedor nos
últimos dias - a francesa Total e a anglo-holandesa Shell - melhoraram muito
perfil do grupo vencedor e aliviaram um pouco o peso estatal que era esperado
para o primeiro leilão do pré-sal. Se o modelo adotado pela gestão petista
pudesse mesmo ser considerado um sucesso, não seria voz corrente dentro do
próprio governo que as regras adotadas no novo regime de partilha, testado
ontem pela primeira vez, devem ser modificadas nas próximas ofertas, que só
devem acontecer após 2015. Nas próximas rodadas, deve cair a exigência de a
Petrobras ser operadora única dos blocos. A estatal também não deverá mais ter
participação obrigatória de pelo menos 30% nos consórcios. Os novos blocos
também deverão ser muito menores que Libra (que representa metade das reservas
brasileiras comprovadas), aumentando a competição e a arrecadação. Do
contrário, vai ser sempre assim: LEILÕES
DE MENTIRINHA, SEM DISPUTA E SEM ÁGIO. A
realidade é que - até finalmente curvar-se à constatação de que o investimento
privado é imprescindível para o país dar o salto que precisa rumo ao
desenvolvimento e ao maior bem-estar da população - o governo do PT perdeu
tempo demais dedicando-se a enxovalhar um modelo que, este sim, comprovadamente
deu certo: o de concessões. Implementado pela gestão Fernando Henrique, a
partir de 1997, o regime de concessões gerou resultados que tornaram o setor de
petróleo uma das principais alavancas da nossa economia - SUA PARTICIPAÇÃO NO PIB BRASILEIRO SALTOU DE 2% PARA 12% EM DEZ
ANOS. NESTE PERÍODO, AS RESERVAS DE PETRÓLEO DO PAÍS MAIS QUE DOBRARAM, SAINDO
DE 7 BILHÕES DE BARRIS PARA OS ATUAIS 15,3 BILHÕES. AO MESMO TEMPO, A PRODUÇÃO
NACIONAL DE PETRÓLEO PASSOU DE 800 MIL BARRIS/DIA PARA 2 MILHÕES - patamar em que estagnou nos últimos anos, em função das
dificuldades impostas pela gestão petista à Petrobras. Em mais uma rede
nacional de rádio e televisão, a presidente Dilma Rousseff disse ontem à noite
que "A BATIDA DO MARTELO DO LEILÃO DE LIBRA FOI TAMBÉM A BATIDA À PORTA DE
UM GRANDE FUTURO QUE SE ABRE PARA NÓS, NOSSOS FILHOS E NOSSOS NETOS". Noves
fora a pobreza da retórica, é de se constatar que A PORTA QUE ORA SE ABRE É A MESMA QUE O PT MANTEVE FECHADA POR
ANOS E ANOS A FIO AO SE OPOR RAIVOSAMENTE ÀS PRIVATIZAÇÕES. Até que os leilões de petróleo fossem finalmente retomados, no
início deste ano, havia transcorrido meia década sem disputas, interrompidas
tão logo foram descobertas as primeiras reservas do pré-sal, em 2007. Hoje a
Petrobras já extrai 330 mil barris diários de petróleo por dia do pré-sal.
Imagine quanto já estaria sendo produzido no país se o governo do PT não
tivesse brecado as licitações... A presidente foi à TV dizer também que um
certame que termina com duas empresas privadas detendo 40% do negócio "É
BEM DIFERENTE DE UMA PRIVATIZAÇÃO". Bobagem semântica. É positivo que o
leilão represente, sim, o ingresso de investidores privados que produzirão
riqueza no país, recolherão regiamente a parte do governo e permitirão que se
gere mais benefícios e bem-estar para a população. Que mal há nisso? Dilma
também destacou que o Estado ficará com 85% de tudo o que Libra produzir. Será
muito, mas não será tanto: segundo cálculos minuciosos de Luiz Quintans,
advogado especializado em direito do petróleo ouvido pelo Valor Econômico, o
ganho financeiro e em óleo ficará em torno de 67%, já considerando a participação
da Petrobras como renda do governo advinda do campo. Mas o fato é que a
elevação das receitas do governo com o pré-sal não dependeria em nada da adoção
do sistema de partilha e poderia muito bem ser obtida por meio do aumento da
participação especial no regime de concessão. E já há bastante tempo, com a
vantagem adicional de não ter produzido toda a celeuma que produziu no setor
nestes últimos anos. O BRASIL FEZ ONTEM UM LEILÃO
EM QUE O DINHEIRO ARRECADADO IRÁ TODO PARA ENGORDAR O CAIXA DO GOVERNO E
PRODUZIR UM SUPERÁVIT FISCAL MENOS FEIO DO QUE SE TEMIA, EM FUNÇÃO DOS DESEQUILÍBRIOS
EM SÉRIE QUE A GESTÃO DILMA TEM PRODUZIDO NAS CONTAS PÚBLICAS. Ou seja, o curto prazo governou o aproveitamento de nossas
riquezas de longo prazo. Em suma, o leilão não foi um sucesso, como quer fazer
crer o governo - se fosse, a presidente Dilma não teria cancelado sua ida ao
local onde se realizou a disputa no Rio, temendo que acontecesse exatamente o
que aconteceu: a disputa terminasse sem concorrência, com apenas um consórcio
interessado e arrematada pelo preço mínimo. Dilma preferiu o conforto de mais
uma cadeia nacional de rádio e TV, em que pode dar sua versão dos fatos na
esperança de que eles prevaleçam sem serem contestados. Em seu pronunciamento,
acena com um futuro venturoso que, por ora, é apenas uma aposta e uma promessa.
TORÇAMOS PARA QUE, JÁ NUM TEMPO BEM DISTANTE DA ERA PETISTA, A
PROFECIA SE CUMPRA (Fonte:
Blog Camuflados. – As manchetes e a imagem não fazem parte do texto original).
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