segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O MENSALÃO TÁ FEITO AQUILO: ENQUANTO MAIS MEXE, MAS FEDE!!!


Supremo manda apurar ação de Valério no BC
 


Por ordem do ministro Joaquim Barbosa, relator do mensalão no STF, Marcos Valério será alvejado por um novo inquérito. O objetivo é apurar a acusação de que o operador do mensalão praticou o crime de tráfico de influência no Banco Central.
Relatório da Polícia Federal repassado ao Supremo em 2011 sustenta que Valério tentou obter no BC decisões favoráveis a duas casas bancárias sob intervenção: Banco Mercantil de Pernambuco e Banco Econômico.
No caso do Mercantil de Pernambuco, Valério atuou como preposto do Banco Rural. Sócio do negócio, o Rural lucraria cerca de R$ 700 milhões se fosse levantada a intervenção na instituição pernambucana. Quanto ao Econômico, o controlador do banco disse em depoimento à PF que reuniu-se com Valério.
A investigação da PF constatou que Valério participou de 17 reuniões no BC no primeiro reinado de Lula, entre 2003 e 2005. Não obteve o que desejava. Mas o sucesso das investidas não é pré-condição para o enquadramento no crime de tráfico de influência.
Por isso, Barbosa remeteu a encrenca para a Justiça Federal do DF. Valério já responde a processos desmembrados do mensalão noutras duas praças: São Paulo e Minas Gerais.
Simultaneamente à abertura da nova frente, o STF analisa a redução da pena imposta a Valério no julgamento do mensalão (40 anos, um mês e seis dias). A hipótese de encurtamento da cana nada tem a ver com os acenos de Valério de fazer novas revelações em troca de proteção judicial.
Deve-se a cogitação do Supremo ao fato de Valério ter auxiliado os investigadores do mensalão. Ele forneceu ao Ministério Público a lista de sacadores das verbas espúrias repassadas via Banco Rural.
Além de Valério, também o deputado cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) pode ser brindado pelo STF com uma redução de pena. Delator do mensalão, Jefferson fez revelações que foram confirmadas no curso do processo.
No caso de Jefferson, o tamanho do castigo ainda não foi fixado. O STF retoma o julgamento nesta quarta (7). Na fase da “dosimetria” das penas, o trabalho fora interrompido porque o relator Barbosa viajara à Alemanha para tratar as dores que lhe torturam a coluna.

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