DE OLHO NA
AMÉRICA
Quem quer que seja o
vencedor das eleições presidenciais nos EUA este ano, uma coisa é certa: o mito
Barack Hussein Obama chegou ao fim. Acabou. Já era. Foi para o saco. Kaput. Quando
surgiu – acredito que todos se lembram – Obama era o Ungido, o Messias, o
Redentor da humanidade. Poucas vezes se viu oba-oba maior na História do
universo (TALVEZ UM CERTO APEDEUTA EM UM PAÍS DA AMÉRICA DO SUL, MAS O
CULTO A ESTE, DIFERENTE DO DE OBAMA, FOI GESTADO DURANTE DÉCADAS). Obama, o presidente histórico, saiu literalmente do nada para partir as
águas do Mar Vermelho e levar todos à terra prometida, tanto que decidiram
premiar-lhe com o Nobel antes mesmo da posse. Com aquela pose estudada e aquele
sorriso de mil dentes, era o presidente sexy dos sonhos de Arnaldo
Jabor. Hoje, quatro anos depois e obrigado a governar sem a ajuda do teleprompter,
Obama não passa de uma pálida sombra do que muitos esperavam que ele poderia
vir a ser um dia. Ganhando ou perdendo, não importa: SUA ESTRELA SE APAGOU. Primeiro, muitos que votaram entusiasticamente em Obama em 2008
acreditando que ele seria um pacifista – a maioria, arrisco-me a dizer –
quebraram a cara: ele não somente aumentou para 30 mil o número dos soldados
norte-americanos no Afeganistão, como deu continuidade e até intensificou
muitos dos programas do demonizado George W. Bush em sua "GUERRA AO
TERROR". Diante da dura realidade, rasgou promessas de campanha como o
fechamento da prisão de Guantánamo, entre outras coisas. Igualzinho ao Bush.
Mas tudo, claro, com dor no coração – afinal ele, Obama, é um
"progressista"... Pior: com Obama, os EUA passaram de potência temida
e exportadora de democracia para uma potência envergonhada, QUE MAIS
SEGUE OS FATOS DO QUE OS DETERMINA. Basta ver a reação
apalermada de Hillary Clinton ao assassinato do embaixador norte-americano na
Líbia há algumas semanas. Com Obama, os EUA só faltam pedir desculpas por serem
atacados por fanáticos islamitas. Avanço? Para estes últimos, talvez. No plano
doméstico, a economia continua à espera da recuperação, e políticas como o
Obamacare, que, se para os brasileiros parece uma maravilha – infelizmente
estamos viciados no Estado-babá assistencialista e paternalista –, geraram a
maior manifestação de protesto da História dos EUA, quando mais de 1 milhão de
pessoas saiu às ruas de Washington contra o plano de Obama de decidir sobre a
saúde do cidadão (mas isso quase não saiu no noticiário). Quanto à crise
econômica, além de injetar bilhões de ajuda a montadoras falidas, tudo que
Obama fez até agora foi culpar o governo anterior e satanizar o big business,
como se viu na campanha contra Mitt Romney, o que certamente deixa muita gente
alegre - principalmente os que adorariam ver o fim do capitalismo (e da
democracia). Isso sem falar nas perguntas ainda sem resposta sobre a biografia
do atual ocupante da Casa Branca. Obama demorou quase quatro anos para mostrar
um documento que supostamente provaria ser ele cidadão nato norte-americano,
portanto legalmente apto a ser eleito para o mais alto cargo da nação. Agora,
esnoba a oferta de 5 milhões de dólares do bilionário Donald Trump para
apresentar um mísero formulário de passaporte e seu histórico escolar. O que
ele está esperando para calar a boca dos birthers e do Donald Trump,
aquele do topete ridículo? Em vez disso, acobertado por uma imprensa
condescendente (já vimos esse filme…), fecha-se num silêncio tumular, e faz de
conta que não é com ele. É certamente o presidente menos transparente da
História dos EUA (e não me refiro, claro, à cor da pele). Claro que seria
exagerado dizer que nada de bom foi alcançado em quatro anos de governo Obama.
Foi em sua presidência, por exemplo, que os Navy Seals livraram o mundo
de Osama Bin Laden, despachando o terrorista para o inferno de cristãos e
muçulmanos. Mas pergunto: teria sido preciso esperar o advento de Obama para
isso? Osama só foi morto porque a espinha dorsal da Al-Qaeda foi quebrada ao
longo de anos de luta, que começou em 2001. Mesmo a tão festejada retirada das
tropas ianques do Iraque, por exemplo, só foi possível porque Bush Junior
derrubou Saddam em primeiro lugar. O que Obama fez no terreno da segurança que
não poderia ter sido feito, e com mais eficiência, por George W. Bush ou por
John McCain? Desde que surgiu pela primeira vez para os holofotes, desconfiei
que Obama era mais uma patuscada global, mais uma falsa esperança dos
politicamente corretos. Enquanto os botocudos batiam tambor para o demiurgo eu
escrevia textos e mais textos dizendo o que ninguém queria ouvir – QUE OBAMA FOI ELEITO POR CAUSA DA COR
DA PELE, E DE UMA GIGANTESCA OPERAÇÃO DE MARKETING, TALVEZ A MAIOR DE
TODOS OS TEMPOS. COMO SEMPRE, EU ESTAVA INDO NA DIREÇÃO CONTRÁRIA À DA MANADA. Ainda bem. Nada disso, claro, faz qualquer diferença para os obamistas,
tanto os de lá quanto os de cá (estes, aliás, são mais numerosos do que nos
EUA, segundo as pesquisas). Para os devotos da seita, Obama é como Lula: UM
FRACASSO GLORIOSO. Bye-bye, Obama. No, you cant't. (Texto gentilmente roubado lá no Blog
do Contra. – As imagens nem as manchetes fazem partes do artigo original do blogueiro Gustavo).
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