segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
AS LAGOSTAS DE ROSEANA E A CABELEIRA DE RENAN...
A SARNEYZADA FOI PROTEGIDA
PELA PETEZADA E, PASMEM!!! DILMA
ACOMPANHOU A CRISE DO FESTIVAL DE DECAPITAÇÃO DE CABEÇAS PELO TWITTER...
Reinaldo Azevedo
Se ninguém dá bola quando bandidos matam pais de família, por que haveria
indignação quando presos resolvem decapitar seus pares no Maranhão, ONDE JOSÉ SARNEY É A FÉ, A LEI E O REI? Que se virem! As
trevas maranhenses são apenas um sintoma de um desastre humanitário silencioso.
Em novembro, veio a público o Anuário Brasileiro de Segurança Pública com os
dados referentes a 2012. Os "crimes violentos letais intencionais"
(CVLI) somaram 50.108, contra 46.177 em 2011. A taxa saltou de 24 para 25,8
mortos por 100 mil habitantes. Na Alemanha, é de 0,8. No Chile, 3,2. Os
"CVLI" incluem homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida
de morte. Nota: esses são números oficiais. A verdade deve ser mais sangrenta.
Segundo a ONU, na América Latina e Caribe, com população estimada em 600
milhões, são assassinadas 100 mil pessoas por ano. Com pouco menos de um terço
dos habitantes, O BRASIL RESPONDE POR MAIS DA METADE DOS CADÁVERES. O governo federal, o
PT, o PMDB, o PSDB e o PSB silenciaram. Esse é um país real demais para
produtivistas, administrativistas e nefelibatas. A campanha eleitoral já está
aí. Situação e oposição engrolarão irrelevâncias sobre o tema. PROMETERÃO MAIS ESCOLAS E MAIS ESMOLAS. PRESÍDIOS NÃO! Algumas dezenas de black blocs mobilizaram o ministro da
Justiça, os respectivos secretários de Segurança de São Paulo e Rio e
representantes da OAB, do CNJ e do Ministério Público. Rodrigo Janot,
procurador-geral da República, quer até um fórum de conciliação para juntar
policiais e manifestantes. Sobre a carnificina de todos os dias, nada! Quem
liga para cadáveres "POBRES DE TÃO
PRETOS E PRETOS DE TÃO POBRES", como cantavam aqueles? No país em que
os aristocratas são, assim, "MEIO DE ESQUERDA", segurança pública é
assunto da "DIREITA QUE ROSNA", certo? Os 400 e poucos mortos da
ditadura mobilizam a máquina do Estado e a imprensa. É justo. Os 50 mil a cada
ano só produzem silêncio. Dentro e fora dos presídios, são cadáveres sem
pedigree. E por que esse silêncio? É que os fatos sepultaram as teses "PROGRESSISTAS"
sobre a violência. A falácia de que a pobreza induz o crime é preconceito de
classe fantasiado de generosidade humanista. A "intelligentsia" acha
que pobre é incapaz de fazer escolhas morais sem o concurso de sua mística
redentora. DIMINUIU A DESIGUALDADE NOS ÚLTIMOS
ANOS, E A CRIMINALIDADE EXPLODIU. O CRESCIMENTO ECONÔMICO DO NORDESTE FOI
SUPERIOR AO DO BRASIL, E A VIOLÊNCIA ASSUMIU DIMENSÕES ESTUPEFACIENTES. OS
ESTADOS DA REGIÃO ESTÃO ENTRE OS QUE MAIS MATAM POR 100 MIL HABITANTES: ALAGOAS: 61,8; Ceará: 42,5; Bahia:
40,7, para citar alguns. Comparem: a taxa de "CVLI" de São Paulo, a
segunda menor do país, é de 12,4 (descarta-se a primeira porque inconfiável).
Se a nacional correspondesse à paulista, salvar-se-iam por ano 26.027 vidas.
Com 22% da população, São Paulo concentra 36% (195.695) dos presos do país
(549.786), ou 633,1 por 100 mil. A taxa de "CVLI" do Rio é quase o
dobro (24,5) da paulista, mas a de presos é inferior à metade (281,5). A Bahia
tem a maior desproporção entre mortos por 100 mil e (40,7) e encarcerados: 134.
Estudo quantitativo do Ipea (bit.ly/1gll0rL) evidencia que "prender mais
bandidos e colocar mais policiais na rua são políticas públicas que funcionam
na redução da taxa de homicídios". Isso afronta a estupidez politicamente
correta e cruel. Em 2013, o governo federal investiu em presídios 34,2% menos
do que no ano anterior -caiu de R$ 361,9 milhões para R$ 238 milhões. PARA MAIS MORTOS, MENOS INVESTIMENTO. Os progressistas meio
de esquerda são eles. Este colunista é só um reacionário da aritmética. Eles
fazem Pedrinhas. Alguém tem de dar as pedradas (as imgaens e
as manchetes não fazem partes do texto original).
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