segunda-feira, 9 de março de 2020

Vereadores inescrupulosos e prefeito forasteiro de Garanhuns estão mentindo quando afirmam que a cidade comemora aniversário no mês de março...



Por Altamir Pinheiro

Os estudos da  etimologia e lexicografia nos compravam que, Garanhuns é uma palavra de origem indígena que significa "SÍTIO DE GUARÁS E ANUNS".  Vejam bem!!! Até o início de 2014, o município comemorava o dia da sua emancipação em 4 de fevereiro, data que foi alterada sem ter nem pra quê, sem quê nem pra quê  e sem nenhum motivo, justificativa ou algo que fizesse nexo, tivesse vínculo ou coisa que o valha.  A partir desse lastimável fato de permuta inconsequente além de desrespeito as tradições de seu povo, o dia da emancipação passou a ser celebrado como uma data magna, nunca caindo em um dia útil, mas do que se trata e o que danado é isso!!!  O que diabo  é isso, o que isso traduz ou representa essa tal de  DATA MAGNA... o que isso significa; que conceito é esse; que sentido ou significação tem essa tal de Data Magna, hein?!?!?! Só Freud, Explica!!!  

Pois bem,  a mesma terra que deu à luz criaturas do porte da  mulher nativa   Simôa Gomes, ou pessoas gabaritadas como Ruber Van Der Linden, Luís Jardim,  Souto Filho (Dr. Soutinho), Osvaldo Ferreira da Silva, Bode Cheiroso, Xerife, João Capão,  Severino Ventinha, Iran Pessoa, Dominguinhos, Severiano Moraes (S.Moraes), Dedé Cândido, Luzinete Laporte, Julião Capitó, Delecarlindo,  Manoel Gouveia,   Solón Gomes, Ivan Rodrigues, Alfredo Leite Cavalcanti, José Cardoso da Silva, Marcílio Reinaux, Ciro Ferreira Costa, Fernando Castelão, Ivonete Guerra, João Marques e tantos outros desta estirpe como o  meu neto Antônio Miguel que conta com apenas 10 dias de nascido, de tal maneira que  esses ilustres garanhuenses como seus descendentes jamais se curvarão a essa mentira  deslavada que tentam nos colocar  goela abaixo por esses forasteiros e garanhuenses traíras, rudes, toscos e desprovidos de cultura, respeito  e tradição. 

Para quem quiser saber ou a quem interessar possa, a instalação correspondente  ao início do funcionamento de um  município autônomo,  só se dá com a eleição ou nomeação do primeiro prefeito e, consequentemente,  aquela localidade passa a ter independência na sua emancipação  político-administrativa e isso vem com a posse de seu primeiro prefeito  nomeado por quem de direito ou eleito pelo povo da comunidade local  a partir do momento que o  município, com efeito de uma lei provincial ou estadual,  tornou-se emancipado, livre e independente ao sair das amarras de outro município ao qual pertencia.  De modo que, a data correta da emancipação de um município é aquela em que seu prefeito tomou posse logo após a lei ter sido assinada pelas autoridades constituídas. 

Mesmo o município de Garanhuns tendo sido emancipado ou elevado à categoria de cidade em 4 DE FEVEREIRO DE  1879, só veio a eleger o seu primeiro prefeito 13 anos depois, haja vista o cargo de prefeito só ter sido considerado após o fim da Intendência Municipal (era indicado pelo governador) no começo da República(1889), 13 anos depois que Garanhuns emancipou-se e 3 anos após a Proclamação da República. A peculiaridade desta primeira eleição é que ela foi anulada por duas vezes, somente a terceira é que o Coronel Antônio da Silva Souto foi vencedor e governou o município por 4 anos, de 1892 a 1895, assessorado por uma câmara de vereadores legitimamente formada. 

A fim de elucidar os entraves e os desafios à plena materialização do direito à cidade, entende-se por emancipação a insistente busca de compreender o solo histórico onde a luta pelo direito à cidade se processa. Por conseguinte, todas as duas datas tem sua importância na história da terra de Simôa. Tanto o 4 de fevereiro quanto o 9 de março. Só que, ao se analisar o esgotamento da emancipação política da Indicação do dia, do mês e do ano, chega-se à conclusão que a data mais plausível para se comemorar o aniversário da cidade que o seu povo já memorizou e fixou tal data é o tradicional e histórico 4 de fevereiro de 1879. Portanto, há 141 anos, Garanhuns deu posse ao seu primeiro prefeito e não há 209 como querem os forasteiros e os garanhuenses rebeldes e incultos. Tudo isso, refere-se um caminho teórico analítico e mais lógico, que buscou apreender as particularidades da questão, em sua essência, de ordem histórico-cultural. Desse modo, como se vê, é   pura lorota esse “mimimi” que Garanhuns é bicentenária.  

A câmara de vereadores, com apoio do prefeito forasteiro Izaías Régis, tentou nos dar uma rasteira ou nos engabelar ao afirmarem que  Garanhuns ficou independente antes do Brasil(a cidade tem 209 anos(?), enquanto isso daqui a 2 anos é que o Brasil vai completar 200 anos de independente); esses vendilhões do Templo com o intuito de enganar, iludir e tapear os incautos,   ingênuos e babacas, estabeleceram por conta própria que o município de Garanhuns ficou  independente antes do grito de libertação do estado em que vivemos, que foi a REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817 que só tem 203 anos de existência, mas Garanhuns tem 209...

Para elucidação dos fatos vejamos o que diz a história no tocante aos municípios emancipados de Pernambuco começando pela cidade de INGAZEIRA e não Afogados da Ingazeira, neste ano, em 29 de abril de 2020 completará 200 anos de cidade. Eis a seguir o quadro dos municípios autônomos  mais antigos do Estado (com exceção de Recife, Olinda e Igarassu, claro!!!). EI-LOS:  Salgueiro (185 anos) – Pesqueira (183) -  Goiana (180 anos) – São Caetano (177) - Floresta (173) - Serra Talhada (168) - Caruaru (162) – Flores (162) – São Bento do Una (161) – Correntes (127) e Canhotinho (127 anos). Por tudo isso, discordo veementemente dos VENDILHÕES DO TEMPLO, pois, desde já, por contestar os 209 anos do município, considero-me muito mais garanhuense que brasileiro. Viva o 4 de fevereiro de 1879, viva!!! A propósito, no Hino do Centenário (não confundir com o Hino de Garanhuns) em seu último verso há um estribilho ou refrão que diz: No destino da altura / Iluminando a cidade nova / Acesa está a luz da fé / Obrigado ao Barão de Nazaré.
PALANQUE DO CENTENÁRIO: 4 DE FEVEREIRO DE 1979



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