Por Altamir Pinheiro
Há várias conotações nessa expressão antiga conhecida como “PARA INGLÊS VER”, a mais aceita, e que parece também a mais plausível, é a que apresentou o filólogo João Ribeiro em seu livro “A língua nacional”: no tempo do Império, as autoridades brasileiras, fingindo que cediam às pressões da Inglaterra, tomaram providências de mentirinha para combater o tráfico de escravos africanos – um combate que nunca houve, que era encenado apenas “para inglês ver”. O sentido da expressão nesse contexto é exatamente o mesmo que ela tem até hoje.
Essa expressão muito conhecida em todos os recantos do Brasil tem tudo a ver com a eleição de Capoeiras. Nesse pleito suplementar que se aproxima, o município terá uma candidata que além de ser uma forasteira, possui dois carimbos na testa: LARANJA DE DUDU & RAINHA ELIZABETH DA INGLATERRA. Se a gente quisesse aportuguesar a expressão no linguajar nosso, ficaria assim: A candidata à prefeitura de Capoeiras é uma MARIA VAI COM AS OUTRAS... Quer dizer, NÃO tem e nunca teve e jamais terá autonomia absoluta na política. Tudo que está embutido ou desenhado nessa candidatura de fachada é coisa para inglês ver.
Uma candidata de mentirinha que se propõe a fazer parte de um tremendo LARANJAL, já que, se for eleita não tem a mínima condição de governar, pois vai cair, necessariamente, nas mãos dos cínicos e vai viver sempre de joelhos aos pés dos estúpidos. Por isso, a candidata do PL de Capoeiras é uma farsa ou conversa mole para inglês ver. Claro que as mulheres são muito bem vindas no processo político atual do mundo moderno. Acabou-se aquela história de mulher ser motorista de forno e fogão ou ser possuidora de um tanque cheio de roupa para dar conta na labuta diária ou submeter-se a dar de garra de uma trouxa de pano para ir lavar no rio, tudo isso é coisa do passado e os direitos do homem e da mulher, ainda bem, são iguais.
Neste exato momento, o que não pode é uma figura atabalhoada se meter na política sem a menor independência e concordar em cair nos braços de grupos inescrupulosos que vão manipulá-la. As mulheres vivem um processo de inclusão e de integração no espaço político, desde que faça parte de uma coisa séria. Agora, pertencer a um laranjal somente para efeito de APARÊNCIA é uma atitude sem a menor validez. o que se torna ridículo é a chamada candidatura de mentirinha, para depois, se for o caso, a dita cuja, num ato de total subserviência, cumprir ordens de modo humilhante pelos “GOELA LARGA” que podem abocanhar o poder. Capoeiras convive muito bem com o gado, com o leite, com o plantio do capim e da palma forrageira, mas se optarem por um LARANJAL a safra será reduzida, muito mixuruca e até decepcionante. Será somente um LARANJAL apenas para inglês ver!!!
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