sexta-feira, 17 de setembro de 2010

DESDE A ÉPOCA QUE A GRETCHEN ERA CABAÇO QUE O ELEITOR VEM SENDO INFORMADO QUE A DILMA DO PT NÃO É FLOR QUE SE CHEIRE.........



A QUEDA
Por Merval Pereira

O presidente Lula age de acordo com as pesquisas eleitorais, nada importa mais do que eleger Dilma sua sucessora, e no primeiro turno. E a demissão da ministra Erenice Guerra pode ser um sinal de que a crise começa a afetar, mesmo que minimamente, as intenções de voto em Dilma. Toda a estratégia montada por Lula há muito tempo previa uma eleição polarizada para ser resolvida a 3 de outubro. Por isso, SEMPRE QUE ALGUÉM AVENTA A POSSIBILIDADE DE HAVER UM SEGUNDO TURNO, É ACUSADO DE "GOLPISMO". Como se, como diz Marina Silva, dar mais tempo ao eleitor para se decidir fosse um ato de lesa-pátria, uma traição aos ideais democráticos. Estranha democracia essa, que teme a confrontação direta entre os candidatos, que tem pressa em definir a eleição na primeira rodada.
Na verdade, o que os defensores da candidatura Dilma Rousseff temem, especialmente seu mentor, o presidente Lula, é que ela tenha que se expor mais ao debate durante o segundo turno, em condições de igualdade com Serra ou, mais remotamente, com Marina. Na eleição de 2002, o presidente do Ibope dizia que, se o deputado Ciro Gomes tivesse viajado para a Austrália com sua mulher, Patrícia Pillar, e lá ficasse até o fim da eleição, estaria eleito. Ao contrário, ficou por aqui fazendo campanha e acabou pagando pela língua.
Dilma não chega a estar tão escondida quanto se tivesse viajado para a Austrália, mas tem sido protegida por um esquema palaciano o mais que é possível. Até mesmo um púlpito montaram para suas entrevistas coletivas, de forma a afastá-la dos repórteres.
Por que teria Dilma que falar sobre o caso da ministra Erenice Guerra?, pergunta o líder do governo Cândido Vaccarezza. Ora, simplesmente porque ela foi demitida da Casa Civil depois de sucessivos escândalos envolvendo sua família, e quem a colocou lá foi a própria Dilma. E porque vários dos casos denunciados ocorreram quando Dilma ainda era ministra-chefe do Gabinete Civil, e Erenice, seu braço-direito.
O que eu tenho a ver com isso?, pergunta a própria Dilma. Tudo, já que ERENICE NÃO TEM EXISTÊNCIA PRÓPRIA SEM DILMA, ASSIM COMO DILMA NÃO EXISTE SEM LULA. Erenice não chegaria ao Ministério sem o apoio de Dilma, nem Dilma seria candidata a presidente da República sem Lula querer.
Fora isso, a demissão da ministra e as medidas anunciadas pelo ministro da Fazenda para tentar conter o vazamento de dados do Imposto de Renda de políticos e seus parentes mostram que as denúncias tinham fundamento e não são meras ações eleitoreiras, como o próprio presidente alegou inicialmente.
Na reta final da campanha eleitoral, eis que mais uma vez, a exemplo do que aconteceu em 2006, os "ALOPRADOS" petistas surgem para tumultuar o ambiente político que se anunciava risonho para a candidatura oficial de Dilma Rousseff.
Hoje, os "ALOPRADOS" surgiram em diversos lugares, e, embora nenhuma ação criminosa denunciada tenha o impacto daquela de 2006, pelo menos visual — a montanha de dinheiro vivo mostrada nos jornais e na televisão era a expressão material do mal feito —, a variedade e a gravidade de crimes cometidos no entorno do PT e do Palácio do Planalto podem ter impacto semelhante.
As denúncias sobre quebras de sigilos de parentes do candidato oposicionista José Serra, e de pessoas ligadas ao PSDB, deixam claro que, em meio às tantas irregularidades que surgiram na Receita Federal, houve, sim, um aspecto político relevante, ainda mais quando se sabe que as informações sigilosas apareceram em dossiês feitos dentro da campanha petista e em blogs ligados à campanha de Dilma Rousseff.
Mas o tema é de difícil entendimento para a média do eleitorado brasileiro, e sua repercussão ficaria restrita a um eleitor mais bem informado se não surgisse essa série de denúncias de lobby com objetivos financeiros dentro do Gabinete Civil da Presidência da República.
As pesquisas, que continuam dando a vitória de Dilma no primeiro turno, mostram que, entre os eleitores que se dizem bem informados sobre as denúncias, e entre os mais escolarizados e com renda mais alta, já há uma mudança de atitude em relação à candidatura oficial.
Entre esses, A QUEDA DE DILMA E A SUBIDA DE SERRA E MARINA JÁ INDICAM QUE HAVERIA UM SEGUNDO TURNO.
Outro fator que pode influir negativamente na escolha dos eleitores é a proximidade do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu com a candidata oficial.
A palestra de Dirceu para sindicalistas em Salvador, ressaltando a força que o PT terá num futuro governo Dilma, deixou incomodados os dirigentes petistas e o Palácio do Planalto.
A imagem de Dirceu está associada à ala mais radical do PT, e ao mensalão, de cujo esquema foi acusado de ser o chefe da quadrilha pelo Ministério Público.
Sua influência num governo que não terá Lula para controlar seus "aloprados" assusta a classe média.
"Aloprados" foi como o presidente Lula chamou companheiros de partido que, na sua campanha de reeleição, se meteram em uma grossa enrascada ao tentar comprar com R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo um dossiê com supostas denúncias contra o então candidato ao governo de São Paulo, José Serra, resvalando de maneira indireta na candidatura tucana ao Palácio do Planalto, naquele ano assumida por Geraldo Alckmin.
O presidente Lula não conseguiu ganhar no primeiro turno, como todas as pesquisas de opinião indicavam, devido à repercussão do episódio, e levou uma semana para se recuperar do baque. No segundo turno, teve uma vitória exuberante sobre Alckmin.
Ainda não há indicações oficiais de que a sucessão de escândalos abalou a tendência da maioria de votar em Dilma no dia 3, como Lula está pedindo. E Lula hoje é muito mais popular do que em 2006. Mas ainda faltam 17 dias para a eleição. E, como mostra a demissão da ministra Erenice Guerra, POR MAIS POPULAR QUE SEJA, O PRESIDENTE LULA NÃO PODE TUDO.


CASO ERENICE TEM DE SER PASSADO A LIMPO
É possível que a ainda ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra tenha imaginado se escudar politicamente quando partiu para atacar o candidato José Serra, chamado por ela, em nota, de “aético e já derrotado”.
Como o guarda-chuva do argumento de que tudo não passa de futrica eleitoreira costuma ser amplo e generoso, também é provável que Erenice, antiga militante petista, imaginasse que estripulias lobistas do filho pudessem ficar sob esta sombra protetora.
A tática do ataque como melhor defesa não se mostraria adequada para salvar Erenice Guerra. Afinal, ao politizar a defesa, a ministra ajudou a contaminar ainda mais o seu caso pelo embate eleitoral. Tudo o que o Planalto e sua candidata queriam evitar.
Depois de publicada pela “Veja” a denúncia de que Israel Guerra se imiscuíra em pelo menos um negócio entre um fornecedor privado de serviços (MTA) e uma estatal (Correios), o assunto não morreu, — para desgosto do governo e da mãe de Israel. E ainda serviu para que a imprensa descobrisse como a família de Erenice havia construído a tradição de sobreviver à custa do contribuinte, em empregos na máquina pública, relacionados de maneira evidente à ascensão da ilustre parente.
A desfaçatez com que o governo se comportou quando explodiu a história de invasão de arquivos da Receita com finalidade política não poderia ser repetida com Erenice.
A publicação, pela “Folha de S.Paulo” de ontem, de outra denúncia tornou Erenice Guerra fardo pesado demais para o governo e a campanha de Dilma Rousseff, a quem a ex-ministra é (ou foi) ligada.
Rubnei Quícoli, consultor da EDRB, de Campinas, relatou que a empresa, interessada em instalar uma central de energia solar no Nordeste, não conseguia que um pedido de empréstimo ao BNDES tramitasse. Diante da dificuldade, foi-lhe sugerida a rota da facilidade: Israel Guerra. Houve até reunião com a mãe. A empresa, relatou Quícoli, não aceitou a pedida de Israel, e o lobby se frustrou.
A denúncia, sustentada em provas documentais (e-mail, minuta de contrato com a firma de Israel), mostrou a Lula que não havia blindagem possível para conter o poder de corrosão do escândalo.
Antes, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, declarara serem “graves” as notícias sobre a ação do filho da ministra. Tinha razão.
Agora, há à frente uma bifurcação: de um lado, o risco de, com a defenestração da ministra, tentarem enterrar o caso, como ocorreu no dos aloprados; de outro, a rota acertada da investigação séria, profunda, por meio de instrumentos adequados do Estado, como o Ministério Público e a Polícia Federal.
Interessará ao governo, por óbvio, a primeira opção. À sociedade, a segunda.
Um trabalho sério de apuração poderá servir para delimitar os espaços público e privado, tão misturados neste governo.
Como a doença nacional do patrimonialismo chegou a uma fase aguda, passar esta história a limpo servirá de advertência a grupos políticos interessados em subordinar o Estado a seus interesses.
Outro aspecto é que, numa sociedade que se pretende aberta, não há “abuso no poder de informar”. Engana-se o ex-ministro José Dirceu.
Publicam-se fatos e comentários; se alguém os considera falsos e caluniosos, que a Justiça decida o conflito. Se não, que ocorram os devidos desdobramentos(Texto gentilmente roubado do Blog do Noblat).


NOVAMENTE, PRESIDENTE SUPERESTIMOU SEU PODER

Durante uma semana, Lula ficou impassível
José Casado

Na política, jogar parado é arte. Getúlio Vargas passou à História como mestre, e Tancredo Neves como um de seus melhores discípulos. Lula gasta tempo tentando superá-los, acreditando que pode mais.
Durante uma semana o presidente da República assistiu quase impassível à evolução do caso Erenice Guerra.
Apostou que a algazarra na Casa Civil seria encoberta pelo fragor das habituais salvas de "tiros" na campanha eleitoral. Perdeu logo nas primeiras 48 horas, quando ficou evidente que a mulher de confiança (e sucessora por ela indicada) de Dilma Rousseff arrastava o governo e sua candidata para um abismo político na reta final da eleição presidencial.
Na segunda-feira, o presidente dobrou a aposta, sob o coro entusiasmado de assessores — a maioria disposta ao fervor na crença da infalibilidade de Lula, especialmente depois da destreza demonstrada na construção da candidatura Dilma.
Perdeu, outra vez, quando, em desastrada nota oficial — com papel e selo do governo —, a ministra abraçou-o, junto com a candidata, e se lançou ao abismo deixando um rastro de suspeitas de desgoverno e corrupção.
Como nas crises anteriores, Lula superestimou seu poder para administrar prejuízos e conduzir plateias com manobras retóricas.
É futurologia achar que a percepção de desgoverno e corrupção vai se espraiar para além da classe média e mudar as chances de Dilma Rousseff no primeiro turno.
Talvez um dia Lula perceba que um presidente pode quase tudo, a exemplo de Getúlio Vargas. Mas, como mostra a História do getulismo, um presidente nunca pode tudo.
MESMO QUANDO ELE ASSINA LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA..

2 comentários:

Unknown disse...

Se a dilma for eleita vai implantar o bolsa pica para que blogueiros de merda como voce, que prefere o brasil terceirmundista e pobre, pedindo o fmi dinheiro, possa sentar em uma pica grossa assistindo ela como presidenta do Brasil, pertgunta para a marina porque o vice dela esta sendo processado pelo ibama,e de onde vem a grana que ela esta usando na campanha....ç

Altamir Pinheiro disse...

ALMY ALVES,

QUEM VAI GOSTAR DISSO É SUA MULHER, AQUELA QUENGA SAFADA!!!