O volume de saques da poupança superou o de
depósitos em 3,26 bilhões de reais em outubro, segundo dados divulgados nesta
sexta-feira pelo Banco Central. Desde janeiro, o total resgatado da aplicação
soma de 57,05 bilhões de reais. Nos dois casos, tratam-se dos maiores volumes
de retiradas para os períodos desde 1995, quando o BC começou a compilar as
informações.
Até 2015, o pior outubro para a caderneta havia
sido o de 2000. Naquele ano, o resultado ficou negativo em 1,40 bilhão de
reais. O resultado deste ano até agora também é significativo: PELA
PRIMEIRA VEZ DESDE 2003 SE VÊ UM VOLUME DE RESGATES MAIOR DO QUE O DE
APLICAÇÕES EM TODOS OS MESES DE UM ANO DE JANEIRO A OUTUBRO.
O mês com o maior volume de retiradas neste ano foi
março, com 11,4 BILHÕES
DE REAIS. Esse
volume também é o maior para um só mês desde o início da série histórica,
segundo as estatísticas do BC.
Com o resultado de outubro, o saldo total da
poupança ficou em 644,84 bilhões de reais, já incluindo os rendimentos do
período, de 4,06 bilhões de reais. Os depósitos na caderneta somaram 151,32 bilhões de reais em outubro, e as retiradas, 154,59 bilhões de reais.
Em
evento sobre educação financeira promovido pelo Banco Central, o presidente da
Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, disse nesta
quinta-feira que é preciso estimular a poupança, um hábito que não é muito
disseminado no país. "Mas isso só tem êxito se as pessoas virem razão
concreta para trocar o consumo atual pelo futuro", disse.
Por causa da sangria da poupança ocorrida desde o
início do ano, o setor imobiliário passou a reclamar de falta de recursos para
financiamentos de casas e apartamentos. Para minimizar esse quadro, o BC
decidiu, em maio, liberar os bancos para usar 22,5 bilhões de reais dos
chamados depósitos compulsórios, recursos da poupança que são obrigados a
manter no BC. Com o aval do Banco Central, os recursos podem ser redirecionados
para operações de financiamento habitacional e rural (Texto
gentilmente roubado lá no Blog da Veja Econômico. – A manchete não faz parte do texto original).
Nenhum comentário:
Postar um comentário