O ex-presidente Lula bem que tentou sensibilizar líderes mundiais com uma narrativa de que estaria sendo vítima no Brasil de perseguição política perpetrada por um suposto complô entre autoridades, políticos e meios de comunicação. Antes mesmo de sofrer sua primeira condenação na Lava Jato, Lula já esperneava e usava toda estrutura do partido para 'denunciar' o que estava acontecendo com ele. Não colou. Nem aqui no Brasil nem no exterior.
O ex-presidente americano Barack Obama, aquele que ficou todo animado com o pré-sal brasileiro quando o petróleo estaca caríssimo no mercado internacional e falou que Lula era 'o cara', esteve no Brasil em setembro de 2017 para uma palestra. Na ocasião, Lula ainda estava livre, mas foi sumariamente ignorado pelo líder americano. Obama participou do Fórum Cidadão Global em sua primeira visita ao Brasil após deixar a Casa Branca. Aliados de Lula acreditavam que um encontro com o ex-presidente americano seria crucial, mas não rolou.
O ex-presidente Lula também está até hoje esperando sentado no fundo de sua cela em Curitiba por manifestações de outros líderes mundiais que não vieram. Nenhum líder de expressão mundial emitiu sequer uma nota lamentando a prisão do condenado. Para piorar, nem mesmo seus tradicionais parceiros comunistas lhe ofereceram abrigo. Ninguém quis se indispor com o Brasil para dar guarida a alguém que está literalmente fora do jogo.
O fato é que os líderes mundiais sabem que Lula plantou e colheu os frutos amargos de uma vida repleta de tretas, prepotência e arrogância. O petista, que apostou alto na impunidade, descobriu que estava enganado quanto a possibilidade de sobrepujar a Justiça brasileira. Lula tentou enganar o país , o mundo e a si próprio. O petista sabe que não estaria passando por todo o constrangimento mundial e que não estaria preso agora, caso tivesse sido mais zeloso com a própria dignidade. Se não tivesse roubado, desafiado autoridades e mentido tanto, Lula estaria livre até mesmo para concorrer à Presidência nas eleições de 2018.
Mas os problemas de Lula com a Justiça são bem mais sérios que uma simples inelegibilidade. Preso em Curitiba, onde cumpre pena de mais de 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, Lula foi condenado há poucos dias pela segunda vez na Lava Jato no caso do sítio de Atibaia. Lula sabe que não há mais muito a ser feito para livrá-lo da enrascada em que se meteu. Além das duas condenações, uma em primeira instância, o petista ainda é réu em cinco ações na justiça e alvo de outros três inquéritos criminais.
Apenas para ilustrar a situação dramática do petista, os advogados de defesa de Lula afirmaram em entrevista a jornalistas na Suíça que já dão como certa a condenação do ex-presidente brasileiro nos processos relacionados à Operação Lava Jato. Na ocasião, ainda livre, o próprio Lula participou da entrevista por videoconferência e voltou a se colocar no papel de vítima de um complô da mídia e da justiça no Brasil. “Estou sendo vítima de perseguição política e que visa destruir o partido de esquerda mais importante da América Latina”, disse Lula.
O problema é que a imagem de Lula como um criminoso comum que foi parar atrás das grades já se consolidou aos olhos do mundo. O petista meteu os pés pelas mãos, assumiu os riscos de manter uma conduta suspeita em suas relações íntimas com empreiteiros como Joesley Batista, Léo Pinheiro, Emílio e Marcelo Odebrecht, algo incompatível com o cargo de presidente da República. Ao deixar o cargo, Lula deu início ao processo de "colheita" dos favores que havia prestado aos amigos e continuou influenciado o governo Dilma a atender os pedidos de seus cúmplices, em nome de um plano de poder duradouro que, em tese, lhe garantiria a impunidade.
Das empreiteiras de seus amigos, a OAS e Odebrecht, Lula aceitou ser beneficiário direto de obras em propriedades, pagamentos de despesas pessoais e contratos milionários para palestras. O petista subestimou a justiça e superestimou seu poder de se safar dos crimes que cometeu, fiando-se que suas justificativas frágeis seriam suficiente para calar as autoridades. Lula também não contava com a possibilidade de seus cúmplices nos crimes confessassem os delitos em torno de contratos vantajosos com a Petrobras. Até mesmo seu ex-braço direito e fundador do PT, o ex-ministro Antonio Palocci, acabou entregando seus crimes às autoridades.
Com base neste retrospecto de desventuras, é possível afirmar que nenhuma das ações ou inquéritos que pesam contra o ex-presidente é infundada. Nem as que já lhe renderam condenações, nem as que ainda podem lhe render outras dores de cabeça. Assim como qualquer pessoa minimamente instruída, Lula e seus advogados sabem que o MPF não celebra nenhum tipo de acordo de redução de pena com criminosos sem que sejam apresentadas as devidas provas sobre suas delações. Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro e João Santana são apenas alguns dos "ex-amigos" que se tornaram seus algozes. Lula sabe que está perdido. O mundo sabe que Lula é só um bandido. - Imprensa Viva. -
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