Por Altamir Pinheiro
Recentemente, o jornalista Carlos Newton fez uma afirmação certeira a respeito do filme Casablanca, com o seguinte termo: “PRENDAM OS SUSPEITOS DE SEMPRE”. Pois bem, para quem assistiu temos um filme que nos prende em todos os seus quesitos. Não à toa o filme foi arrebatador nas premiações do Oscar de 1943 onde ganhou os prêmios de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro. No clássico “Casablanca”, com direção de Michael Curtiz, protagonizado por Humphrey Bogart e Ingrid Bergman rodado em plena Segunda Guerra Mundial(1942), no seu roteiro consta que, os ocupantes alemães exigem que a Polícia francesa persiga os revoltados que tentam expulsá-los do Marrocos. A ordem que ficou na História do Cinema: “Prendam os suspeitos de sempre”. Fazendo um paralelo do clássico “Casablanca”, em 2003 despontava para o mundo (e não só para o Brasil), no caso Banestado, um dos homens(ex-juiz) mais honestos que essa pátria já pariu: Sérgio Fernando Moro, um espelho de ética e moralidade para o brasileiro do bem amante da paz, da ordem, da concórdia, da justiça e bons costumes e não dessa carniça que sofre de paixonite aguda pela extrema esquerda e extrema direita que têm como símbolos em carne e osso: o deplorável Seboso de Caetés e o ainda presidente, o famigerado Bunda Suja.
O ex-presidente, o ainda presidente e o carniça Gilmar Mendes, passado 17 anos, esses três acima juntamente com os doleiros da época, os SUSPEITOS DE SEMPRE, buscam ressuscitar o caso Banestado, em mais uma tentativa de desmoralizar uma figura do porte moral como Sérgio Moro, que merece receber desse país todas as condecorações, homenagens e distinção honrosas possíveis e imagináveis nesse Brasil que gosta de dar muito valor a ladrão, genocida e falastrão. E nessa safadeza toda, ainda tem a figura do Augusto Aras da PGR que tenta a todo custo sacanear com Moro para fazer média com o Capitão Cloroquina e ser a bola da vez ou mesmo o escolhido para ministro do STF em novembro próximo. O objetivo não é outro se não devolver aos políticos a paz que as operações anticorrupção lhes roubaram, para o qual a limpeza do terreno com o expurgo de Moro foi o primeiro golpe que os canalhas praticaram para consumar o enterro da Lava Jato que será o beijo da morte.
O próprio articulador Moro, em seu famoso artigo sobre a italiana OPERAÇÃO MÃOS LIMPAS, afirmara que a ação judicial isolada “pode no máximo interromper o ciclo ascendente da corrupção”, embora não seja “crível que, por si só, possa eliminá-la, especialmente se não forem atacadas as suas causas estruturais”. Quando se fez ministro da Justiça, porém, o ex-juiz apostou no direito penal, mas em razão ou em defesa do Flávio, Eduardo, Carlos, o papai desses três marginais, junto com Augusto Aras e o Congresso nacional impediram que Moro fizesse uma reforma penal geral total e irrestrita. O pernambucano e estudante universitário, Rodrigo de Abreu Pinto, nos fala em seus escritos que, além de mote ao discurso histriônico do presidente, a corrupção foi tomada como desvio meramente individual e partidário, enquanto a correção permaneceu ligada aos heróis togados. O fim da Lava Jato seria um BOM MOMENTO de separar o joio do trigo: coibir o arrepio das leis e o voluntarismo dos juízes, ao mesmo tempo que preservaríamos a engenharia regulatória (quanto a contratações públicas e o financiamento eleitoral, por exemplo). Sem essa última, agora só resta o joio, então tomado como justificativa para que Bolsonaro e Aras sepultem a operação. Na verdade, só haverá uma justiça punitiva quando Moro chegar lá. Portanto, ou assim sendo, ninguém o deterá: seu destino é a presidência da República. Que os anjos do céu digam amém!!!
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