Por Altamir Pinheiro
Como
afirma o jornalista Antonio Nahud, ROCK
HUDSON não era bom ator, mas tinha carisma e bela estampa.
Moreno, muito alto (1,93 m), másculo, belo corpo e voz viril, ele estava acima
de qualquer suspeita, ocultando habilmente suas inclinações sexuais. No começo
de sua carreira, logo passou a receber uma média de cento e cinquenta propostas
de casamento por semana. As revistas de cinema não paravam de perguntar:
“QUANDO ROCK ESCOLHERÁ UMA NOIVA?!?!?!”. Isso o tornou cuidadoso. Passou a encarnar o herói romântico e sua
carreira terminaria se o público tivesse a mais leve suspeita de sua
homossexualidade.
Na
verdade, ROCK HUDSON não era um péssimo ator, mas em westerns, apesar de ser
alto e forte, ele parece se perder um pouco. Ele sempre foi muito bom em filmes
urbanos, comédias, ou filmes de aventura. Descreveremos aqui, uma relação
dos melhores filmes de Rock Hudson: ASSIM
CAMINHA A HUMANIDADE (1956), com Elizabeth Taylor e James Dean; E O SANGUE
SEMEOU A TERRA (1952), com James Stewarc; CONFIDENCIAS A MEIA-NOITE (1959). Com
Doris Day; PALAVRAS AO VENTO(1956), com Dorothy Malone; VOLTA, MEU AMOR (1961),
com Doris Day; QUANDO SETEMBRO VIER (1961), com Gina Lollobrigida e O ÚLTIMO PÔR-DO-SOL
(1961), ótimo faroeste com Kirk Douglas e Dorothy Malone. Aliás, o cantor
e compositor pernambucano, LENINE, é autor de uma música
intitulada o Último-Pôr-do-Sol
Nos
anos 50 e 60, Rock Hudson era o perfeito galã de Hollywood. Fortão e atlético,
ele tinha um sorriso doce que mostrava certa vulnerabilidade. As mulheres o
amavam loucamente. O segredo de que ele era gay era guardado a sete chaves num
momento em que seria um suicídio profissional sair do armário. A maioria dos americanos
só soube que ele gay quando Hudson morreu, em 1985.
Ele necessitava de sexo diariamente e não apreciava
sujeitos masculinos, de preferência bissexuais. Enquanto isso, seus filmes
destacavam seu vigoroso físico. As publicações estampavam fotos suas
dedicando-se a tarefas típicas masculinas, entre elas lavando seu conversível
vermelho. Sem camisa, obviamente, para exibir o formoso tronco. Liz Taylor
admitiu que, durante as filmagens de “Assim Caminha a Humanidade”, sentiu-se
atraída por ele. Foi inútil, ele preferiu cair nos braços de James Dean.
Na década de 1950, Quando a revista “CONFIDENTIAL”
passou a farejar a vida privada do astro, o estúdio resolveu casá-lo
urgentemente. A escolhida, uma tímida e ingênua secretária aspirante a atriz,
Phyllis Gates, não tinha a menor ideia da farsa, apenas se deliciava
com a possibilidade de ser a esposa do homem que todas as mulheres cobiçavam.
Pelo bem da carreira, ele aguentou o máximo que pode, mas
o casamento só durou três anos.
Rock teve inúmeros parceiros e frequentava
discretas festas exclusivamente
masculinas, principalmente aquelas em que não
conhecia quase ninguém. Com o declínio, a partir dos anos 1970, ele direcionou
toda a sua energia para o sexo. Nas suas festas enchia a piscina com dezenas de
belos jovens, nus e bronzeados. “Os louros são os SCOTT e os morenos são os
GRANT”, dizia aos raros convidados. Ninguém desconhecia o famoso romance entre
os atores Randolph Scott e Cary Grant.
Maior galã de Hollywood nos anos 50, o astro
manteve sua homossexualidade em segredo, mas mudou a consciência da América
sobre a epidemia de HIV ao revelar seu diagnóstico. Na oportunidade, década de
1980, um médico francês foi quem tratou da sua doença. O ator tinha
perdido 35 quilos e estava tão fragilizado que a única maneira de voltar para
casa era num voo direto de Paris para os Estados Unidos. Nenhuma companhia
aérea queria aceitá-lo como passageiro. A Air France cobrou 250.000
dólares para levá-lo para casa em um 747.
O
livro ‘’A VIDA SEXUAL DOS ÍDOLOS DE HOLLYWOOD’’ relata que, Nesta época
que apareceram os primeiros sintomas de que sua saúde não estava bem. Logo
descobriu a Aids. Quando foi revelado sua doença, o mundo ficou estupefato. No
entanto, morreu cercado de amigos, entre eles, Elizabeth Taylor. Depois da sua
morte, o seu ex amante foi aos tribunais, alegando que o ator fazia sexo com
ele sabendo que podia contaminá-lo. Ganhou a causa, embolsando 14,5 milhões de
dólares.
A
Aids era tão estigmatizada que os doentes se sentiam abandonados. Tudo o que
eles queriam era um sinal de esperança, e ela veio com a declaração de Hudson.
Foi o evento que iniciou no país a consciência da epidemia de HIV. Ele foi
corajoso e deixou que o seu diagnóstico mudasse a face da Aids. Diante dessa
fatalidade há que se lamentar sua partida
tão cedo vitima desta doença miserável.
Assistam ao vídeo da LUTA CONTRA À MORTE desses três
monstros sagrados do faroeste norte-americano que encantaram plateias do mundo
inteiro: Rock Hudson, John Wayne e Yul Brynner, donde, todos os três
morreram de câncer.
Isso é o que podemos
chamar de, A ARTE IMITA A VIDA...
https://www.youtube.com/watch?v=C9Y2l1rOn9s
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