segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A MEMÓRIA CURTA DO PILANTRA STÉDILE DO MST



Sérgio Alves de Oliveira

É preciso ter memória muito curta e uma “cara-de-pau” para não se botar nenhum defeito para gravar um vídeo de repercussão nacional com as baboseiras e mentiras ditas por João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Sem Terra-MST, às vésperas do julgamento de Lula pelo TRF-4, em Porto Alegre.

Stédile conclama o “seu povo” e o exército dos “sem-terra” para darem início ao que ele chamou de “luta de classes”, tendo presente o julgamento do ex-Presidente Lula no próximo dia 24 de janeiro, com isso tentando constranger e intimidar os desembargadores que farão o julgamento, reformando ou confirmado a sentença de condenação proferida em primeira instância pelo Juiz Federal Sérgio Moro, de Curitiba.

Com essa ridícula postura o que o referido cidadão está pretendendo nem se resume mais em exigir o “foro por prerrogativa de função de Lula”, ou seja, julgamento dos seus crimes pelo STF, como instância originária, como antes tentavam. As “exigências” agora se ampliaram. A ”mobilização popular” que o Stédile propõe não passa de pretender um INDULTO, ou ANISTIA antecipada, sem mesmo início de cumprimento da pena de prisão por Lula, pasmem, dado pelo próprio Poder Judiciário. Sem dúvida essa seria uma inovação no Direito Penal e Processual Penal, sem precedentes. Certamente “eles” julgam que Lula está “acima da lei” e de todos os códigos. Nem se preocupam em saber a verdade. Se Lula cometeu, ou não, crimes. O que ele não pode é ser condenado e preso.

A tremenda “cara-de-pau” de Stédile está em omitir a participação efetiva que teve tanto Lula, quanto Dilma, o PT e seus coligados, no descalabro político e governamental que aí está, apesar de Lula estar respondendo nesse processo por outros problemas. Todos compunham uma mesma “quadrilha” de criminosos contra a coisa pública, desde 2003.  Temer foi eleito “vice” de Dilma em 2014. Mas são criminosos iguais. Gente da mesma “laia”.

O fato de Temer ter participado do golpe “político” dado contra Dilma, e que acarretou o seu impeachment, não tira a validade dessa medida do ponto de vista jurídico. O impedimento de Dilma seguiu à risca os preceitos constitucionais, apesar da ré ter sido favorecida com a condenação “meia-sola” que recebeu (o tal “fatiamento”), preservando-se os seus direitos políticos, numa manobra muito “safada”, mas bem arquitetada pelo então presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski.

Stédile, com essa “convocação”, está “lavando as mãos”, próprias, do PT, de Lula e Dilma, como se eles nada tivessem a ver com o péssimo desempenho do Governo Temer, que jamais deixou de ser “farinha do mesmo saco” deles. Mesmo porque na verdade o PT continua mandando no Governo Temer, apesar de ter saído da principal “vitrine”. O PT e toda a sua militância estão certos em condenar o Governo Temer. Mas não têm nenhuma moral para reivindicar agora o papel de “oposição”, de “moralistas”, como estão fazendo, nem para se considerarem mais capacitados, honestos e menos corruptos que o Governo Temer.

Resumidamente, falta legitimidade a essa pretensa “oposição” para ameaçar o Poder Judiciário com o início de uma “revolução”, ou “luta de classes”, se porventura Lula for condenado pelos crimes a que responde.



Nenhum comentário: