Cerca de 30 outdoors com dizeres pedindo "LULA NA
CADEIA" foram instalados em avenidas de grande
circulação de Porto Alegre e outras cidades da região metropolitana. Os
cartazes são assinados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem Pra Rua.
Iria Cabreira, uma das coordenadoras do
Vem Pra Rua no Rio Grande do Sul, explica que a campanha é um ato de apoio ao
Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), "que tem cumprido o seu
papel". Lula será julgado pelo TRF-4 no caso do triplex do Guarujá (SP) na
próxima quarta-feira, dia 24.
"TEMOS VISTO ATAQUES AO TRABALHO DA
JUSTIÇA E APOIO INCONDICIONAL AO LULA, QUE JÁ FOI CONDENADO EM PRIMEIRA
INSTÂNCIA. PRECISAMOS MOSTRAR QUE A POPULAÇÃO NÃO ESTÁ CONIVENTE COM OS CRIMES
DE CORRUPÇÃO, QUE O CIDADÃO COMUM, QUE ESTÁ TRABALHANDO E LUTANDO PELA SUA
SUBSISTÊNCIA QUER, SIM, ACABAR COM A CORRUPÇÃO E APOIA, SE FOR O CASO,
CONDENAÇÃO, PRISÃO, O QUE FOR, DE QUALQUER UM. NINGUÉM PODE ESTAR ACIMA DA
LEI", diz Iria Cabreira.
Os outdoors apresentam a imagem de Lula
como presidiário, no estilo do Pixuleco, o boneco inflável que ficou conhecido
em protestos contra Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff. Ao lado, há uma
silhueta com o convite: "FAÇA SUA SELFIE AQUI". A ideia é que as
pessoas manifestassem seu apoio nas redes sociais, mas o movimento tem dificuldades
para mensurar o sucesso da campanha, segundo Iria: "Muita gente não
compartilha ou tira foto de dentro dos carros, já que em muitas avenidas não é
fácil de parar".
A coordenadora afirma que uma vaquinha
foi feita para suprir as despesas com a instalação dos outdoors, porém não
informa o valor arrecadado. "Cada um de nós acaba doando, além do tempo,
valores para as ações", resumiu.
O movimento Vem Pra Rua prepara um ato
para a próxima terça-feira, 23, véspera do julgamento de Lula no TRF-4. O ponto
de encontro será o Parque Moinhos de Vento, o Parcão, local já tradicional das
manifestações contra Lula e Dilma em Porto Alegre. O evento no Facebook que
convoca para o ato, a partir das 18h, tem menos de uma centena de confirmações.
"Vai ser um evento pequeno, já que
consideramos e avaliamos que um evento grande poderia implicar questões de
segurança. Será um ato de apoio ao TRF-4 e à Justiça, para que continuem
fazendo o seu trabalho e que não se tolere ameaças ou intimidações",
finaliza Iria Cabreira.
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