Em época de aperto fiscal urgente, o
Tesouro Nacional – ou, em outras palavras, O CONTRIBUINTE BRASILEIRO – está
sendo chamado a pagar pela irresponsabilidade de governos anteriores no manejo
de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O primeiro aporte já foi feito, ainda em dezembro de 2017: foram R$ 124
milhões, para compensar um CALOTE DE US$ 22,4 MILHÕES DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE.
E, segundo o jornal Folha de S.Paulo, o rombo não deve parar por aí no caso do
país africano, e o Tesouro pode acabar obrigado a repassar cerca de R$ 1,5
bilhão, já que as dívidas moçambicanas com fornecedores brasileiros chega a
meio bilhão de dólares.
O Tesouro entra na equação graças ao
Fundo de Garantia à Exportação, que é obrigado a cobrir os calotes de governos
estrangeiros quando não honram compromissos com empresas brasileiras que
assinam os contratos para atuar no exterior. Segundo o BNDES, esse tipo de
garantia é oferecido por praticamente todos os países industrializados, como
maneira de proteger suas empresas de riscos políticos nos países com os quais
essas companhias fazem negócios. O problema não é, portanto, a existência em si
da garantia, mas as avaliações feitas antes de se conceder os empréstimos.
Outros dois países caloteiros são VENEZUELA e ANGOLA – e, em ambos os
casos, o estrago será ainda maior que o causado pelo default moçambicano, pois
as dívidas a pagar são, respectivamente, DE US$ 1,5
BILHÃO E US$ 1,9 BILHÃO. O que esses três países têm em comum ajuda a
entender como se construiu o panorama atual: são todos regimes de democracia
vacilante ou inexistente, comandados por partidos ou ditadores de esquerda, CAMARADAS IDEOLÓGICOS
DO PARTIDO DOS TRABALHADORES, RESPONSÁVEL PELO USO IDEOLÓGICO DO BNDES ENTRE
2003 E 2016. Moçambique é governada pela Frelimo, que
começou como guerrilha armada marxista na época colonial e fez todos os
presidentes do país desde a independência. A Economist Intelligente Unit (EIU)
chama Moçambique de “REGIME HÍBRIDO”, que mistura
elementos democráticos, como o multipartidarismo, com outras características,
como falta de independência no Judiciário e algum tipo de perseguição ou
pressão política ou contra a imprensa. Angola tem um perfil semelhante; José
Eduardo dos Santos presidiu o país entre 1979 e 2017, e a EIU classifica o país
como “AUTORITÁRIO”. Da Venezuela do ditador Nicolás Maduro NEM É PRECISO DIZER
NADA.
Para completar a tragédia, se numa ponta
estão governos alinhados ideologicamente com o petismo, na outra estão as
empreiteiras encrencadas na Operação Lava Jato: foi a Odebrecht, por exemplo,
que construiu um aeroporto de centenas de milhões de reais que não recebe voos
internacionais e tem movimentação de 20 mil passageiros por ano, apesar de ter
capacidade para 500 mil, segundo a BBC – o empréstimo do BNDES para o governo
moçambicano, aliás, só foi possível porque O GOVERNO LULA PERDOOU, EM 2004, US$ 315 MILHÕES EM DÍVIDAS QUE NÃO
VINHAM SENDO PAGAS, ou seja, o risco de calote era evidente, o que
não impediu o governo petista de fazer camaradagem com o dinheiro do
contribuinte brasileiro.
Os calotes que o Tesouro Nacional será
chamado a cobrir são mais uma CONSEQUÊNCIA DO MÉTODO
PETISTA DE GOVERNAR, colocando as instituições de Estado a serviço
do partido e de suas prioridades. O desastre da política de “campeões
nacionais”, as facilidades para os “AMIGOS DO REI” e dinheiro farto
para bancar obras em países cujos governos eram (ou ainda são) alinhados com o
petismo – além de VENEZUELA, ANGOLA E MOÇAMBIQUE, o BNDES despejou
recursos para obras em CUBA, NA ARGENTINA DOS KIRCHNER E NA REPÚBLICA
DOMINICANA, governada por um partido membro do Foro de São
Paulo – mostram o estrago feito pelo partido ao desvirtuar totalmente a
finalidade de um banco de fomento. – Editorial Gazeta do Povo -
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