Eliziário Goulart Rocha
O julgamento em segunda instância de Lula pelo Tribunal
Regional Federal da 4ª Região, em 24 de janeiro, dará contornos iniciais, mas
talvez definitivos, à cara que o Brasil terá em 2018: se irá se tornar, finalmente,
UM PAÍS EM QUE A LEI É PARA TODOS, OU SE VIVAS ALMAS MUITO VIVAS SEGUIRÃO
ESCAPANDO POR MAIS UM TEMPO DA CADEIA SOB OS APLAUSOS DOS SEGUIDORES DA SEITA E
DE ESPERTALHÕES EM GERAL. Enquanto
exércitos de Sem-Noção se mobilizam para fazer barulho a favor do mestre em
Porto Alegre, os brasileiros sem alma presa seguem esperançosos. Condenado em
primeira instância, Lula recebeu em julho, do juiz Sergio Moro, a sentença de 9
anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do
triplex. Caberá ao TRF4 determinar se a Lava Jato conseguirá mesmo MUDAR
O PAÍS OU SE ESBARRARÁ NA TRADIÇÃO NACIONAL DE QUE ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS
PERANTE A LEI. Lula
é réu também em processos envolvendo o sítio de Atibaia, o terreno do Instituto
Lula, obstrução de Justiça no caso Petrolão, empréstimo do BNDES e Operação
Zelotes, fora outros em que foi denunciado, mas ainda não se tornou réu –
nomeação para o ministério, Quadrilhão do PT, palestras suspeitas e MP do setor
automotivo. Mesmo que escape desta vez, uma folha corrida dessas garante a pole
position na fila de embarque do camburão. É apenas uma questão de tempo, mas a
decisão do dia 24 terá o condão de determinar se começaremos o ano com os
brasileiros decentes de alma lavada ou com a farra dos caras deslavadas.
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