sábado, 16 de fevereiro de 2013

A REDE DE MARINA É UMA INICIATIVA INOVADORA E AUDACIOSA. JÁ SEU EMBLEMA É CONSTITUÍDO POR XXXBLABLABLÁPEREPEPÊPOROPOPÓ...


 
MANIFESTO POLÍTICO DE MARINA

Somos um país soberano e independente, mas com pouca capacidade de interferir nos foruns e mercados globais. Um país rico, livre e plural, mas com graves indicadores de violência, desigualdade e pobreza. Somos a sétima economia do mundo, MAS NÃO CONSEGUIMOS DAR EDUCAÇÃO DE QUALIDADE E GARANTIR BOM ATENDIMENTO DE SAÚDE PARA TODOS. Estamos sempre atrás de respostas e não vemos o que temos de melhor para encontrá-las: a diversidade étnico-cultural de nosso povo, o domínio sobre parte considerável da biodiversidade e da água doce do planeta, um território de extensão continental com uma rica variedade de biomas cujo papel é fundamental no equilíbrio climático e no desenvolvimento científico, tecnológico e econômico de nosso país e do mundo. Temos avançado com perseverança na construção da democracia brasileira. Superamos uma ditadura militar de mais de duas décadas, aprovamos o impeachment do primeiro Presidente eleito sob a redemocratização, debelamos um processo inflacionário arrasador que parecia não ter fim e iniciamos importante trajetória de redução das desigualdades sociais que ainda marcam nossa sociedade. Prevalece, contudo, a mesma concepção de crescimento. CONTINUAMOS INSISTINDO NUM MODELO ECONÔMICO QUE NÃO CONSEGUE TRANSFORMAR EM ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NOSSA PRIVILEGIADA CONDIÇÃO DE DETENTOR DE UM PATRIMÔNIO AMBIENTAL ÚNICO. É significativo que as instituições políticas e os sucessivos governos, nas últimas décadas, não tenham absorvido e dado relevo ao papel crucial da sustentabilidade ambiental dentro do processo de desenvolvimento. A EXPLORAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS SEGUE SENDO PREDATÓRIA, COM BAIXA AGREGAÇÃO DE VALOR E USO INTENSIVO DE AGROTÓXICOS. ESTA É UMA REALIDADE QUE NÃO DIZ APENAS DE QUESTÕES AMBIENTAIS. ELA APONTA PARA UM EQUÍVOCO DE VISÃO CUJAS DIMENSÕES PRECISAM SER MELHOR COMPREENDIDAS. Uma das peças-chave para uma correção de rumos está no sistema político e sua estreita relação com o modelo de desenvolvimento. Basta, para isso, ver quais são os principais doadores de campanha e as leis feitas pelos eleitos, que com frequência fortalecem os valores que se contrapõem ao desenvolvimento sustentável, à ética, à justiça, ao aprofundamento da democracia e aos princípios civilizatórios básicos. São graves os problemas relacionados ao desgaste e ao descrédito da política, dos políticos e do sistema de representação, sobretudo porque afastam grande parcela da sociedade das decisões públicas, quando não a leva ao alheamento e total indiferença às decisões políticas. PERMANECEM HEGEMÔNICAS AS VELHAS PRÁTICAS POLÍTICAS QUE VÊM DO COLONIALISMO, DO POPULISMO, DO RACISMO, DO TOTALITARISMO E OUTRAS FORMAS DE DOMINAÇÃO E CORRUPÇÃO QUE AINDA CONFIGURAM UMA CULTURA ARRAIGADA E DIFÍCIL DE MUDAR. O processo de construção da nossa república ainda está incompleto. Mesmo sendo da natureza dos partidos políticos o confronto de posições e projetos e a disputa legítima pelo poder de Estado para realizá-los, o objetivo de permanecer no poder a qualquer custo os esvazia de suas premissas fundantes que são corresponder aos clamores e urgências da população e expressar as demandas da sociedade, de forma democrática, competente, ética e justa. Nosso sistema político-partidário, a pretexto de gerar condições de governabilidade, enredou-se numa lógica própria fisiológica de formação de base de apoio parlamentar, solapando cada vez mais as possibilidades de emergirem diferentes e verdadeiros projetos de desenvolvimento que se ofereçam como alternativas à escolha dos cidadãos e cidadãs. A MAIORIA DOS PROGRAMAS SÃO FEITOS SOB MEDIDA PARA OS PERÍODOS ELEITORAIS, SEM COMPROMISSO REAL DE IMPLEMENTAÇÃO, TANGIDOS PELO CARISMA DE NOMES E PELO IMEDIATISMO DAS PALAVRAS DE ORDEM ESCOLHIDAS POR ESQUEMAS CADA VEZ MAIS CAROS E SOFISTICADOS DE MARKETING. PASSADA A ELEIÇÃO, O PODER FECHA-SE PARA A SOCIEDADE, EMPURRANDO-A PARA O PASSIVO LUGAR DE MERA EXPECTADORA DO PROCESSO POLÍTICO. AO MESMO TEMPO, COMEÇA A PREPARAR A COMPOSIÇÃO DE FORÇAS PARA AS PRÓXIMAS ELEIÇÕES, COM BASE NA DISTRIBUIÇÃO DE CARGOS E VANTAGENS, COMO SE AINDA ESTIVÉSSEMOS NAS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS. A TEÓRICA SEPARAÇÃO DOS PODERES DÁ LUGAR À EXACERBADA PREDOMINÂNCIA DO EXECUTIVO E DA UNIÃO, NUM REGIME COM RANÇOS IMPERIAIS, ASSENTADO SOBRE UMA NOÇÃO DE GOVERNABILIDADE QUE SE TRADUZ NA REPARTIÇÃO DOS PEQUENOS, MÉDIOS E GRANDES PODERES, PRERROGATIVAS E ORÇAMENTOS DE ESTADO, TORNANDO INVIÁVEIS POLÍTICAS PÚBLICAS COM ORGANICIDADE, PLANEJAMENTO, INTEGRAÇÃO E VISÃO DE LONGO PRAZO. Essa prática, que se vende como inexorável, interage com o poder econômico, consolidando a cultura viciosa de tolerância do uso privado dos bens públicos e levando a insuportáveis distorções na aplicação dos recursos financeiros, tecnológicos, naturais e humanos do Brasil. O interesse público fica refém do poder econômico, do calendário político e das conveniências e acordos de bastidores. Chegamos a um ponto perigoso de relativização ética e de aceitação, como naturais, de práticas lesivas à sociedade. PENSE NISSO!!!

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