domingo, 18 de outubro de 2015

ODEBRECHET PAGOU 4 MILHÕES DE REAIS POR “PALESTRAS DE ARAQUE” DE LULA...


Josias de Souza
Nos últimos quatro anos, a empresa LILS, que traz na logomarca as iniciais do dono, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu da Odebrecht, sua principal cliente, cerca de R$ 4 milhões. No papel, o dinheiro remunerou palestras de Lula. Na prática, informam os repórteres Thiago Bronzatto, Ana Clara Costa e Alana Rizzo na revista Época, a verba destinou-se a alavancar negócios da construtora no exterior. AFORA AS PALESTRAS, A ODEBRECHT BANCOU R$ 3 MILHÕES EM CUSTOS DE VIAGENS DE LULA PARA PAÍSES ONDE MANTÉM OBRAS FINANCIADAS PELO BOM E VELHO BNDES.
A notícia demonstra que o investimento da Odebrecht, empresa enrolada na Lava Jato, revelou-se providencial. O morubixaba do PT EXIBIU NOTÁVEL TALENTO PARA DESATAR OS NÓS QUE TRAVAVAM CONTRATOS DA CONSTRUTORA. Mencionam-se episódios ocorridos na Venezuela, em Angola, na República Dominicana e em Cuba. Juntos, converteram Lula em protagonista de um inquérito da Procuradoria da República, em Brasília, por suspeita da prática de crime de tráfico de influência.

A certa altura, a notícia da revista Época anota: “Em alguns casos, as viagens de Lula eram sucedidas por concessões de empréstimos do BNDES para obras de infraestrutura no país. Angola é um exemplo disso. Desde 2011, a Odebrecht foi a que mais recebeu financiamentos do BNDES no país africano, que está no topo da lista de recursos destinados pelo banco para exportação. ENTRE ABRIL DE 2011 E ABRIL DE 2014, FORAM LIBERADOS US$ 3,1 BILHÕES DOS COFRES DO BNDES PARA A ODEBRECHT.”
O texto prossegue: “Nos dias 30 de junho e 1º de julho de 2011, Lula foi contratado pela Odebrecht para dar uma palestra na Assembleia Nacional em Luanda, capital da Angola, sobre ‘O DESENVOLVIMENTO DO BRASIL – MODELO POSSÍVEL PARA A ÁFRICA’. Em seguida, Lula se reuniu por 40 minutos com o presidente do país, José Eduardo dos Santos. Após a conversa, Lula se encontrou com Emílio Odebrecht e com diretores das empreiteiras Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez.”
A reportagem acrescenta: “Lula aterrissou em São Paulo no dia 2 de julho, à 0h30. No dia 28 de julho de 2011, o BNDES liberou um empréstimo de US$ 281 milhões (R$ 455 milhões, em valores da época), tão aguardado pela Odebrecht, para a construção de 3 mil unidades habitacionais e desenvolvimento de infraestrutura para 20 mil residências em Angola. No dia 6 de maio de 2014, Lula e Emílio Odebrecht voltaram a se encontrar em Angola. O ex-presidente viajou, numa aeronave cedida pelo governo angolano, de Luanda para a província de Malanje, onde visitou a usina de açúcar e etanol Biocom, sociedade entre a Odebrecht Angola e a Sonangol.”




Súbito, o caso de Angola conectou-se à Operação Lava Jato. “Em depoimento de sua delação premiada, o lobista Fernando Soares, o Baiano, disse que se associou ao empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, para viabilizar a palestra do ex-presidente em Angola”, informa Época. “Baiano atendia a um pedido de um general angolano, interessado no negócio. Lula estava a todo momento acompanhado por Emílio Odebrecht, pela ex-ministra do Desenvolvimento Social Márcia Lopes e pelo ex-deputado federal Sigmaringa Seixas, além de autoridades angolanas.”
“Na manhã do dia seguinte”, prossegue o texto, Lula “teve uma reunião de cerca de uma hora com o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos. Nesse encontro, discutiram, entre outros assuntos, a linha de crédito do BNDES para a construção da hidrelétrica de Laúca, segundo telegramas do Itamaraty. Em dezembro do ano passado, sete meses após a visita de Lula, o ministro de finanças de Angola, Armando Manuel, assinou o acordo de financiamento com o BNDES. EM MAIO DESTE ANO, O PRESIDENTE DO BANCO, LUCIANO COUTINHO, DEU O ÚLTIMO AVAL PARA A LIBERAÇÃO DE UM EMPRÉSTIMO QUE PODE CHEGAR A US$ 500 MILHÕES (R$ 1,5 BILHÃO).”
Na última quarta-feira, Lula esteve em Brasília para prestar depoimento no inquérito que apura a suspeita de tráfico de influência internacional. Questionado sobre o negócio de Angola, disse que “nada foi referido sobre o financiamento do BNDES para a construção da hidrelétrica de Laúca e que o presidente José Eduardo nunca tratou desses temas.”  O DIABO É QUE DOCUMENTOS OFICIAIS DO ITAMARATY, JÁ OBTIDOS PELA PROCURADORIA, REVELAM O CONTRÁRIO. Lula não se deu por achado. “Não passa de uma ilação, porque o comunicante (do Itamaraty) não teria participado da reunião”, disse Lula.
Na semana passada, o ministro Teori Zavascki, do STF, mandou soltar um dos presos da Lava Jato recolhidos à carceragem em Curitiba. Chama-se Alexandrino Alencar. Atuava como diretor de relações institucionais da Odebrecht. Acompanhava Lula em suas viagem a soldo da construtora. Alexandrino tornou-se amigo de Lula. Porém, no seu depoimento à Procuradoria, Lula cuidou de distanciar-se do personagem tóxico: “ALEXANDRINO ERA REPRESENTANTE DA ODEBRECHT, NÃO SABENDO PRECISAR O CARGO; QUE SÓ TINHA RELAÇÃO PROFISSIONAL COM ALEXANDRINO”, anota a transcrição do depoimento.

Ouvida sobre suas relações com Lula, a Odebrecht classificou-a como “INSTITUCIONAL E TRANSPARENTE”. Ecoando o depoimento de Lula, a construtora negou que o ex-presidente tenha feito lobby em seu favor junto a governos estrangeiros. O Ministério Público ainda não se convenceu. Cogita formar uma força-tarefa de procuradores para investigar o caso. REQUISITOU ACESSO A DOCUMENTOS COLECIONADAS PELA OPERAÇÃO LAVA JATO QUE FAÇAM REFERÊNCIA A LULA, ODECRECHT E BNDES.

PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - O EX-PRESIDENTE DIZ O TEMPO TODO QUE SAIU DO POVO.  DE FATO, SAIU – MAS DEPOIS QUE SAIU NÃO VOLTOU NUNCA MAIS. ANDA COM BILIONÁRIOS, EXIGE JATO PARTICULAR PARA IR ÀS SUAS CONFERÊNCIAS E JOHNNIE WALKER RÓTULO AZUL NO CARDÁPIO DE BORDO. COMO DIZ O JORNALISTA R.J.GUZZO: “NINGUÉM CONSEGUE VIVER TODOS OS DIAS COMO RICO, VIAJAR COMO RICO, TRATAR-SE EM HOSPITAL DE RICO, GANHAR COMO RICO (200 000 REAIS POR PALESTRA(?), E JÁ HOUVE PAGAMENTOS MAIORES), COMER E BEBER COMO RICO, HOSPEDAR-SE EM HOTEL DE RICO E, COM TUDO ISSO, QUERER QUE OS OUTROS ACREDITEM QUE NÃO É RICO”.