Líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO) criticou
a postura do presidente do Parlamento, Renan Calheiros (PMDB-AL), que
apresentou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) defendendo interpretação
alternativa ao processo de impeachment de Dilma Rousseff no Senado.
“O trâmite já foi aplicado de forma constitucional não pode ser
alterado de acordo com o que pensa o PT e o governo. Isso é tapetão, enfraquece
as instituições. Quer mudar a regra aos 45′ do 2º tempo? Cada Casa tem uma
função. Se fosse assim, seria votação do Congresso? Daqui a pouco a Câmara vai
se achar no direito de julgar o mérito? Acredito que o STF não vá concordar com
essa tese esdrúxula”, afirmou o democrata.
Para Caiado, o presidente do Senado age como “LÍDER DO GOVERNO” ao tentar modificar o rito do
impeachment como forma de salvar a presidente Dilma de um afastamento
inevitável. Ele alega que a Constituição é clara ao determinar o afastamento
pela Câmara como forma de impedir que um presidente da República use o cargo
para interferir no julgamento.
“Renan não pode usurpar prerrogativas da Câmara nem atuar como
líder do Governo. O afastamento é uma precaução para que Dilma não use o cargo
para atrapalhar e interferir no julgamento do Senado. Se enquanto se discute a
admissibilidade ela continua a usar o Palácio para interferir e o Brasil
parado, imagine se isso ocorrer?”, questionou.
ÚLTIMO MOICANO
A estratégia do Palácio do Planalto para sufocar o processo de
impeachment de Dilma Rousseff é simultaneamente equivocada e absurda, pois
coloca o PMDB, maior partido da base aliada, cada vez mais contra um governo
corrupto e paralisado que esfarela no rastro da incompetência dos seus
integrantes.
O último bastião de Dilma no Senado continua sendo o alagoano Renan
Calheiros, QUE
AINDA ALIMENTA ESPERANÇA DE SE SAFAR DA INVESTIGAÇÃO QUE TRAMITA NO STF NO
ÂMBITO DA OPERAÇÃO LAVA-JATO. Renan, que espera um movimento
palaciano para escapar da lama do Petrolão, ignora a pressão da opinião
pública, que deve aumentar nos próximos dias.
A presidente da República, truculenta e estabanada, quer a qualquer
preço salvar o próprio mandato, mas tem adotado medidas obtusas nesse sentido.
No momento em que coloca Ciro Gomes contra o líder do PMDB no Senado, Eunício
Oliveira (CE), a presidente, que peca em suas avaliações políticas, perde o
apoio da bancada do partido no Senado, onde, por enquanto, pode contar apenas
com Renan. E como se sabe, uma andorinha não faz verão. -
Ucho.Info – A manchete
não faz parte do texto original -
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