J.R.GUZZO
O Brasil se livrou rapidamente, por sorte, ajuda da graça divina e colaboração decisiva dos autores, de um problema que ameaçou se formar, durante umas poucas semanas, e já desapareceu. O filme-documentário Democracia em Vertigem, uma nulidade do ponto de vista cinematográfico e um desastre do ponto de vista moral, por apresentar um dos maiores pacotes de mentiras factuais já reunidas numa produção de cinema, foi derrotado em sua tentativa de ganhar o Oscar na noite desse domingo (09/02/2020). Possivelmente, não vai deixar traço de sua existência — e com isso o público será poupado de continuar lendo, vendo e ouvindo as toneladas de materiais que lhe foram jogadas em cima, no decorrer do “período de “candidatura”, pelo maciço e milionário lobby empenhado em sua promoção.
O documentário não é um documentário, pois não documenta nada — ao contrário, falsifica fatos, na maior parte das vezes grosseiramente, para inventar uma história que nunca existiu. Resume-se, apenas, a ser uma peça de propaganda da empreiteira Andrade Gutierrez, uma das campeãs da corrupção nos governos do PT, e uma tentativa impossível de salvar as biografias dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. De Lula, tentam dizer que ele é um “perseguido político”, e não um condenado na Justiça, já duas vezes, por corrupção e lavagem de dinheiro. De Dilma, tentam dizer que foi derrubada por “um golpe”, e não pela prática de fraude contábil.
A credibilidade de tudo isso é zero, perante qualquer crítico sério e a maioria do público. Para o júri do Oscar, apesar de toda a pressão exercida, foi apenas uma demonstração de incompetência dos autores. A resposta para isso é implacável: coisa ruim não ganha nada, nem medalha de lata, e some para sempre.
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