Em plena crise econômica e com salários dos funcionários públicos atrasados, o governo de Minas Gerais planeja gastar R$ 718 mil em lagosta, queijos e outros produtos de alta gastronomia este ano.
As cozinhas dos palácios Tiradentes e da Liberdade, ambos gabinetes do governo estadual, e Mangabeiras, residência oficial do governador Fernando Pimentel (PT), receberão 75 quilos do queijo grana padano, de origem italiana (R$ 193 o quilo), 40 quilos de filé de lagosta (R$ 197 o quilo) e 140 quilos de carré de cordeiro, proveniente do Uruguai (R$ 150 o quilo), entre outros produtos.
Além da comida, o governo mineiro está gastando R$ 191 mil para receber flores para a decoração dos palácios. Foram quatro pregões para abastecer o ano de 2016 desses artigos.
O valor das compras dos pregões, realizados entre dezembro de 2015 e este mês, totaliza R$ 718 mil. Segundo o governo, esse montante é uma previsão e inclui gastos de outros poderes e para comitivas internacionais.
Na última terça-feira (19), Pimentel pediu desculpas em vídeo aos funcionários públicos de Minas Gerais pelo atraso e parcelamento dos salários das pessoas com remuneração líquida mensal superior a R$ 3.000.
"No ano passado, fizemos muita economia. Cortamos os gastos da máquina pública (,,,) ainda assim não foi possível evitar a medida (o atraso e parcelamento dos salários) que tivemos que anunciar", afirmou o petista no vídeo.
O déficit no orçamento do Estado este ano é estimado em R$ 8,9 bilhões. As receitas previstas são de R$ 83,10 bilhões frente a R$ 92,02 bilhões de despesas. - Blog do Aluizio Amorim -
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