GLAUCO FONSECA
O ano
mal começou e lá vem a turma medonha de novo. É Shahin pra cá, Dirceu pra lá. É
rolo com Andrade Gutierres, denúncias envolvendo até Aécio e Randolfe. Sérgio
Moro ainda nem voltou de férias. IMAGINA QUANDO REASSUMIR O SEU “BIRÔ” EM CURITIBA. Já no primeiro dia útil
de 2016, foi pau pra todo lado. Continuou hoje e vai ser assim até que as
operações Lava-Jato, Zelotes e Acrônimo revelem seus chefes, que serão
provavelmente os mesmos. A virada do ano não me prometeu nada. Parece um detalhe
irrisório, mas não é. Não há promessas, não há esperanças, não existem
indicadores que apontem o ano atual como algo que não seja trágico para o país.
Pela primeira vez, não há luz. Há somente túnel, escuro e assustador. APÓS MAIS DE 50 ANOS, BROTA
A SENSAÇÃO DE QUE O QUE ESTÁ POR VIR SERÁ PIOR DO QUE O QUE JÁ VEIO. MAS
ESTE NÃO É O PRESENTE QUE O PT ME DEU. Foi algo
bem pior. Ter esperanças não é algo que me agrade. Talvez porque derive de
“esperar” e eu não gosto de esperar. O PT não teria, contudo, o poder de me
fazer perder as esperanças num país melhor. ELES MOSTRARAM QUE SÃO
CAPAZES DE PIORAR O BRASIL, MAS TAMBÉM JÁ CONFIRMARAM QUE NÃO SÃO CAPAZES DE
MELHORÁ-LO. Por silogismo imediato, para o Brasil melhorar, temos que
afastar o petismo do governo do país. Mantida a fé na turma de Moro, do MP, da
Polícia Federal e na crença de que tudo melhorará com o apeamento dos petistas,
ainda assim me mantenho em desconforto. Descobri, com o passar dos anos mais
recentes, que sou alguém um tanto diferente do que fui. Sei que sou um cara
feliz, porque tenho saúde e minha família idem. Só o simples fato de valorizar
este aspecto, já me sugere que posso não ter melhorado, mas também não piorei
no que mais importa, que é a valorização e preservação da família. Sinto-me,
entretanto, mais amargo, sisudo, sério e menos bem-humorado. De vez em quando,
me surpreendo ao me revelar com raiva de fatos, pessoas e fenômenos que, por
não ter tido com eles convívio tão intenso no passado, não me alteravam tanto o
ser, o agir e o pensar. Este foi o grande e nefasto presente que estes anos de
PT me deram: MEU BOM-HUMOR E A MINHA TOLERÂNCIA ESTÃO
EM NÍVEIS MÍNIMOS, TALVEZ DERRADEIROS, TÃO COMPROMETIDOS QUE ESTÃO QUE SUSPEITO
TENHAM ME TRANSFORMADO PARA TODO O SEMPRE. Não
gosto nada disso. Depois de tantos anos abrindo jornais e me chocando com
mentiras, roubalheiras, atos sequencias e repetidos de corrupção, depois de
mais de uma década tendo de engolir falcatruas enormes em telejornais, rádios,
sites e revistas, sou hoje menos brincalhão, mais estressado, menos gentil e
mais carrancudo. EU NÃO ERA ASSIM ANTES DE
LULA E DE DILMA. Eles me pioraram e me
encheram de rugas de expressão que não são fruto apenas do passar dos anos. Eu
não gosto deles por vários motivos e incontáveis razões. Não é apenas porque
nos tornamos ideologicamente incompatíveis. Não gosto deles porque são também
mentirosos, coniventes com a roubalheira e com a erosão das almas de milhões de
pessoas. Eu tenho asco de Dilma e de Lula porque roubaram parte considerável das
minhas boas energias. Porque continuam drenando todo dia um bocado de minhas
alegrias e do meu respeito pelo povo do meu país. Lula e Dilma, por insistirem
num projeto de poder inepto e vagabundo, me deixaram mais triste do que eu
merecia. QUE PRESENTE QUE O PT ME DEU! Deus há de me conservar
para que eu possa, com multa e juros, retribuir...
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