domingo, 14 de abril de 2019

MORO É O MAIS BEM AVALIADO DO GOVERNO

Por Vitor Hugo Soares  
O ministro da Justiça , Sérgio Moro, desponta na posição de mais popular e bem avaliado integrante do primeiro escalão do Governo Bolsonaro, em duas recém divulgadas pesquisas de opinião pública. Ele larga na dianteira não só em relação aos colegas de ministério, mas também frente ao atual mandatário da República. Na avaliação mais recente do Data Folha, o ex- juiz condutor da Operação Lava Jato se destaca, também, em suas novas funções de gestor público. É conhecido por mais de 90% dos consultados, e bate na trave dos 60% de aprovação do desempenho, nos primeiros 100 dias da administração.
Dias antes, levantamento no jornal espanhol El Pais (edição do Brasil), registrava também, ampla aprovação popular a Moro, na condução da sua Pasta, e no seu empenho para fazer passar o projeto de Lei contra o Crime Organizado, a Violência e a Corrupção, que ele produziu e levou para apreciação do Congresso (mesmo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia não queira). Na pesquisa do Atlas Político , que o influente periódico divulgou, a avaliação positiva do ministro alcança 61,5%. Supera, em mais de 10 pontos, o presidente Bolsonaro, com 49,5% na avaliação da imagem positiva.
Em Brasília - onde os detectores dos signos do poder estão sempre ligados - já começa a circular um ditado famoso de sábios chineses: "Cavalo ganha uma vez, sorte. Cavalo ganha duas vezes, coincidência. Cavalo ganha três vezes, aposte no cavalo".Mal (ou bem?) comparando, falta ainda, é verdade, a terceira conquista do ex-magistrado, para validar o provérbio. Mas fica o registro, principalmente para os que desconsideram Sua Excelência, o Fato, a ser acatado acima de tudo, no dizer de De Gaulle.
Na avaliação dos índices do levantamento publicado no El País, merece atenção o que disse o diretor do Atlas Político, Andrei Roman. A postura de Moro, assinala, vem sendo mais formal e adequada ao cargo. Enquanto o presidente tem postura menos adequada e não atende as expectativas imediatas de mudança que ele criou durante a campanha. "Tudo o que Moro vem fazendo ajudou a preservar a imagem dele, como o pacote anticrime. Isso significa que o capital político acumulado pelo ministro se mantém e que sua figura não é necessariamente atrelada à de Bolsonaro", pontua Roman.
Tudo o que gostaria de verificar e ouvir o titular de um ministério cercado de desafios e expectativas monumentais, em um governo minado por polêmicas, críticas e ataques. Geralmente calado e arredio, Ele parece não caber em si de contentamento, nesses dias de abril, dos primeiros balanços de gestão. Isso o ministro evidenciou, esta semana, ao fazer sua estréia no Twitter, para defender, pessoalmente, na rede social, o projeto Anticrime ("da sociedade e do governo Bolsonar e não meu nem de ninguém em particular",disse). "Já assistiu aqueles filmes norte-americanos com agentes policiais disfarçados , infiltrando-se em gangues de criminosos, traficantes ou corruptos", perguntou, bem humorado, em outra de suas postagens.
O ar de felicidade do mais bem avaliado e popular ministro, aliás, foi percebido e destacado pelos apresentadores em dois programas de TV nos quais Moro foi entrevistado , depois das pesquisas: conversas com José Luís Datena, na Band, e com Pedro Bial, na Globo. Nada mal, para começar. Ou não?

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