Ricardo Noblat
A
exemplo de Lula no caso do mensalão em 2005, quando Dilma dirá que foi traída e
pedirá desculpas aos brasileiros pelo escândalo do mar de lama que entope os
dutos da Petrobras, ameaçando tragar a maior empresa do continente? No mínimo,
é o que se espera dela, ex-ministra das Minas e Energia, ex-presidente do
Conselho de Administração da Petrobras, e presidente da República em final de
mandato. Digamos que Dilma compete com Lula para ver quem foi mais feito de
bobo por seus subordinados. A auxiliar de mais largo prestígio nos oito anos de
Lula no poder, A PRESIDENTE ELEITA SEM
JAMAIS TER SIDO, SEQUER, SÍNDICA DE PRÉDIO, Dilma foi surpreendida,
assim como o seu mentor, pelo escândalo do mensalão – o pagamento de propina a
deputados federais para que votassem conforme a vontade do governo. Foi
surpreendida de novo quando chefiou a Casa Civil da presidência da República e
ficou sabendo que um dos seus funcionários confeccionara um dossiê sobre o uso
de cartões corporativos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua
mulher, dona Ruth. Dilma pediu desculpas ao casal. O autor do dossiê conseguiu
manter-se na órbita do serviço público. Outra vez, Dilma foi surpreendida pela
suspeita de malfeitos praticados por Erenice Guerra, seu braço direito na Casa
Civil e, mais tarde, sucessora no comando do ministério. Na ocasião, Dilma
estava em campanha pela vaga de Lula. Para evitar danos à sua candidatura,
Erenice pediu demissão. Dali a dois anos, a Justiça a inocentou por falta de
provas de que ROUBARA E DEIXARA ROUBAR. Quase ao término do seu
primeiro ano de governo, batizada por assessores de “a faxineira ética”, Dilma
degolou seis ministros de Estado. Pesaram contra eles acusações de corrupção
publicadas pela imprensa. De lá para cá, ministérios e cargos públicos foram
entregues por Dilma aos ex-ministros degolados ou a grupos políticos ligados a
eles. A “FAXINEIRA ÉTICA” BAIXOU À SEPULTURA. Por
ora, Dilma está atônita e se recusa a falar sobre o mais novo escândalo que
bate à sua porta. Paulo Roberto Costa, chamado de Paulinho por Lula, preso em
março último pela Polícia Federal como um dos cérebros da quadrilha acusada de
roubar a Petrobras, começou a contar o que sabe – ou o que diz saber. Em troca,
quer o perdão judicial para não ter que amargar até 50 anos de cadeia. Dilma
sabe muito bem quem é Paulinho, nomeado por Lula em 2004 para a diretoria de
Abastecimento da Petrobras. Saiu dali só em 2012. No período, compartilharam
decisões, algumas delas, responsáveis por prejuízos bilionários causados à
Petrobras. DILMA MANDOU
DIRETAMENTE NA EMPRESA ENQUANTO FOI MINISTRA DAS MINAS E ENERGIA E CHEFE DA
CASA CIVIL. MANDA, HOJE, VIA O MINISTRO EDISON LOBÃO, DAS MINAS E ENERGIA.
LOBÃO FOI CITADO POR PAULINHO COMO UM DOS POLÍTICOS INTEGRANTES DA MAIS NOVA E
“SOFISTICADA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA” DA PRAÇA, juntamente com mais
seis senadores, 25 deputados federais e três ex-governadores. A organização
superfaturava licitações da Petrobras e desviava dinheiro para um caixa que
financiava campanhas de políticos da base de apoio ao governo. Por suposto, nem
Lula nem Dilma sabiam disso. O que é mais notável: entra campanha e sai
campanha da Era PT, e os adversários do governo são acusados por Lula e Dilma
de se valerem da Petrobras como arma política. Pois bem, DEBAIXO
DO NARIZ DELES, CAMARADAS DELES USARAM A PETROBRAS COMO ARMA PARA ENRIQUECER.
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