EM ENCONTRO DE MARINA SILVA
(PSB) COM REPRESENTANTES DA ÁREA ARTÍSTICA E CULTURAL, NA ESCOLA DE CINEMA
DARCY RIBEIRO, NO CENTRO DO RIO, EX-MINISTRO DA CULTURA GILBERTO GIL CANTOU
MÚSICA COMPOSTA EM APOIO A CANDIDATA E DISSE QUE A APOIA NÃO APENAS PELA
QUESTÃO CULTURAL, MAS PELA "QUESTÃO HUMANA, UNIVERSAL E BRASILEIRA";
EX-SENADORA PROMETEU MAIOR ORÇAMENTO PARA O SETOR
Pamela Mascarenhas
Marina voltou a defender maiores
investimentos em Cultura, como aliada da Educação, em encontro com
representantes da área artística e cultural na na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Centro
do Rio. Ao lado de Gilberto Gil, ela lembrou das dificuldades das pastas de Meio
Ambiente e Cultura enquanto os dois estavam no comando delas, durante o governo
do ex-presidente Lula. "A
GENTE SEMPRE LUTAVA QUANDO OUVIA FALAR EM CONTINGENCIAMENTO DO ORÇAMENTO. MEIO
AMBIENTE, EDUCAÇÃO E CULTURA SÃO INVESTIMENTOS. MAS O PESSOAL VIA COMO ESTEIO E
PASSAVA A TESOURA", destacou,
prometendo depois um maior orçamento para o Ministério da Cultura, caso seja
eleita. Em conversa com a imprensa, Gilberto Gil, que chegou a cantar uma
música composta em apoio a Marina na ocasião, declarou que seu apoio a
candidata não é apenas pela questão cultural, mas pela "QUESTÃO HUMANA, UNIVERSAL E
BRASILEIRA". Questionado
sobre o motivo da defesa e ainda sobre a posição religiosa da pessebista,
respondeu que aprecia seu histórico, sua inteligência e capacidade de
compreensão, e que "TEM UM RESPEITO MUITO GRANDE POR TODAS AS QUESTÕES
RELIGIOSAS". Durante o encontro, mediado pelo ator Marcos Palmeira e cujo
objetivo era que a candidata apresentasse suas propostas relacionadas à
Cultura, representantes de diferentes segmentos falaram sobre suas demandas e
avaliações para o setor. Entre eles estava o músico e apresentador Charles
Gavin, que defendeu que o Ministério da Cultura deixe de servir como moeda de
troca entre governo e base aliada, e que a área não seja dependente de editais
ou patrocinadores. A necessidade de reconhecimento da grande diversidade dos
povos do país também foi apontada pelos representantes. O evento atraiu
personalidades como MARCO
NANINI, ERIBERTO LEÃO, MARCELO RUBENS PAIVA, BETH
GOFFMAN, JORGE MAUTNER, VÍCTOR FASANO E OTÁVIO MÜLLER. "Está
todo mundo querendo ouvir a Marina, acho que a coisa mais importante hoje é as
pessoas conseguirem ouvir, porque se fala muito dela de ouvir falar. É a
candidata que mais se ouviu falar, mas pouco se ouviu da boca dela", disse
Marcos Palmeira à imprensa. "Ela não é a salvadora da pátria, não tem
salvador da pátria. Eu acho que a Marina fomenta a participação do cidadão,
quer dizer, DESSE
NOVO CIDADÃO, DA SOCIEDADE CIVIL QUE SE MOBILIZA E QUE PARTICIPA POLITICAMENTE
SEM NECESSARIAMENTE ESTAR NA POLÍTICA", completou o ator. Para Marina, surge no mundo um novo sujeito
político, que não é mais dirigido por entidades representativas, mas por si
mesmo. "HÁ
UM NOVO SUJEITO POLÍTICO SURGINDO NO MUNDO, ELE NÃO QUER SER EXPECTADOR, ELE
QUER SER ATOR, PROTAGONISTA", acredita a candidata, salientando que cada brasileiro tem
responsabilidade como agente, e que estamos em um "MOMENTO EM QUE TODOS
SOMOS CHAMADOS PARA UMA COLABORAÇÃO ATIVA NA POLÍTICA". Ela também voltou
a falar sobre a importância de uma política sustentável em diversos âmbitos, do
econômico ao "ESTÉTICO", alertando ainda para uma suposta perda de
sustentabilidade política. "Hoje, o que está em jogo é a sustentabilidade
política, se não conseguirmos, vamos perder até o que já conquistamos. Estamos
vivendo um grande atraso na política. AINDA BEM QUE A SOCIEDADE AVANÇOU MAIS DO QUE AS LIDERANÇAS, DO QUE
OS PARTIDOS", disse,
lembrando do legado das manifestações de junho. A candidata aproveitou ainda
para ressaltar que, caso assuma a presidência, vai conseguir governar com OS MELHORES DE CADA PARTIDO, E QUE
ESSES MELHORES EXISTEM, ELEGENDO TAMBÉM MINISTROS QUE ENTENDAM DO ASSUNTO DE
ESPECIALIDADE DE CADA PASTA. Também
disse que vai manter políticas como ProUni, Pronatec, Bolsa Família, e
implantar a educação em tempo integral, seguindo modelo pernambucano que teria
tido sucesso, e o passe livre aos estudantes, além de aumentar o orçamento do
Ministério da Cultura. ''É preciso, neste momento, que a gente volte a se
enriquecer com essa imprevisibilidade da arte, nós estamos ensurdecidos pelo
barulho das nossas certezas", alegou Marina Silva.
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