Candidatíssimo à presidência da Câmara dos Deputados e ferrenho opositor de Dilma Rousseff, o peemedebista Eduardo Cunha disse que seu partido será "radicalmente contrário a qualquer projeto que tente regular de qualquer forma a mídia".
A proposta de regulação da mídia, uma idéia antiga do PT, foi ressuscitada agora pelo novo ministro das Comunicações.
Cauteloso, Ricardo Berzoíni negou que a intenção do governo seja regular o conteúdo da mídia, o que configuraria censura aos meios de comunicação.
Mas, toda desfecho tem um começo. E um bom começo para calar jornalistas e o jornalismo independente seria a regulação econômica da mídia.
Cheio de boas intenções (e de boas intenções o inferno está cheio!), o governo diz querer apenas democratizar os meios de comunicação, acabar com monopólios e oligopólios.
Mas, não se iludam com essa aparente generosidade. A imprensa ideal dos setores mais radicais do petismo é a "chapa-branca", formada por jornalistas alinhadinhos com o governo, doces carneirinhos, meros porta-vozes de interesses partidários, com liberdade de falar somente o que convêm aos poderosos da vez.
Na Argentina de Cristina Kirshner, tudo começou assim: com o desejo de vingança contra as empresas de comunicação que faziam oposição à presidente e a seu falecido.
Mas, o discurso de Cristina era o da liberdade, da democracia. A presidente argentina dizia querer a pluralidade de vozes na imprensa. Acabou calando todas as falas contrárias à ela. E hoje a imprensa tem praticamente um único tom, o tom do governo.
O maior grupo de comunicação do país, El Clarin, crítico ferrenho do governo foi obrigado a ceder mais da metade das suas concessões de TV a cabo e canais abertos. O grupo luta até hoje na Justiça para reaver seus direitos comerciais que foram vilipendiados pelo governo Kirshner.
Outra nação bolivariana, a decadente Venezuela, também decidiu regular a mídia. Para controlar o conteúdo, ou seja, ditar o que pode ou não ser noticiado, o governo de Hugo Chavez mudou o processo de concessões em 2005, e através delas, conseguiu chantagear os empresários da comunicação, mantendo a mídia sob rédea curta. O jornalismo independente e plural do país tornou-se vassalo do poder, porta-voz dos interesses bolivarianos, uma espécie de assessoria de imprensa do governo.
A proposta de regulação da mídia, uma idéia antiga do PT, foi ressuscitada agora pelo novo ministro das Comunicações.
Cauteloso, Ricardo Berzoíni negou que a intenção do governo seja regular o conteúdo da mídia, o que configuraria censura aos meios de comunicação.
Mas, toda desfecho tem um começo. E um bom começo para calar jornalistas e o jornalismo independente seria a regulação econômica da mídia.
Cheio de boas intenções (e de boas intenções o inferno está cheio!), o governo diz querer apenas democratizar os meios de comunicação, acabar com monopólios e oligopólios.
Mas, não se iludam com essa aparente generosidade. A imprensa ideal dos setores mais radicais do petismo é a "chapa-branca", formada por jornalistas alinhadinhos com o governo, doces carneirinhos, meros porta-vozes de interesses partidários, com liberdade de falar somente o que convêm aos poderosos da vez.
Na Argentina de Cristina Kirshner, tudo começou assim: com o desejo de vingança contra as empresas de comunicação que faziam oposição à presidente e a seu falecido.
Mas, o discurso de Cristina era o da liberdade, da democracia. A presidente argentina dizia querer a pluralidade de vozes na imprensa. Acabou calando todas as falas contrárias à ela. E hoje a imprensa tem praticamente um único tom, o tom do governo.
O maior grupo de comunicação do país, El Clarin, crítico ferrenho do governo foi obrigado a ceder mais da metade das suas concessões de TV a cabo e canais abertos. O grupo luta até hoje na Justiça para reaver seus direitos comerciais que foram vilipendiados pelo governo Kirshner.
Outra nação bolivariana, a decadente Venezuela, também decidiu regular a mídia. Para controlar o conteúdo, ou seja, ditar o que pode ou não ser noticiado, o governo de Hugo Chavez mudou o processo de concessões em 2005, e através delas, conseguiu chantagear os empresários da comunicação, mantendo a mídia sob rédea curta. O jornalismo independente e plural do país tornou-se vassalo do poder, porta-voz dos interesses bolivarianos, uma espécie de assessoria de imprensa do governo.
No Brasil, a retórica do PT é a mesma: Queremos a democratização dos meios de comunicação! Queremos a pluralidade de vozes na imprensa! Queremos ampliar a liberdade de expressão!
Pura cortina de fumaça. O que realmente interessa ao PT é a domesticação de qualquer oposição, o silêncio de toda crítica, a censura: ampla, geral e irrestrita
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