ATÉ O PICARETÃO MINISTRO GILMAR MENDES - UMA CRIA DA DIREITONA SAFADA - DIZ QUE STF NÃO PODE FUNCIONAR FEITO UMA PIZZARIA OU COMO UM TRIBUNAL BOLIVARIANO.
O PT AINDA NÃO TINHA JOGADO O BRASIL NO FUNDO DO POÇO. ESTA SITUAÇÃO
VEXATÓRIA, VAI CHEGAR HOJE...
Por
Reinaldo Azevedo
Gilmar Mendes, ministro do STF, teve de lembrar nesta terça-feira que o
tribunal não pode funcionar como uma pizzaria. O ministro, que votou contra o
cabimento de embargos infringentes, parece já trabalhar com um cenário em que
eles passem a ser aceitos — Celso de Mello é que decidirá a questão nesta
quarta. Caso se admita o recurso, MENDES DEFENDE QUE SE CRIE UM
PROCEDIMENTO: “TENHO A IMPRESSÃO DE QUE É IMPORTANTE, DESDE LOGO, ESTABELECER
RITOS, PRAZOS, PARA ENCAMINHAR ESTE ASSUNTO. QUER DIZER, QUE O TEMA NÃO FIQUE
SOLTO. ESTOU DIZENDO É QUE HAJA, DE FATO, UMA RESPONSABILIDADE EM RELAÇÃO A
ISSO. ISSO AQUI NÃO É UM TRIBUNAL PARA FICAR ASSANDO PIZZA E NEM É UM TRIBUNAL
BOLIVARIANO”. O ministro disse ainda: “Amanhã já pode distribuir processo. Aquele que
tiver encaminhado assuma o compromisso de trazer dentro de um prazo razoável”.
Pois é… Eis o mais difícil. Como esquecer uma pergunta disparada certa feita por
Ricardo Lewadowski: “Tanta pressa por quê?”. Pressa? O escândalo veio à luz em
2005, a denúncia foi aceita em 2007, e o julgamento só começou em 2012. Sem a
definição de prazos, não tem tempo para acabar, o que já é uma tradição do
Judiciário brasileiro — uma triste tradição, que nos confere fama
internacional. Por falar em Lewandowski, basta que se lembre o tempo que ele
levou para apresentar a chamada “revisão”. Tudo o mais constante, que se contem
outros tantos anos pela frente. A
REFERÊNCIA AO “TRIBUNAL BOLIVARIANO” É OPORTUNA. O PODER JUDICIÁRIO NA
VENEZUELA, NA BOLÍVIA, NO EQUADOR OU NA NICARÁGUA EXISTE HOJE PARA a) homologar as
vontades dos respectivos presidentes, b) para proteger os “marginais do poder”
(como disse Celso de Mello em passado recente) e para c) perseguir os inimigos
do regime. A nossa corte suprema está a caminho de cumprir os itens “a” e “b”
da agenda. Chegar ao “c” pode ser só uma questão de tempo. Uma vez aceitos os
embargos infringentes nesta quarta, e parece que as coisas caminham nessa
direção, o tribunal cairá num enorme vazio — ou num emaranhado — de
procedimentos. Sem o estabelecimento de um rito, OS MENSALEIROS PODEM COMEMORAR A
IMPUNIDADE. AÍ É SÓ ESPERAR OS FILMES FINANCIADOS PELA LEI ROUANET EXALTANDO OS
HERÓIS QUE OUSARAM DESAFIAR, E VENCER, A DEMOCRACIA. (As manchetes e imagens não fazem partes do texto
original)
Nenhum comentário:
Postar um comentário