terça-feira, 10 de setembro de 2013
O PATRIOTISMO É O ÚLTIMO REFÚGIO DE UM CANALHA.
Reinaldo Azevedo
Não se trata, como querem alguns
tolos, de fazer de conta que a coisa, seja lá o que for, não existiu ou que o
governo não tenha de cobrar explicações. Acho que tem. Mas há um limite. Quando
vejo, no entanto, o petista José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras,
que responde por uma gestão ruinosa no comando da empresa, tirar ares de
ofendido, aí é de lascar. Estamos diante de uma Batalha de Itararé de dimensões
mundiais. O Brasil pode pagar caro pelas teorias conspiratórias do senhor Glenn
Greenwald. Ou bem ele exibe as provas de que Dilma e a Petrobras foram
espionadas ou bem deixa claro que tem em mãos não mais do que sugestões,
indícios, possibilidades. Não! Não estou cobrando que se esconda nada — nem
mesmo os documentos que foram roubados por um pilantra que foi buscar abrigo no
colo de Putin. Mas é preciso, também, não ir além do que se tem. E se prospera
essa conversa de Libra? Quem ganha com esse negócio? Ousaria dizer que,
definitivamente, não é o Brasil. Não basta dizer, em tom grandiloquente, que a
Petrobras é uma empresa que fatura bilhões e lida com riquezas monumentais e
coisa e tal. É preciso que se tenha ao menos uma hipótese plausível. Qual é a
hipótese plausível? Dado o regime de partilha, de que maneira as empresas
americanas poderiam prejudicar a Petrobras ou o Brasil? Não há como. Dou um
conselho à presidente Dilma: já que é inevitável que esse troço vire matéria de
marketing eleitoral, mande bala, soberana; exercite mesmo o espírito
verde-amarelo da tigrada. Mas tenha o bom senso de mobilizar a sua tropa para
não prejudicar o país. Exercite, como nunca, o discurso de fachada. Se é
inevitável deixar o Brasil mais burro, ao menos tenha o bom senso de não
deixá-lo mais pobre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário