O ministro do Supremo Tribunal Federal
(STF) Gilmar Mendes voltou a acusar o PT de retirar recursos públicos de forma
ilícita da Petrobrás para financiar o partido. "ELES AVANÇARAM SOBRE O DINHEIRO PÚBLICO, POIS ESSE
ERA O DINHEIRO DA ESTATAL", afirmou, na abertura do 4º Fórum
Nacional de Agronegócios, neste sábado, 19, em Campinas. Instado a explicar o
termo “CLEPTOCRACIA”, que havia
utilizado numa referência ao governo do PT, ele confirmou que em grego
significa O PODER NAS
MÃOS DE LADRÕES.
De acordo com Mendes, o termo lhe ocorreu
durante a discussão sobre o financiamento de partidos políticos no Supremo.
"Chamei a atenção, a partir do meu voto sobre a questão do financiamento
dos partidos. O que vem se revelando na Lava Jato indica que era preciso verter
recursos diretamente para o partido. Um terço pelo menos dos recursos que eram
tirados extraordinariamente dos contratos da Petrobrás, segundo as delações,
tinha de ir para o partido. Isso significa que o patrimônio público pertence ao
partido. Instalou-se uma forma de retirar recursos de uma forma ilícita. Isso
tinha que ser denominado. O que é isso, é uma CLEPTOCRACIA."
À menção do repórter de que, para os
gregos, CLEPTOCRACIA significa o
poder na mão de ladrões, ele assentiu. "Sim, é isso." Ao ser lembrado
de que o PT pretende processá-lo pelos ataques ao partido, Mendes desdenhou: "ESPERO
QUE NÃO ME IMPUTEM TER MATADO O CELSO DANIEL", referindo-se ao ex-prefeito de Santo André, do PT, assassinado em 2002
por supostamente ter se oposto a um esquema de corrupção na prefeitura.
Perguntado sobre a possibilidade jurídica do pedido de impeachment da
presidente proposto pela oposição, ele disse que não iria emitir juízo, pois se
trata de competência do Congresso. "MAS A GENTE PERCEBE QUE TEM DE HAVER
UMA SOLUÇÃO POLÍTICA PARA UMA GRAVE CRISE POLÍTICA.
Sobre a decisão do STF de barrar doações
de empresas para partidos políticos e candidatos, Mendes disse que não
concorda, mas vai cumpri-la. Ele disse preferir o desgaste dos debates,
inclusive entre os poderes, à "paz de cemitério". Para o ministro,
proibir a doação de empresas não impede a corrupção. "JÁ
EXISTE O DINHEIRO, O DINHEIRO DE CAIXA DOIS QUE SERÁ DISTRIBUÍDO POR CPF. ESTAMOS
CRIANDO MAIS UMA JABUTICABA, CRIANDO ALGO QUE SÓ EXISTE NO BRASIL."
Perguntado se o Brasil voltou à era
Collor, ex-presidente que sofreu impeachment, ele disse que são momentos
diferentes. "HOJE O PAÍS ESTÁ MAIS ATIVO, MAS EM TERMOS DE DIMENSÃO DE
ESCÂNDALOS É EVIDENTE QUE HOJE É MUITO MAIS GRAVE”. (AE) – A manchete não
faz parte do texto original).
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