PARA LUIZ CARLOS
MENDONÇA DE BARROS, EX-MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES DE FêHáCê, DILMA TERÁ DE
RENUNCIAR!!!
Há alguns
dias, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações
do governo Fernando Henrique Cardoso, defendia um pacto de governabilidade a
favor da presidente Dilma Rousseff. Para ele, era a melhor solução para a crise
política. Nesta quarta-feira, se declarou surpreso com a decisão da Standard
& Poor’s (S&P) e considera que as repercussões do rebaixamento
serão mais políticas do que econômicas. “Ela vai ter de renunciar. É o capítulo
final”, disse. Abaixo, trechos da entrevista ao Estadão.
QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS DO
REBAIXAMENTO?
Ahhh, minha filha. Vixe! Vem coisa
muito ruim pela frente...
PARECE QUE O SR. FICOU SURPRESO
Fiquei. Não esperava isso para agora.
O governo estava trabalhando para ajustar o fiscal, mas é fato, todo mundo estava
vendo, que mesmo essa busca estava muito caótica.
A S&P É A AGÊNCIA QUE TERIA UM
CONTATO MAIS PRÓXIMO COM O MINISTRO JOAQUIM LEVY...
Sim, e isso quer dizer que ele não
conseguiu passar a confiança de que o Brasil vai conseguir fazer o ajuste
fiscal de que precisa.
E QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS?
Acelera o desgaste dela, acabou o
governo dela (da presidente Dilma Rousseff).
O Sr.. ESTÁ DIZENDO QUE TEREMOS
REPERCUSSÕES POLÍTICAS E NÃO APENAS ECONÔMICAS?
As duas coisas ultimamente andam
juntas. E acho que deteriorou tanto que o efeito político vai prevalecer desta
vez. Para o governo dela é um baque muito forte. As repercussões políticas,
neste caso, podem superar as econômicas.
POR QUÊ?
O governo dela já estava esfarelando,
como falou o Fernando Henrique Cardoso, imagine a reação do mercado, do dólar,
em função disso. A pressão dos empresários agora vai ser insuportável. Também
já há um certo afastamento da classe política em relação ao governo dela. Acho
que ela vai ter de ir embora. Vai ter de renunciar. É o capítulo final.
E QUAIS SERÃO AS REPERCUSSÕES
ECONÔMICAS?
Muitos fundos só podem investir em
papéis de países com grau de investimento. Se um país perde o grau de
investimento, os fundos são obrigados a vender os papéis. Apesar de você
precisar que duas agências rebaixem o Brasil, o fato de uma já ter tirado o
grau de investimento vai, com certeza, provocar algum movimento, ainda mais no
atual ambiente do País. Os mercados tendem a reagir já prevendo que outra
agência pode tirar o grau de investimento. Gera um efeito em cascata.
MUITOS ANALISTAS DIZIAM QUE JÁ ESTAVA
PRECIFICADO UM EVENTUAL REBAIXAMENTO...
Não. É um veredicto muito forte, em
um ambiente já deteriorado, principalmente em relação à questão fiscal, às
contas públicas. Ao menos, agora, vamos ter de parar e trabalhar para ver se
reverte isso(AE)..
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