Por Altamir Pinheiro
O ator YUL Brynner nasceu
no ano de 1920, em Vladivostok, na Rússia, batisado como Yuli Borisovich
Brynner e Faleceu no mesmo dia que o cineasta norte-americano Orson Welles, 10
de outubro de 1985 com a idade de 65 anos. No entanto, o maior papel
protagonizado
por YUL BRYNNER foi na sua vida real, pois morreu com muita dignidade
deixando um exemplar legado para a
humanidade: tratava-se de sua doença pré-diagnosticada Enfrentando-a com muita coragem e dignidade depois da descrição de seu médico, recebendo
a notícia de que seu câncer era irreversível e muito em breve, ele, Yul, poderia entrar em estado terminal.
Como fumante inveterado, do mesmo modo
de John Wayne que morrera de câncer em razão do tabagismo, deixou uma poderosa
herança de serviço público, denunciando o fumo como causador dos males do
pulmão, gravando um TAPE que deveria ser divulgado logo após sua morte. Muitas emissoras de televisão, não só nos
Estados Unidos, como no mundo, colocaram o tape no ar, gratuitamente. O texto,
gravado em Janeiro de 1985 e só divulgado em Outubro daquele ano, dizia o
seguinte: “Agora que eu já fui, digo a
vocês: Não fumem, o que quer que vocês façam, apenas não fumem. Se eu pudesse
voltar atrás, deixando de fumar, não estaríamos falando agora sobre nenhum tipo
de câncer. Eu estou convencido disto”.
Yul era uma figura bastante
excentrica, além de super vaidoso, com 1,79 de
altura, manteve a CABEÇA RASPADA como sua marca registrada para o papel de um
monarca de um país exótico da Ásia.
Nunca mais deixou o cabelo crescer, inclusive quando atuou em alguns
westerns. Quando foi escalado para o papel de Faraó em “Os dez mandamentos”
malhou seis horas diárias para manter um físico atlético, já que contracenava
com Charlton Heston, que sempre ostentou condições atléticas invejável.
Em que pese ter abocando o seu Oscar com
o filme “O REI E EU”,
mas foi na película faroeste do famoso SETE HOMENS E UM DESTINO de 1960, que o ator russo-americano se destacou mundialmente. Com a Cabeça completamente raspada, olhar
firme e a voz profundamente autoritária,YUL BRYNNER tinha como marca registrada sua charmosa e elegante vestimenta que do Chapéu
as botas eram mais
preta do que a asa da graúna. Ele É o único ator
a aparecer em ambos os Sete Homens E um Destino e sua primeira continuação, A
Volta DOS Sete Homens (1966). Ele não fez, no entanto, aparecer em qualquer uma
das outras seqüelas, A Revolta dos Sete Homens (1969) e A Fúria DOS 7 Homens
(1972).
Os Sete foram além de YUl BRYNNER como Chris Adams, o líder, CHARLES BRONSON como
Bernardo, sempre caladão, JAMES COBURN como Britt, no filme é especialista como
atirador de facas. ROBERT VAUGHN (morreu recentemente, há menos de um
ano em 11 de novembro de 2016 aos 84
anos).
O alemão que faz Chico é HORST BUCHOLZ. STEVE
MCQUEEN que tirou a sorte grande ao conseguir um dos principais papéis. McQueen
passou a ser um nome famoso também no cinema, mas ainda não era o grande ídolo
que estava destinado a ser. Todos os sete atores que participaram deste
filme estão mortos.
Há mais um ator com papel central, que é ELI WALLACH, que faz o vilão e
inimigo maior do punhado de pistoleiros. Não há equivalente a ele nesta versão.
É,
sem duvida, o personagem mais bem aparelhado do filme, com sua indumentária típica de um bandido, seu chapelão que
mais parece uma sombrinha de tão extravagante, e aqueles dentes de ouro, que
brilham quando fala ou sorri com cinismo. Wallach dá um show de interpretação,
seguido de Chico, Vin e Chris. Fica claro que McQueen (Vin) Wallach (Calvera) e
Brynner (Chris) são os três personagens de Sete Homens e um Destino que mais
têm presença na fita.
O original
foi rodado no México em Cuernavaca, Cidade do México. O HOTEL
JACARANDAS em Cuernavaca, jamais havia recebido uma equipe cinematográfica tão
numerosa e com tantos astros de cinema, como aconteceu em março de 1960. Certo
que nem todos eram muito conhecidos, mas a presença de Yul Brynner com sua
reluzente careca já causava sensação. Os artistas e técnicos ocuparam todos os
apartamentos do hotel onde passariam os próximos dois meses quando não
estivessem na cidade de Morellos, bem perto de Cuernavaca. Em
Morellos foram edificados o povoado de Ixcatlán e a cidadezinha de Los
Toritos, locais onde seria filmada a produção norte-americana SETE HOMENS E UM
DESTINO "The Magnificent
Seven".
Alguns
dos artistas trouxeram suas esposas, como o alemão Horst Buchholz (Miriam),
Steve McQueen (Neille Adams) e Eli Wallach (Anne Jackson). Yul Brynner trouxe a
noiva Doris Kleiner com quem se casaria na semana seguinte. Além deles o
luxuoso, bucólico e muito confortável Hotel Jacarandas abrigou os solteiros
Brad Dexter, Robert Vaughn, Charles Bronson, James Coburn e o diretor John
Sturges, cuja esposa Dorothy também foi ao México, mas preferiu não permanecer.
Foram necessários poucos dias de trabalho para que surgissem as diferenças
entre alguns membros do grupo por vezes no próprio hotel, mas principalmente
nos locais de filmagem.
Em
sua nova versão Sete Homens e um Destino, refilmagem de 1960 de um
clássico de faroeste, lançado em 2016, e foi um sucesso de bilheteria. Vale
lembrar que o filme dos anos 60 era uma releitura do filme Os Sete Samurais de
1954 do conceituado diretor e roteirista japonês, Akira Kurosawa. Sete Homens e
um Destino de 1960, conta a história de um grupo de mexicanos, residentes em um
pequeno vilarejo, e que vivem aterrorizados pelo bandido Calvera e sua gangue,
que invade o local com frequência para roubar mantimentos.
O brasileiro WAGNER MOURA ia fazer o papel do mexicano Vasquez na nova
versão de Sete Homens e um Destino de 2016, mas saiu do elenco possivelmente
por causa da série da Netflix Narcos e foi substituído por Manuel
Rufo. Esta foi última trilha do compositor James Horner, que teve morte
acidental, mas havia composto com antecedência já toda a trilha para o filme
porque era amigo do diretor.
E por fim, YUL
BRYNNER, O CAREQUINHA QUE SE VESTIA DE PRETO possui uma
estrela na Calçada da Fama, localizada em Hollywood Boulevard. Foi com ‘’O REI
E EU’’ que ele ganhou um Oscar, pelo filme, e um prêmio Tony, pelo musical da
Broadway; em 1985, ano de sua morte,
ganhou novo prêmio Tony ao atingir 4.525 representações do espetáculo.
Foi o único ator dos sete interpretes do filme “Os magníficos sete”, que
participou da seqüência “O retorno dos magníficos sete” em 1966. Pertence a um
clube seletivo de oito atores que receberam o Oscar e o premio Tony, por
participaram da versão do cinema e do teatro, na mesma história. A propósito,
não tem como não chorar ao ver o final desse filme com sua magistral trilha
sonora, um espetáculo à parte!!!
https://www.youtube.com/watch?v=yulmgTcGLZw
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