terça-feira, 1 de maio de 2018
O PT ESTÁ COM O PÉ NA COVA: JÁ NÃO PRECISA DE AUTOCRÍTICA, MAS DE AUTÓPSIA...
Josias de Souza
O grande problema
das autocríticas é que elas sempre chegam tarde. No caso do Partido dos
Trabalhadores, a demora foi tão grande que a providência tornou-se
desnecessária. Ao reagir contra a mais nova denúncia da procuradora-geral
Raquel Dodge, o PT deixou claro que seu caso não é mais de autoanálise, MAS DE AUTÓPSIA.
Dodge acusou de
corrupção e lavagem de dinheiro Lula, a presidente do PT Gleisi Hoffmann, os
ex-ministros petistas Antonio Palocci e Paulo Bernardo, o empreiteiro Marcelo
Odebrecht e um um ex-assessor de Gleisi: Leones Dall'Agnol. De acordo com a
denúncia, a Odebrecht trocou vantagens empresariais por propinas. Coisa de US$
40 milhões. Ou R$ 64 milhões, em moeda nacional. PARTE DA VERBA FOI PASSADA A SUJO EM
CAMPANHAS ELEITORAIS, entre elas a de Gleisi.
A Executiva
nacional do PT soltou uma nota. O conteúdo não é original. Um redator qualquer
limitou-se a apertar o botão da perseguição política. E a resposta fluiu: “Mais
uma vez a Procuradoria Geral da República, de maneira irresponsável, formaliza
denúncias sem provas a partir de delações negociadas com criminosos em troca de
benefícios penais e financeiros. […] Mais uma vez o Ministério Público tenta
criminalizar ações de governo citando fatos sem conexão e de forma a atingir o
PT e seus dirigentes.”
A nota reforça a
sensação de que os petistas dividiram-se em três grupos: HÁ OS PRESOS, OS QUE AGUARDAM NA FILA E OS QUE SE COMPORTAM À
MANEIRA DO AVESTRUZ, ENFIANDO A CABEÇA NO SILÊNCIO. E a Executiva
mantém o PT no seu labirinto: “A denúncia irresponsável da Procuradoria vem no
momento em que o ex-presidente Lula, mesmo preso ilegalmente, lidera todas as
pesquisas para ser eleito o próximo presidente pela vontade do povo
brasileiro.”
Mais um pouco e até
a autópsia será desnecessária. Bastará emitir o atestado de óbito, anotando no
espaço dedicado à causa mortis: “CINISMO CRÔNICO.”
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