Cláudio Humberto
O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) anunciou que não vai assumir o novo mandato em 1º de fevereiro por se dizer ameaçado. Numa atitude oportunista, o parlamentar alega que a crescente violência contra a comunidade gay, que ele agora abandona no momento em que ela mais precisa de defensores, foi o fator determinante e não a eleição de Jair Bolsonaro, que de fato sofreu uma tentativa de assassinato por um ex-membro do partido de Wyllys.
Eleito deputado pela terceira vez graças a expressivas votações de outros candidatos da coligação, Wyllys teve 24.295 votos e foi o candidato com menor número de votos a garantir mandato pelo Rio de Janeiro nas eleições de 2018.
Morar no exterior, como diz ser sua intenção, será fácil. Ao longo dos 8 anos de mandato, Wyllys recebeu mais de R$ 3,5 milhões apenas em salários e, segundo o site Operação Política Supervisionada, pediu reembolso de R$ 2,24 milhões por meio da ‘cota parlamentar’.
Apesar de eleito pelo Rio de Janeiro, o maior gasto ressarcido pela cota parlamentar, R$ 700 mil, foi com passagens aéreas, incluindo dezenas de voos para a Bahia, onde nasceu e tem família. Por isso o “axé”, no fim do post, cuja maioria dos eleitores fluminenses não entendeu.
Wyllys afirmou que manter-se vivo também é uma forma de lutar, mas a hora não é de se esconder no exterior, mas de fincar pé na defesa de quem o elegeu.
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