A Petrobras confirmou nesta quarta (30) a venda da polêmica refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, símbolo da corrupção dos governos do PT, para a americana Chevron. O negócio foi fechado por US$ 562 milhões (cerca de R$ 2 bilhões, na cotação atual), cerca de metade do valor desembolsado pela estatal para ter a unidade em um processo investigado pela Operação Lava Jato.
Localizada nos arredores de Houston, no Texas, a refinaria é vista pela Chevron como uma alternativa para expandir sua capacidade para refinar petróleo produzido em reservas não convencionais nos Estados Unidos e atender sua rede de postos de gasolina na região.
A operação faz parte do plano de desinvestimentos da Petrobras e foi aprovada pelo conselho de administração da estatal nesta quarta, quase um ano após a oferta do ativo ao mercado.
Segundo a companhia, do valor total, US$ 350 milhões (R$ 1,3 bilhão) correspondem ao valor da unidade e o restante, a capital de giro. O valor final da operação ainda está sujeito a atualização do capital de giro, que foi calculado com base no montante disponível em outubro de 2018, informou a Petrobras em comunicado ao mercado.
A refinaria foi comprada em 2006 sob o argumento de que a Petrobras precisava de um ponto de entrada no mercado americano de combustíveis.
A estatal pagou US$ 360 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) por metade da empresa, quase oito vezes mais do que os US$ 42 milhões (R$ 155 milhões) desembolsados um ano antes pela suíça Astra por 100% do capital.
A disputa judicial, acabou desembolsando US$ 1,2 bilhão (R$ 4,4 bilhões) para ficar com todas as ações. Com a crise financeira, a Petrobras decidiu reduzir suas operações no exterior e incluir Pasadena em sua lista de ativos à venda.
O processo de compra da refinaria foi alvo da Operação Lava Jato e é hoje investigada também pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que avalia responsabilidades da gestão da empresa durante os governos petistas pelo prejuízo.
Em uma das ações, a área técnica da autarquia pede a condenação de ex-diretores e ex-conselheiros da estatal, incluindo a ex-presidente Dilma Rousseff, por terem faltado com o dever de diligência ao aprovar a compra da empresa.
“Essa expansão do nosso sistema de refino na costa do Golfo do México permite à Chevron processar mais petróleo leve americano, abastecer parte de nosso mercado varejista no Texas e na Lousiana com produtos da Chevron e realizar sinergias por meio da coordenação com nossa refinaria em Pascagoula [no Mississipi]”, disse em nota Pierre Breber, vice-presidente da Chevron para os segmentos de refino e petroquímica.
PRÉ-SAL
A empresa americana anunciou também nesta quarta mudança em suas operações brasileiras, com a venda de participação no campo de produção de petróleo Frade, na Bacia de Campos, para focar recursos na exploração do pré-sal.
Nos últimos leilões do governo, a companhia arrematou fatias em seis blocos do pré-sal, em parceria com a Petrobras e outras empresas do setor.
“O pré-sal brasileiro é um recurso de classe mundial”, disse, em nota.A fatia de 51,74% no campo de Frade foi comprada pela Petro Rio, que levou também participação em um bloco exploratório no Ceará. - Fonte: Blog Diário do Poder. -
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