NÃO
HÁ MAIS TEMPO DE SEGURAR A
SANGRIA: MARINA VAI SER ELEITA NO PRIMEIRO TURNO...
Ruth
de Aquino
"O problema do Brasil não é sua
elite, mas a falta de elite. Não tenho preconceito contra a condição econômica
e social de quem quer que seja. Quero combater essa visão de apartar o Brasil,
de combater a elite. Essa visão tacanha de combater as pessoas com rótulo.
Precisamos fazer o debate envolvendo ideias, empresários, trabalhadores,
juventudes, empreendedores sociais. Com pessoas de bem de todos os setores,
honestas e competentes.” Essa resposta desconcertante de MARINA SILVA no
debate da Band entre os candidatos à Presidência mostra que Dilma
Rousseff e Aécio Neves terão de dar um duro danado para dinamitar – ou
“desconstruir” – a rival. O Brasil do PT tem reforçado o maniqueísmo entre
pobres e ricos, ou “proletariado” e “burguesia”, expressões caras da ESQUERDA
CAVIAR-CHAMPANHE. Como se os pobres fossem todos bons, puros, generosos e
vítimas – e os ricos fossem todos safados, cruéis, desnaturados e bandidos. Em
nosso país, quem ganha mais de seis salários mínimos é rico. Nos últimos
tempos, sobrou fel até para a classe média. Vimos com espanto o vídeo com o
discurso histérico da filósofa da USP Marilena Chauí no ano passado. Era uma
festa do PT para lançar o livro 10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil: Lula
e Dilma. “ODEIO A CLASSE MÉDIA”, afirmou Chauí, sob aplausos, risos e
“u-hus” da plateia. “A CLASSE MÉDIA É O ATRASO DE VIDA. A CLASSE MÉDIA É A
ESTUPIDEZ. É O QUE TEM DE REACIONÁRIO, CONSERVADOR, IGNORANTE. PETULANTE,
ARROGANTE, TERRORISTA.” Presente no palco, Lula ria e aplaudia a companheira
radical petista, embora dificilmente concordasse. “A CLASSE MÉDIA É UMA
ABOMINAÇÃO POLÍTICA PORQUE É FASCISTA. É UMA ABOMINAÇÃO ÉTICA PORQUE É
VIOLENTA”, afirmou Chauí, fundadora do PT e adepta da luta de classes. É uma
luta que Marina considera antiquada e ruim para o país. Sua ideia de elite é
outra: quem se sobressai no que faz, quem inspira e lidera. Neca Setubal,
socióloga, educadora, autora de mais de dez livros, defensora do
desenvolvimento sustentável e herdeira do banco Itaú, é o braço direito de MARINA. Com seu
discurso de união e um plano de governo de 244 páginas, costurado com Eduardo
Campos, Marina ameaça tornar-se presidente do Brasil, segundo as pesquisas de
intenção de voto. Ela não passa de uma amadora, diz Aécio Neves. MARINA responde:
“MELHOR SER AMADOR DO SONHO QUE
PROFISSIONAL DAS ESCOLHAS ERRADAS”. Ela faz uma campanha da mentira,
afirma Dilma. “Mentira”, responde Marina, “É DIZER QUE OS ADVERSÁRIOS NÃO ESTÃO
COMPROMETIDOS COM POLÍTICAS SOCIAIS”. MARINA virou o sujeito da mudança. Colhe em
sua rede indecisos, revoltados, idealistas, anarquistas e também aecistas e
dilmistas. Isso não é elogio, só a constatação de um fato provado em pesquisas.
Os “marineiros” são um caldeirão de eleitores de diversas ideologias, ou
avessos a pregações ideológicas. Quando MARINA diz que “A POLARIZAÇÃO PT-PSDB JÁ DEU
O QUE TINHA QUE DAR”, ou que “O BRASIL NÃO PRECISA DE UM GERENTE, MAS DE UM
PRESIDENTE COM VISÃO ESTRATÉGICA”, isso bate forte em milhões de brasileiros de
todas as idades. MARINA não tem resposta para uma enormidade de questões – entre
elas, como a “NOVA POLÍTICA” poderá ser diferente da “VELHA
POLÍTICA”, se concessões e alianças são essenciais para aprovar
reformas, governar o país e transformar em realidade seus sonhos. MARINA tem
convicções pessoais que precisará reavaliar ou abandonar se quiser mesmo
colocar o país nos trilhos do futuro, abraçar as novas famílias e os estudos de
células-tronco. Mas seu discurso de grandes linhas, abstrato e utópico, empolga
e atrai. Os adversários a ajudam. De um lado, temos o desfile chato, emburrado
e claudicante de percentagens e estatísticas infladas. Do outro, um rosário
sorridente de êxitos discutíveis em Minas Gerais. NOS
ESTADOS UNIDOS, BARACK OBAMA GANHOU UMA ELEIÇÃO NO DISCURSO, NA ORATÓRIA, NO
SIMBOLISMO – NÃO NO PREPARO OU NA EXPERIÊNCIA ADMINISTRATIVA. GUARDADAS AS
PROPORÇÕES, MARINA BUSCA O MESMO. Nas redes sociais, a ascensão de MARINA provocou
uma campanha de ódio e ironias. Ela foi chamada de “segunda via do PSDB” –
porque defendeu a estabilidade iniciada por Fernando Henrique Cardoso e porque
os tucanos votariam nela, jamais em Dilma, num confronto direto. Chamaram MARINA de
“segunda via do PT” – porque defendeu a política de inclusão social de Lula.
Traíra, oportunista e coisas piores. Fizeram uma montagem de seu rosto com o
corpo nu da mulata Globeleza. Disseram que ela tem “CARA DE MACACO”. Um show de racismo e de pânico. Os
arautos à esquerda e à direita a chamam de “novo Collor” ou de “Jânio de
saias”. A Transmarina, AO ACOLHER A
“ZELITE” do bem, veio para confundir. E incendiar uma eleição
antes morna, entediante e previsível. (As mancheres e a imagem
não fazem parte do texto original).
Um comentário:
EU E MINHA FAMILIA SOMOS MARINA. MORAWES GARANHUNS.
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