segunda-feira, 13 de maio de 2019

ALFRED HITCHCOCK: O MESTRE DO SUSPENSE





































Por Altamir Pinheiro

O britânico Sir Alfred Hitchcock (1899 - 1980) é o maior diretor de todos os tempos, embora a concorrência seja grande, como Woody Allen, Spielberg, Tarantino, John Ford e tantos outros... Uma vez que nunca ganhou um Oscar, é inegável que a grandeza de Hitchcock é reconhecida. Seus filmes, além de serem inovadores, são esteticamente perfeitos, bonitos, bem cuidados e com tramas envolventes. Uma lenda na história do cinema,  diretor perfeito!!!  Como aperitivo e acompanhado de um suculento tira-gosto vai aí, apenas o nome de 10 filmes dirigidos pelo fenomenal  MESTRE HITCH, como era carinhosamente chamado: Janela Indiscreta, Trama Macabra, O Terceiro Tiro, O Homem Que Sabia Demais,  Psicose,  Um Corpo Que Cai,  Pacto Sinistro,  Festim Diabólico,  Os pássaros e  Disque M Para Matar.

Os  filmes desse  monstro sagrado do suspense são   obrigatórios em qualquer coleção de  cinéfilo. Hitch era fantástico em pensar nessa técnica formidável de gravar sem interrupções, por não haver vídeo teipe, coisas de mestre mesmo... Às vezes  passa pela minha   cachola, o que ele estaria realizando hoje com a ajuda da tecnologia, hein?!?!?! parece que um cinto de segurança te consome no sofá te gruda na cadeira de frente à tela do computador e não sai mais te deixando estático, comedido e mantendo o espectador,  numa expectativa tensa e angustiante sobre o que pode acontecer. Ele carrega, por trás de sua aparentemente adorável figura bonachona um rastro de ódio, de obras-primas e de estórias que marcaram a mente coletiva de quem ama o Cinema como arte...

Hitchcock tem duas fases, a britânica e a americana; ele ficou mais conhecido pela última, pois estamos falando da indústria que é Hollywood. Mas, ainda na Inglaterra, ele já mostrava toda sua genialidade, comprovada em "Os 39 Degraus". Sempre foi uma figura curiosa  tanto na vida particular quanto na profissional. ao filmar Rebecca – A Mulher Inesquecível(1940), que ganhou o Oscar de melhor filme e deu para Hitchcock sua primeira indicação ao Oscar. Ele também foi indicado por Um Barco e Nove Destinos, Quando Fala o Coração, Janela Indiscreta e Psicose, mas nunca ganhou um Oscar. Em 1967, recebeu da Academia o prêmio Irving  Thalberg, pelo conjunto da sua obra. Nunca ganhou um prêmio por melhor direção no Oscar, apesar de ter sido indicado 5 vezes.

Como costuma afirmar o cinéfilo norte-rio-grandense, Antônio Nahud, Ele é, possivelmente, o mais conhecido dos cineastas, cujo nome, por si só, resume um gênero cinematográfico. Possuidor de um estilo próprio, combinando criatividade e apurado domínio da narrativa, conduzia suas histórias com zelo, sem dar sinais de falta de imaginação. O estudioso de Hitchcock, o carioca Paulo Telles, a respeito de todo seu feito cinematográfico  é taxativo em afirmar que, fica difícil escolher um favorito com uma obra tão magnífica, porém, Festim Diabólico(1948) seja um dos melhores. Na verdade, Todos os filmes de Hitch são brilhantes, mas sem dúvida este é o mais destacado por tão tamanho brilhantismo e,   sem dúvida é filme obrigatório de qualquer videoteca que se preze, afirma o cinéfilo carioca.

Dono de uma obra respeitada na sétima arte, Hitchcock, como pessoa, não era conhecido por ser um diretor amigável com os atores com os quais trabalhava, para dizer o mínimo. Reza a lenda que, ao ser contestado por um repórter sobre a frase "ATORES SÃO GADO", atribuída a ele, o cineasta teria rebatido: "Nunca disse que atores são gado. O que eu disse é que todos os atores deveriam ser tratados como gado". Aliás, a atriz brasileira Eva Wilma não tem boas recordações de Alfredf Hitchcock. Dama do teatro, televisão e cinema brasileiro, a atriz Eva Wilma(hoje, com 85 anos), ela fez testes para o papel de uma cubana em Topázio, suspense lançado pelo diretor britânico em 1969. Eva Wilma relembra discussão com Hitchcock: "Ele começou a dialogar comigo e me provocar".

Hitchcock estava precisando de uma atriz latino-americana para o papel de uma cubana no filme Topázio. Tirei as fotos e voltamos para o Brasil. Ele mandou pedir currículo, material filmado e mandaram me buscar. Lá fui eu de primeira classe, tentando ler aquele livro, Topázio, disse a atriz,  ao lembrar da extensão do romance escrito por Leon Uris, que tem mais de 400 páginas. Uma das razões do arranca rabo entre  Wilma e  Hitchcock  foi em razão dele e do maquiador exigirem seus  SEIOS POSTIÇOS. Já em Hollywood, Wilma contou que sua audição não foi das melhores. "A preparação do teste foi quase traumatizante, muita coisa postiça", relatou a atriz. "Por exemplo: os seios postiços. Eu falei: 'Precisa? Está tão bom assim. Eles praguejaram: NÃO!!!.

Pois bem!!! Louvado e enaltecido como um dos maiores artesãos do cinema que deixa o espectador de cabelo em pé durante todo o tempo de  projeção,  elogiado pela crítica e reconhecido como influência por vários diretores, ele marcou profundamente a cultura cinematográfica. Seus filmes não apenas sobrevivem intactos ao tempo, mas mantêm o interesse de espectadores das mais diversas idades e formações. A oportunidade de conhecer ou rever suas obras não deve ser perdida por nenhum amante da Sétima Arte. Admirador que sou, este colunista/blogueiro, assim como os cinéfilos Telles e Nahud, também homenageiam o espetacular mestre do suspense que realizava filmes com um cuidado único, uma paixão exclusiva e uma emotividade extrema disfarçada por um profundo e arrebatador domínio técnico. ALFRED HITCHCOCK  não é um nome... É uma LENDA IMORTAL






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