A morte de
Marisa Letícia, em 2017, encerrou a trajetória de uma mulher que chegou ao posto de
primeira dama do Brasil, mas que se anulou como pessoa para atender as
imposições de seu marido, o ex-presidente Lula. Marisa era apenas uma peça
decorativa ao lado do petista ávido por holofotes. Lula foi candidato à
presidência por cinco vezes e Marisa esteve ao se lado em todas as campanhas.
Mas mesmo nos palanques, o microfone era uma peça a qual jamais teve acesso.
Proibida
de se manifestar publicamente pelo marido, Marisa nunca chegou a ter uma voz
ativa durante os oito anos em que habitou o Palácio do Planalto. Marisa morreu
"silenciada" pelo temor do marido de que pudesse falar alguma
besteira que o prejudicasse em sua obstinada sede de poder, confirmam pessoas
que conviviam com o casal.
Uma das
raras vezes em que se ouviu sua voz, Marisa conversava ao telefone com o filho
sobre os protestos contra um pronunciamento da ex-presidente Dilma Rousseff. A
gravação da conversa, interceptada pela Polícia Federal com autorização da
Justiça teve o sigilo levantado durante os desdobramentos da Operação Alethea,
quando agentes da PF fizeram buscas em seus dois apartamentos de cobertura em
São Bernardo do Campo e cumpriram um mandato de condução coercitiva contra seu
marido.
Anulada
por Lula, que temia que comentários "pouco oportunos ou inteligentes"
contaminassem suas campanhas, Marisa era subserviente e assinava qualquer
documento que o marido mandava.
Este
comportamento acabou lhe rendendo dois inquéritos policiais em investigações
sobre crimes relacionados a ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro.
Marisa se tornou ré em duas ações penais na Lava Jato, por ter atuado como
cúmplice do marido em esquemas para acobertar o uso de imóveis.
Agora se
sabe que havia mais motivos para que Lula preferisse que sua mulher mantivesse
a boca fechada. O inventário parcial da ex-primeira dama divulgado esta semana
revelou que Marisa tinha mais de R$ 10 milhões em suas contas, além de ter sido
obrigada a jogar sujeiras envolvendo transações imobiliárias mantidas por Lula
e seu compadre, o advogado Roberto Teixeira. Marisa era uma laranja de Lula e
viveu uma vida condenada ao silêncio. - Imprensa Viva -
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