sábado, 14 de janeiro de 2017

EM 2018 O LULA ESTARÁ COMENDO QUENTINHA NA CADEIA...



Ricardo Noblat
Lula continua encenando o papel de presidenciável. Sabe que as chances reais de exercê-lo de fato são tão remotas quanto as de Dilma Roussef voltar à vida pública. LULA É RÉU EM CINCO PROCESSOS CRIMINAIS - E EM BREVE O SERÁ DE OUTROS MAIS, PODENDO SER PRESO A QUALQUER MOMENTO.
Queixa-se com frequência de que já não pode comparecer a locais públicos sem ouvir desaforos. Viajar em aviões comerciais, nem pensar. Viaja em jatos particulares, cedidos por amigos. Hoje, só fala a plateias amestradas – e mesmo aí já enfrenta resistências. Na quinta-feira, por exemplo, num encontro em Brasília, FOI VAIADO PELO PSTU, legenda da esquerda radical que o considera um traidor da causa. E a causa, óbvio, é a revolução, abandonada ou negligenciada na medida em que Lula ENRIQUECIA e se ABURGUESAVA.
Com todas essas credenciais adversas, Lula insiste, como disse esta semana em Salvador, em que, “se for necessário”, voltará a disputar a presidência da República. Não esclarece que necessidade seria essa. DO PAÍS, SEGURAMENTE, NÃO É.
O RASTRO DE DESTRUIÇÃO – POLÍTICA, ECONÔMICA, SOCIAL E MORAL - que o período por ele inaugurado, em 2003, e encerrado em 2016 com Dilma, deixou confere-lhe uma das maiores taxas de rejeição de toda a história. Dilma é parte de sua obra, concluída com um IMPEACHMENT e a revelação do maior escândalo de corrupção já visto em todo o mundo. CORRUPÇÃO E MÁ GESTÃO, SOMA FATAL, QUE IMPÔS AO PAÍS A CRISE ATUAL, da qual procura acusar os que a herdaram.
Diante de tal cenário, sua candidatura a presidente só não é uma PIADA porque serve a uma causa real: sua BLINDAGEM, pessoal e política. Mantendo-se presente e atuante no cenário público, dá concretude àquilo que dele falou o presidente Michel Temer, a quem finge odiar, mas com cuja complacência tem contado.
Temer, numa recente entrevista ao programa Roda Viva, se disse contrário à prisão de Lula por achar que tumultuaria a paz pública. Com isso, conferiu-lhe um prestígio que já não tem – e o transfigurou em salvo conduto, inibindo, de maneira oblíqua, a ação dos que têm a responsabilidade de fazê-lo pagar por seus delitos.
Não parece ter sido por mera simpatia que o fez. Temer receia o que está por vir – as delações, sobretudo as da Odebrecht - e parece inclinado a estabelecer um armistício com o PT, de que dá testemunho a preservação de aliados da velha ordem em cargos estratégicos da administração pública.
PMDB E PT, AFINAL, FORAM PARCEIROS. EMBORA O COMANDO DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA (NAS PALAVRAS DE CELSO DE MELO, DO STF) COUBESSE AO PT, O PMDB DESFRUTAVA DE ALGUNS FEUDOS DENTRO DA MÁQUINA PÚBLICA, DE QUE DÃO NOTÍCIAS OPERAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL.
A mais recente delas, ontem efetuada, flagrou uma rapina organizada dentro da Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013, envolvendo o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o vice-presidente daquela instituição, Geddel Vieira Lima, até há pouco ministro do núcleo duro do governo Temer. Para sorte de Temer, Geddel caiu antes desse escândalo, por outro comparativamente menor. Mas a lama do PT, como é óbvio, salpicou também – e com frequência - no PMDB.
Lula investe nisso ao atacar o governo Temer, ao tempo em que busca um protagonismo oposicionista, QUE O TRANSFIGURE DE MERO (OU POR OUTRA, MEGA) GATUNO EM PERSEGUIDO POLÍTICO.
É um jogo esquizofrênico em que, de um lado, pede a cabeça do presidente da República e, de outro, manda PT e aliados apoiar o candidato do Planalto à presidência da Câmara, Rodrigo Maia. Claro está, portanto, que não postula a presidência para valer; quer apenas tornar mais complexa ou mesmo impossível a operação de COLOCÁ-LO ATRÁS DAS GRADES. JOGA SUA CARTADA FINAL. - As imagens e a manchete não fazem parte do texto original -








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