Esta semana, o ex-ministro José Dirceu, apontado como eminência parda nos bastidores da campanha do ex-presidente Lula, conseguiu o direito de continuar em liberdade, apesar de ter sido condenado, em segunda instância, a uma pena de mais de 30 anos de prisão, em regime fechado. O ex-ministro foi solto antes de cumprir ao menos 2 meses da pena. O petista havia sido preso em 18 de maio. Dirceu foi condenado pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa em processo no qual ele foi acusado de ter recebido cerca de R$ 15 milhões em propina da empreiteira Engevix. Os pagamentos teriam ligação com contratos da construtora com a Petrobras obtidos via licitações fraudulentas e, segundo a sentença, foram feitos sob a fachada de consultorias supostamente nunca prestadas por Dirceu.
Em sessão nesta terça-feira (21), os ministros da Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, decidiram manter em liberdade o petista condenado na Operação Lava Jato.
Dirceu está livre desde junho, quando os mesmos ministros do STF decidiram conceder-lhe a liberdade sob a alegação de que havia um recurso que deveria ser julgado STJ (Superior Tribunal de Justiça), no qual o petista contesta sua condenação. Na ação, a defesa alega que a pena poderia ser reduzida ao indicar aparentes erros na fixação do tempo de prisão pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), tribunal de segunda instância que julga os processos da Lava Jato.
Desde então, o ex-ministro é apontado como mentor da estratégia do ex-presidente Lula e do PT que visa manter o nome do presidiário em evidência na imprensa. O partido pretende insistir na candidatura do condenado até o limite. O nome de Lula deve permanecer em evidência até que a Justiça Eleitoral ou o STF decidam que o condenado ficha suja não pode concorrer à Presidência nas eleições de outubro. - Imprensa Viva -
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