O SENADOR JOSÉ MEDEIROS FEZ
UM PEDIDO DE DENÚNCIA CONTRA A BANCADA DAS TREVAS. DISSE ELE: "ELAS (AS SENADORAS DA BANCADA DAS
TREVAS) PERDERAM A LINHA. FOI O ATO MAIS GROTESCO QUE ESTE SENADO JÁ VIU.
TRANSFORMARAM A MESA DO SENADO EM UM ACAMPAMENTO
DO MST."
Reinaldo Azevedo
Lula, o Odorico Paraguaçu, de “O Bem Amado”, estava
presente em espírito ao menos. Já as IRMÃS CAJAZEIRAS, aquelas que faziam
qualquer coisa para ganhar um olhar do demiurgo, partiram para o ataque. E
resolveram sequestrar o Senado para impedir a votação da reforma trabalhista ou
impor aos colegas a sua pauta. Há punição para isso, e a Mesa da Casa vai dizer
se resta por aquelas paragens o mínimo necessário de honra que justifique
existir no país um Poder Legislativo.
Os mais jovens pesquisem um pouco. O Senado brasileiro
lembrou, nesta terça, a cidade de Sucupira, na genial criação de Dias Gomes. É
preciso que o óbvio fique claro e que se chame a coisa pelo nome. Três
senadoras, com o apoio de outras duas, tomaram para si a Mesa do Senado — vale
dizer: uma das Casas do Poder Legislativo — e, à feição de um movimento
terrorista, diziam que só a liberariam se suas exigências fossem atendidas.
Embora tenha sido Fátima Bezerra (PT-RN) a tomar a
cadeira de Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente da Casa, a chefa do movimento
era Gleisi Hoffmann (PT-PR), a nossa Inês de Castro viciosa, que depois de ré
foi rainha — do PT é claro! Ela preside o partido. A terceira Cajazeiras era
Vanessa Gazziotin (PCdoB-AM). Foram as três vozes mais estridentes contra o
impeachment de Dilma — depois, é certo, de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que
não participou do ato desta vez. No apoio, estavam ainda Lídece da Mata
(PSB-BA) e Regina Souza (PT-PI).
Gleisi jurava que o Senado só seria devolvido ao povo
brasileiro se um destaque fosse apreciado pelo plenário. Entenderam? É evidente
que a ação caracteriza quebra do decoro. Aquelas senhoras estavam impedindo o
Parlamento de funcionar e apelando a métodos violentos. É certo que há motivo o
bastante para cassar o mandato da turma. Mas não vai acontecer. Que sejam
denunciadas, no entanto, ao Conselho de Ética para que alguma sanção
alternativa seja aplicada.
Quando Eunício percebeu que aquelas senhoras não
sairiam de lá tão cedo, mandou desligar os microfones e apagar as luzes. Elas
não foram embora. O presidente do Senado, que deveria ter aberto a sessão às
11h, só recuperou o controle da Casa às 18h30. Segundo Gleisi, falta
legitimidade a Temer, que réu não é, para propor reformas. Já a ré, acusada de
corrupção, ah, ela se sente à vontade presidindo o PT e expelindo regras sobre
o funcionamento do mundo e mais um pouco.
Sabemos a herança que o governo liderado por essa
gente deixou a país. E não deixa de ser uma coisa miserável que os caras
estejam passando por um processo de reabilitação. E não! A culpa não é de
Temer. A responsabilidade maior por esta crise é da PF, do MPF e da direita
xucra, que não percebeu que estava servindo de cavalo de troia da esquerda, de
Rodrigo Janot e de seus aloprados de faces rosadas.
Até uma quentinha rolou. As sombras provocadas pela
luz dos celulares conferiam àquelas senhoras um ar meio fantasmagórico. Um
leitor deste blog diz ter se lembrado de um filme chamado “A Convenção das
Bruxas”. Talvez seja maldade.
Destaque-se, ademais, o oportunismo machista da
manifestação, ainda que vivido pelo avesso. As senadoras recorreram a uma
tática usada pelo MST: grupos compostos, muitas vezes, só de mulheres invadem e
depredam propriedades, a exemplo do que fizeram em março de 2015 na empresa
Suzano Futura Gene, em Itapetininga, São Paulo. Milhares de mudas foram
destruídas, o que custou anos de pesquisa. A cilada é a seguinte: se alguém
lhes tocar num fio de cabelo, ainda que estejam cometendo um crime, logo
gritarão: “Agressão à mulher! Feminicídio simbólico! Machismo!”
Se a Mesa do Senado permitir que uma agressão de tal gravidade
fique sem punição, estará dando um péssimo sinal à sociedade: “Se vocês não
conseguirem algo na lei, tentem na marra”. -
A manchete não faz parte do texto original -
Um comentário:
Tinham que ter chamado a polícia e tirado as três vagabundas a força!!!
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