quinta-feira, 13 de julho de 2017

LULA FICOU MAIS PERTO DA CADEIA DO QUE DA URNA...





 Josias de Souza

A condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro é um marco do Brasil pós-Lava Jato. Lula poderia ter sido uma espécie de Nelson Mandela brasileiro. Mas optou por entrar para a história como PARTE DO DETRITO QUE TRANSFORMOU A POLÍTICA NUMA GINCANA DE INEDITISMOS. No instante em que a Câmara analisa o caso de Michel Temer, o primeiro presidente da história denunciado por corrupção no exercíco do cargo, Moro empurra para dentro da biografia de Lula um título vergonhoso: PRIMEIRO EX-PRESIDENTE DA HISTÓRIA SENTENCIADO COMO CORRUPTO.

A história brasileira parece ter pretensões literárias. No futuro, quando tiver que relatar o que ocorre agora, a posteridade certamente buscará paralelos na dramaturgia grega. A VERDADE ESTARÁ NO EXAGERO. A trajetória de Lula será descrita como uma espantosa sequência de fatos extraordinários vividos por um mito que ESCOLHEU TRANSFORMAR-SE NUM POLÍTICO ORDINÁRIO, como tantos outros.

Houve um tempo em que os crimes de COLARINHO BRANCO não acabavam em castigo. Acima de um certo nível de poder e renda no Brasil, nada era tão grave que justificasse uma reprimenda. A chegada da faxina à biografia do político mais popular do país, primeiro colocado nas pesquisas presidenciais, tem a aparência de uma virada de página. O IMPENSÁVEL ACONTECEU. E CONTINUARÁ ACONTECENDO. O PT organiza atos de desagravo que serão comícios disfarçados. Mas no momento LULA ESTÁ MAIS PRÓXIMO DA CADEIA, QUE VIRÁ SE A SENTENÇA FOR CONFIRMADA NA SEGUNDA INSTÂNCIA, DO QUE DAS URNAS.

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