Josias de Souza
Seis
militantes de movimentos sociais iniciam nesta terça-feira, em Brasília, uma
greve de fome pela libertação de Lula. Comandante do ''exército do MST'', João
Pedro Stédile declarou que o tempo de duração da greve será
determinado pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal.
“Ela foi indicada para respeitar a Constituição”, disse
Stédile, ao lado dos companheiros que prometem fechar a boca. “Tem dois
recursos aguardando julgamento –uma ADC do PCdoB, que consulta se uma pessoa
pode ser presa antes do julgamento de todos recursos; e um outro recurso da
OAB, sobre validade da presunção de inocência até o julgamento da última
instância. Basta colocar os recursos em plenário para acabar com a greve.”
Em português claro, deseja-se PRESSIONAR O SUPREMO para rever a regra que autorizou o encarceramento de condenados
em segunda instância. A questão já foi apreciada pelos ministros da Suprema
Corte quatro vezes desde 2016. Na votação mais recente, produziu-se um placar
de 6 votos a 5 contra a concessão de um habeas corpus que impediria a prisão de
Lula.
Ironicamente, os devotos do líder petista fazem por Lula
um sacrifício que ele se abstém de fazer por si mesmo. Lula desenvolveu uma
ojeriza por greves de fome. Em fevereiro de 2010, ainda na pele de presidente,
o agora presidiário realizou uma viagem oficial a Cuba. Desembarcou em Havana
no dia da morte do dissidente cubano Orlando Zapata Tamoyo, que ficara sem
comer por 85 dias.
Instado a comentar a privação alimentar do preso político
cubano, Lula declarou: “Lamento
profundamente que uma pessoa se deixe morrer por uma greve de fome. Eu, depois
da minha experiência de greve de fome, pelo amor de Deus, ninguém que queira
fazer protesto peça para eu fazer greve de fome que eu não farei mais.”
Na época, o repórter Elio Gaspari rememorou a
“experiência” de Lula: “Em 1980, quando penou 31 dias de cadeia que ajudaram-no
a embolsar pelo Bolsa Ditadura um capital capaz de gerar mais de R$ 1 milhão,
Lula fez quatro dias de greve de fome. Apanhado escondendo guloseimas,
reclamou: ‘Como esse cara é xiita! O que é que tem guardarmos duas balinhas,
companheiro?’.”
Em março de 2010, já de volta ao Brasil, Lula adicionou ao
comentário infeliz que fizera em Havana uma pitada de escárnio. Em defesa da
soberania cubana, o então presidente petista COMPAROU OS PRESOS POLÍTICOS DA DITADURA DOS IRMÃOS CASTRO
COM OS BANDIDOS COMUNS ESQUECIDOS NO INTERIOR DO SISTEMA CARCERÁRIO DE SÃO
PAULO.
Eis o que declarou Lula: “Eu penso que a greve de fome não
pode ser utilizada como pretexto de direitos humanos PARA LIBERTAR PESSOAS. Imagina se todos os bandidos que estão presos em São Paulo
entrarem em greve de fome e pedirem liberdade. Temos que respeitar a
determinação da Justiça e do governo cubano de deter as pessoas em função da
legislação de Cuba, como quero que respeitem ao Brasil.”
Quer dizer: considerando-se os critérios de Lula,
condenado a 12 anos e um mês de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro, os
militantes que se dispõem a deixar de inserir alimentos por sua libertação
deveriam respeitar a “determinação da Justiça” brasileira. Sucede, porém,
o oposto.
Bem alimentado, Lula patrocina o surgimento de mais uma
excentricidade eleitoral. Depois da candidatura presidencial cenográfica de um
ficha-suja, depois da campanha presidencial por correspondência, Lula conduz
desde a cela especial de Curitiba um inusitado processo de terceirização de
greve de fome. - A manchete e a imagem não fazem parte do texto original -
PITACO DO BLOG CHUMBO GROSSO: - O SEBOSO É TÃO CANALHA
QUE, ATÉ PRA FAZER GREVE DE FOME COLOCA LARANJAS OU MORTADELAS. FORÇOSAMENTE, CLARO!!!
EM CUBA, TODOS ESTÃO FAZENDO GREVE DE FOME PARA LIBERTAR O FARSANTE BEATO DA
SEITA PETISTA. HÁ QUEM DIGA QUE, NA CORÉIA DO NORTE, TAMBÉM…
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