O ex-presidente Lula foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá. Apesar dos gastos exorbitantes com advogados renomados, incluindo um ex-presidente do Supremo Tribunal Federal em sua equipe de defesa, e dos 78 recursos referentes ao caso apresentados a todas as instâncias do país, Lula acabou condenado a uma pena de 12 anos e um mês de prisão em regime fechado.
O crime de lavagem de dinheiro é bastante comum e as autoridades do país estão bastante familiarizadas com os métodos utilizados pelos criminosos para ocultar operações financeiras por meio de laranjas. Lula foi condenado em um caso sofisticado de lavagem de dinheiro que envolvia o recebimento de vantagens indevidas de empreiteiras em troca de facilidade na obtenção de contratos superfaturados junto à Petrobras.
O principal cúmplice de Lula no caso do triplex do Guarujá, o ex-presidente da empreiteira OAS, Léo Pinheiro, também condenado pelos mesmos crimes no mesmo processo, confessou às autoridades que havia reservado o imóvel para o ex-presidente em contrapartida por vantagens para sua empresa. Amigo de Lula desde os anos 80 e cúmplice direto nos ilícitos neste processo, Pinheiro forneceu detalhes sobre a negociação envolvendo a reforma e a reserva do triplex para Lula.
Apesar da clareza com que os fatos foram esclarecidos, artistas, intelectuais e políticos brasileiros insistem em pedir que os crimes atribuídos à Lula sejam esquecidos e que o petista seja colocado em liberdade. Estes grupos manifestam sua contrariedade livremente contra a Justiça na imprensa, nas redes sociais e promovem até espetáculos públicos para pedir que Lula seja libertado.
Normalmente, quem pratica crimes de lavagem de dinheiro não registra imóveis e outros bens em seus nomes, justamente para tentar despistar as autoridades. Também não movimentam valores em suas contas, não emitem notas fiscais em seus nomes e costumam recorrer a artifícios bastante manjados para ocultar o recebimento de valores ou de vantagens indevidas. São crimes praticados há centenas de anos, de modo que as autoridades já possuem vasta experiência em rastrear e comprovar tais crimes, normalmente praticados por traficantes, bicheiros, sonegadores, ladrões de cargas, etc.
Ao que tudo indica, de acordo com as autoridades que investigaram, denunciaram, julgaram e condenaram Lula, não há nada de excepcional em seus crimes, exceto o fato de se tratar de um ex-presidente da República. A questão é que não há como defender a manutenção de um Estado Democráticos de Direito quando se tenta exigir tratamento diferenciado aos cidadãos perante a Lei, como tentam impor os apoiadores de Lula.
Além desta condenação, Lula ainda é réu em cinco ações penais e pode ser condenado novamente por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, organização criminosa, entre outras acusações graves. Exigir a liberdade de um criminoso condenado em segunda instância logo em sua primeira condenação é um gesto que pressupõe que os apoiadores de Lula também não aceitarão outras eventuais condenações que venham a recair sobre o petista num futuro próximo. Isto significa alçar o ex-presidente à uma condição de superioridade em relação aos demais cidadãos.
A Democracia permite que qualquer cidadão manifeste livremente sua liberdade de expressão. Na defesa de suas convicções e ideologias, alguns artistas e políticos não veem qualquer problema em contestar todo um sistema jurídico, o Código Penal, a Constituição, as autoridades constituídas, as instituições e até mesmo a maior parte da opinião pública pedir a liberdade de um criminoso condenado, como é o caso de Lula. Parece estranho, mas é isto. - Imprensa Viva -
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