O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) se tornou suspeito de ter favorecido a empreiteira OAS e es-presidente do Grupo, Léo Pinheiro, o ex-amigo de Lula que levou o ex-presidente para a cadeia no caso do triplex do Guarujá. Lindbergh foi alvo de uma manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. No documento obtido pelo O GLOBO com data de 1.º de junho, a PGR afirma ter encontrado indícios de que Lindbergh atuou em favor da OAS na discussão de uma Medida Provisória (MP) que tramitou no Congresso durante o governo da ex-presidente Dilma.
"Segundo as investigações, a suspeita é de que o petista tenha recebido cerca de R$ 700 mil, entre 2013 e 2014, para defender os interesses da empresa no Parlamento e para influenciar decisões de Dilma no Planalto", diz a publicação.
Ainda segundo O GLOBO, "A Polícia Federal detectou mensagens no celular do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro que mostram o agendamento de encontros para tratar do assunto com o senador petista, que presidia, na época, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Em 26 de maio de 2013, às 17h33, Léo Pinheiro enviou uma mensagem para Lindbergh: “Prezado Senador, na segunda vai lhe procurar o nosso diretor em Brasília, Roberto Zardi, para falar do tema que conversamos ontem: MP 600”. No mesmo dia, às 17h40, Lindbergh responde: “Grande Leo. Chego terça pela manhã. Eu estarei esperando. Abs”. Há mensagens com referências a outros encontros".
O petista passou a ser investigado diretamente pela Polícia Federal após as mudanças de entendimento sobre foro privilegiado. Segundo os investigadores do caso, há indícios de que a OAS repassou ao menos R$ 700 mil a Lindbergh via pagamentos de serviços de publicidade em caixa dois quando ele disputou o governo do Rio de Janeiro em 2014. "A suspeita é que os pagamentos foram uma contrapartida à possível ajuda do senador na MP. A delação do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, em fase de negociação com a PGR, pode dar novos elementos para alavancar o inquérito. A PGR solicitou mais 60 dias para a conclusão das investigações, mas o prazo ainda pode ser novamente prorrogado" diz a reportagem. - Fonte: Jornal O Globo -
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