segunda-feira, 30 de abril de 2012

Duas décadas de saudades do Zé...


AH, QUE SAUDADE ME DÁ!!!

Altamir Pinheiro

Passaram-se 20 anos e depois de sua morte jamais apareceu aqui, em Garanhuns, um homem do porte moral e de sua preocupação social, principalmente com os mais necessitados, os chamados “PÉS DE POEIRA”. Estamos tratando ou falando do IMORTAL  da Academia Política de Garanhuns que teve o seu maior patrono, JOSÉ CARDOSO DA SILVA que, lamentavelmente, no dia 30 de abril de 1992, deixava-nos órfãos e foi fazer política em outra galáxia e hoje está habitando no céu: praticando ou zelando pelo seu povo e toda essa massa humana da Cohab I,  Parque Fênix, Liberdade, Rua da Raposa, Rua da Taba, Rua da Bosta e demais periferias desta cidade que o adorava. Todos eles estão, também, gravitando em torno dele, em sua aura celestial. Cardoso costumava dizer que, “GOSTARIA DE VIVER EM UM MUNDO ONDE OS RICOS NÃO SEJAM TÃO RICOS A PONTO DE COMPRAR OS POBRES E OS POBRES NÃO TÃO POBRES A PONTO DE SE VENDEREM POR QUALQUER NINHARIA”. Se ele não conseguiu realizar seu sonho na terra, pelo menos tá bastante satisfeito lá em cima, sentado, ao lado direito do pai. Afinal de conta, nosso senhor ama os pobres, por isso fez tantos, por isso existe tantos... Entretanto, O que nos reconforta nesses tempos sombrios é a certeza de que através dessa imensa e imprescindível família Cardoso, apesar de sua simplicidade e modesta maneira de viver, sobrevive, valente e destemida, a mais sólida resistência democrática manifestada na bravura dos intrépidos combatentes da pura verdade, somente a verdade... Que o diga o Roberto Cardoso e seus irmãos; A baluarte Margarida Cardoso; Lúcio Cardoso e todos seus irmãos e irmãs e porque não dizer a prole dos netos, bisnetos e tataranetos que hão de vir por aí... De resto, após  vinte anos de sua viagem predestinada, como seu admirador, gostaria de deixar registrado nos anais da história política de Garanhuns que o negão Cardoso foi um político na verdadeira acepção da palavra de uma sensibilidade social espetacular, o humanismo dele ultrapassava qualquer limite do horizonte por longínquo que fosse. Zé Cardoso foi uma figura humana daquelas que todo mundo gostaria de tê-la como amigo. Portanto, repito: AH, QUE SAUDADE DO ZÉ!!! MAS, FAZER O QUÊ?!?!?! C’EST LA VIE (ASSIM É A VIDA)...



sexta-feira, 27 de abril de 2012

HOSPITAL DOM MOURA SERÁ USADO COMO TRAMPOLIM PELOS POLITIQUEIROS DE SÃO JOÃO(HUGO LEONARDO), CAETÉS(ZÉ DA LUZ) E LAJEDO(TONHO DOURADO)



TENHA MEDO DO QUE O GOVERNADOR E A DIREÇÃO DO DOM MOURA  PODEM FAZER COM QUALQUER UM DE NÓS. PARA ELES  GOVERNAR GARANHUNS É SATISFAZER NECESSIDADES FISIOLÓGICAS...

ESSA INSISTÊNCIA DO GOVERNADOR COM RELAÇÃO À IMPOSIÇÃO DOS SEUS CANDIDATOS A PREFEITO DE GARANHUNS QUE DEVEM SER    OS CASCATEIROS DE LAJEDO OU CAETÉS, E A DEDICAÇÃO AGORA VOLTADA PARA A ESCALAÇÃO DA TROPA DE CHOQUE  QUE VAI ESTABELECER O ANDAR DA CARROÇA E ACOMODAR AS MELANCIAS, NÃO TEM NADA DE POLÍTICO É PURO INSTINTO DE SAFADEZA.

Altamir Pinheiro

A saúde virou bandeira política e eleitoreira nas diversas cidades de Pernambuco, em especial  na de  Garanhuns em razão de fazer parte  ou comandar o principal hospital da região  uma tropa de comunistas de araque que faz do hospital um balcão  de negócios  tendo como sua moeda principal o voto de cabresto. Lá, a mando do seu amo, se demite pais e mães de família sem precisar trocar de roupa desde que seja cupinchas seus e rezem em suas cartilhas através do voto. Para se ter uma ideia, na eleição municipal de 2008, foram colocados pra fora daquele hospital 57 funcionários terceirizados e substituídos por eleitores de São João e Caetés para votarem nos imprestáveis Hugo Leonardo e Zé da Luz. A picaretagem é tamanha, que há um conluio entre a direção do hospital, o pau mandado diretor da V GERES e a empresa empregadora. Esses filhos da puta, sem ter a menor compaixão aqueles funcionários que prestam seus respectivos serviços, sem ter nem pra quê, demite esse pessoal e coloca os deles sem pestanejar e sem a mínima contemplação. Sequer, passa por suas cabeças, o temor de um funcionário daqueles, em estado de desespero, ameaçá-los com um tiro de doze na “CAIXA DOS PEITO”. Ah, eles não tão nem aí!!! A peaozada que se phoda!!! Que procurem os seus direitos e vá chorar as suas angústia do abandono e desemprego!!! Porém, só nos resta o desabafo:  Ah, Lampião vivo...  E o perverso do Corisco também... 

quinta-feira, 26 de abril de 2012

AMBIENTE DE TRABALHO DO HOSPITAL DOM MOURA TORNOU-SE NUM ANTRO DE VIADAGEM E UM COVIL DE VADIOS...


LÁ, TEM MAIS CHUPÃO DE PÊNIS E PUNHETEIROS POR METRO QUADRADO DO QUE MÉDICOS PLANTONISTAS


JÁ DIZ A SABEDORIA POPULAR QUE, AS MULHERES PRECISAM DE UMA RAZÃO PRA FAZER SEXO, OS HOMENS APENAS DE UM LUGAR. COMO AFIRMA O JORNALISTA JOSÉ SIMÃO: “MASTURBAÇÃO É FAZER JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS”...

Altamir Pinheiro

Fazendo uma viagem ao mundo da MASTURBAÇÃO, ela  tem sido historicamente envolvida em muitos mitos sobre seus danos e sua natureza pecaminosa. A imagem negativa é antiga e comum a muitos povos em diferentes épocas.  A noção de coisa vergonhosa e suja implicada pela palavra denominada de “PUNHETA”  e, segundo os médicos não causa nenhum dano físico ao PUNHETEIRO CONTUMAZ a não ser alguns pequenos transtornos mentais. Não é à toa que PUNHETA demais prejudica a memória e outra coisa que não lembro agora... Ao contrário da opinião antiga e popular, bater punheta não conduz ao desembestamento da luxúria ou a sensualidade desenfreada, não  faz ninguém ficar cego ou surdo, não dá resfriado, não torna ninguém louco, não faz crescer  cabelo em sua mão, não faz ninguém ficar gago, nem o mata. Que o diga uma turma do Hospital Dom Moura de Garanhuns quer se reúne no escurinho de um ambulatório qualquer e eles fazem suruba uns nos outros e a putaria come no centro em plena luz do dia e a direção daquele hospital não tá nem aí... A filosofia dessa turma de punheteiros é que o  sexo é como um jogo de cartas: se você não tiver um bom parceiro, é bom ter uma boa mão e, evidentemente, ter amor a fotografia. Aliás, punheteiro que se preza adora a revista PLAYBOY, e parece que aquela gente do Dom Moura não é diferente e a coisa está tão escancarada que já extrapolou as quatro paredes e tornou-se de domínio público as safadezas que essa viadagem pratica naquele ambiente de trabalho. Mesmo assim, vai um recado aqui do CHUMBO: Uni-vos punheteiros e punheteiras do Dom Moura. Afinal, Faz bem para o corpo, alivia a tensão e, de quebra, dá um soninho gostoso depois...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

EMÍLIA VAI SER EXPULSA DO DOM MOURA E MARLOS VAI DEIXAR DE MAMAR NAS TETINHAS DO GOVERNO...



DIRETORA DO HOSPITAL DOM MOURA TÁ COMENDO MEDIDO E O DINHEIRO JÁ NÃO  CAI MAIS NA MÃO DELA COMO ANTES E SIM NUMA CONTA ESPECIAL DO BANCO...


QUEM DIRIA?!?!?! UM CASAL DE COMUNISTAS(DE ARAQUE) QUE VIAJOU ALGUMAS VEZES A CUBA, HOJE, ENJOU DA CATERVA E DOS CUPINCHAS DE FIDEL E O “HOBBI” PREFERIDO DESSA DUPLA É OROPA, FRANÇA E BAÍA!!! O QUE NÃO FAZ O DINHEIRO PÚBLICO, HÉIN GENTE!!! O QUE NÃO FAZ CARGOS PÚBLICOS AONDE SE ENTRA PELA JANELA, ATRAVÉS DO BABAOVISMO, PELEGUISMO E PUXASAQUISMO E NÃO PELO DEMOCRÁTICO CONCURSO PÚBLICO...

Altamir Pinheiro,

OI DE GATO quer vê a peste na frente dele, menos a Diretora do Hospital Regional Dom Moura de Garanhuns em razão da trairagem que o casal PIOLHO & LÊNDEA praticou diante de suas barbas. Esse casal de comunistas, que há muito tempo vive na sombra e água fresca, comendo às custas da família Arraes pregou um susto da gota serena  no seu amo DUDU e por baixo dos panos se recusa ao apoio voluntário ou forçoso ao intragável de Lajedo, um tal de TONHO JOÃO DOURADO que é metido a ser candidato a prefeito pela cidade de Garanhuns. No entanto, a verdade é outra,  ou seja, o buraco é mais embaixo:  Pelos corredores da Rádio Chumbo Grosso e pelas ondas tropicais e frequências moduladas das boas fontes que fora captadas a mensagem da nova filosofia de trabalho da Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco é que toda grana que sai de lá, vai para as contas específicas do Banco do Brasil  e do Bradesco e a direção do hospital é obrigada a prestar conta TINTIN por TINTIN da mixaria que entre e sai nas despesa daquela casa regional de saúde. Talvez, quem sabe, não esteja aí, sendo colocada em prática a intenção de NÃO mais haver aquele esquema de superfaturamento de telhados e calçadas que já foi vivenciado naquele hospital. Antes, todo dinheiro que chegava ali, ficava na mão da diretora e do sobrinho de Marlos Duarte que é o filho do excelente jornalista de Bom Conselho de Papacaça, Clério Duarte. Revoltada com essa atitude, a diretora tentou reverter o quadro, porém, a secretaria não abriu mão e eles tão vivendo a pão e água e como rebeldia, depois de sete meses, usando da chantagem explícita o casal PIOLHO & LÊNDEA está anunciado aos quatro cantos do mundo que não apoia mais o falastrão de Lajedo. Entrementes, nesse meio tempo, cessaram por completo as viagens as Zoropa, França e Baía e, consequentemente, os presentes da parentada toda foram pro  beleléu. É no que dá confiar em comunistas... Para quem não sabe, existem duas classes de gente no Brasil que não merece o mínimo de confiança, são elas: PETISTAS e SOCIALISTAS, com raríssima exceção e põe raríssima nisso: Normalmente, essa casta de gente  sofre de uma doença degenerativa crônica que destrói os parâmetros morais, éticos e comportamentais que é a trairagem que vem de berço. Pra esse povo, só vale a corja deles, os outros que se phodam...

domingo, 22 de abril de 2012

DILMA!!! DILMA!!! LEVANTA ESSA TUA BUNDA DO ESTOFADO E SE LIGA NO CACHOEIRA, DILMA!!!


ISTO É CACHOEIRA.


TAÍ, UMA REDE CRIMINOSA QUE CORROMPE O PAÍS E COMO O BICHEIRO MONTOU UM VERDADEIRO IMPÉRIO EMPRESARIAL PARA DESVIAR VERBAS, FRAUDAR LICITAÇÕES, LAVAR DINHEIRO E SE INFILTRAR NO PODER PÚBLICO. ESSE BILIONÁRIO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO FUNCIONA HÁ 16 ANOS E SE ESPALHA POR TODO O BRASIL

Claudio Dantas Sequeira

Na semana passada, ISTOÉ obteve a íntegra do inquérito da Operação Monte Carlo, que resultou na prisão do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. São quase 15 mil páginas, reunidas em 40 volumes e duas dezenas de apensos, além de 11 mil horas de gravações. Na análise do processo, do qual apenas alguns trechos eram conhecidos até então, a Polícia Federal não só traz à tona as relações promíscuas do esquema do bicheiro com autoridades nos três níveis de poder como esmiúça um império de empresas criadas com a finalidade de corromper em todo o País, desviar verbas, fraudar licitações e lavar o dinheiro ilegal. O levantamento também deixa claro que o grupo de Cachoeira vem agindo há pelo menos 16 anos e foi capaz de ultrapassar diversos governos e tonalidades partidárias. "AQUI COME TODO MUNDO, CARA. SE NÃO PAGAR PRA TODO MUNDO NÃO FUNCIONA. EU TÔ NISSO HÁ 16 ANOS!", sintetiza Lenine Araújo de Souza, o braço direito de Cachoeira, em diálogo gravado pela Polícia Federal. A descentralização dos negócios e o uso extensivo de laranjas deram capilaridade nacional à atuação de Cachoeira. Embora o bicheiro mantenha o controle das empresas por meio de um núcleo formado por parentes e amigos próximos, a PF identificou pelo menos 149 pessoas que em algum momento estiveram ou ainda estão associadas à quadrilha. Normalmente, a máfia de Cachoeira participa de licitações que já consideram ganhas, à base, é claro, de pagamentos de propina para autoridades e servidores estratégicos. A análise desse império de dimensões bilionárias indica que Cachoeira, nos últimos anos, usou especialmente empresas ligadas à área de medicamentos para se aproximar de governos em, no mínimo, nove Estados. O objetivo do empresário-bicheiro era abocanhar uma bilionária fatia da verba pública destinada à compra de medicamentos genéricos. Para isso, criou o laboratório Vitapan, com sede em Anápolis (GO), que rapidamente se tornou um dos principais fornecedores nacionais de genéricos. O laboratório foi uma espécie de cartão de visitas de Cachoeira para se infiltrar em governos estaduais e municipais. Hoje, a empresa está avaliada em R$ 100 milhões, tem convênios até com a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e está associada a outros grandes do setor, como a Neo Química e o laboratório Teuto Brasileiro. A Neo Química está hoje nas mãos do grupo Hypermarcas do empresário Marcelo Henrique Limírio, sócio de Cachoeira no Instituto de Ciências Farmacêuticas (ICF), que produz testes laboratoriais e faturou R$ 10 milhões em 2010, segundo a PF. Limírio também é sócio do senador Demóstenes Torres no Instituto de Nova Educação, faculdade criada em Contagem, e doou R$ 2,2 milhões para as campanhas de Demóstenes e do governador de Goiás, Marconi Perillo. Ao longo dos últimos 16 anos, Cachoeira aprimorou e diversificou esse esquema. Mas, no início de suas atividades, ele usava empresas de gestão de loterias, seu core business, para fazer a aproximação com o poder público. Com a empresa Capital Bet, ele venceu sozinho a concorrência para a distribuição de bilhetes de loterias no Rio Grande do Sul, em 2001, na gestão Olívio Dutra. Com a Gerplan, que controlava a loteria em Goiás, entrou no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. O modus operandi incluía fraudes nos prêmios das loterias e suborno de autoridades, como foi revelado no ESCÂNDALO WALDOMIRO DINIZ, QUE DESEMBOCARIA NA CPI DOS BINGOS. Hoje as organizações de Cachoeira possuem tentáculos que vão muito além da loteria e do jogo do bicho. Entre os negócios com fachada legal mais lucrativos de Cachoeira, está a construção civil. Até aqui desconhecida do mercado, a Mapa Construtora firmou contratos com prefeituras do Ceará e de São Paulo. Na capital paulista, a empreiteira é a responsável pela construção do edifício que vai abrigar o arquivo geral da USP – contrato de R$ 2,1 milhões. Na cidade cearense de Vartoja, firmou convênios de R$ 1,8 milhão para a construção de uma escola infantil e uma quadra esportiva, que ainda não saíram do papel. Outra empresa do grupo do bicheiro, a Trade Construtora, obteve contrato de obras públicas em Anápolis, na atual gestão do petista Antônio Gomide. A Trade foi condenada pela Controladoria do Estado a devolver R$ 360 mil por irregularidades. Esses contratos, no entanto, representam uma pequena parcela do lucro de Cachoeira no setor. A partir de rastreamentos bancários feitos pela PF, sabe-se agora que boa parte dos recursos públicos que irrigaram o esquema do bicheiro saiu de contratos da CONSTRUTORA DELTA, líder de repasses do governo na área do Ministério dos Transportes. Segundo a PF, Cachoeira seria "SÓCIO OCULTO" da Delta, articulando negócios conjuntos com a empreiteira, discutindo planilhas de obras, compartilhando funcionários e, inclusive, despachando da própria sede da empresa. Um dos diálogos interceptados pela PF mostra como Cachoeira e a Delta fizeram um consórcio para a compra da empresa Ideal Segurança, responsável pela segurança de aterros sanitários controlados pela Delta, por R$ 199 milhões. Em outro grampo revelador, até agora inédito, descobre-se que o ex-diretor do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Luiz Antônio Pagot foi monitorado clandestinamente por pelo menos dois anos. "TEM MAIS DE UM ANO QUE O TAL DO PAGOT TÁ NO GRAMPO, ENTENDEU?", conta o espião Dadá ao bicheiro, em 11 de julho de 2011. Questionado por ISTOÉ, Pagot confirmou que, quando estava no comando do Dnit, foi informado por um delegado amigo sobre a existência de grampos no gabinete em Brasília e em seu escritório em Cuiabá (MT). A deflagração da Operação Monte Carlo indica que Cachoeira trabalhou pela demissão de Pagot e da cúpula do Ministério dos Transportes. Agora, suspeita-se que a Delta pode ter tido acesso a informações privilegiadas de dentro do Dnit, responsável pelas maiores obras da empreiteira. Sócio ou não da Delta, está cada vez mais claro que a empreiteira fazia a ponte com outras empresas do grupo de Cachoeira para facilitar o toma lá dá cá com o mundo político. A Delta também tem contratos em Anápolis, que abrangem obras rodoviárias e coleta de lixo. Nos contratos das duas empresas a PF vê o dedo do DEPUTADO FEDERAL RUBENS OTONI (PT), flagrado em vídeo negociando com Carlinhos doação de R$ 100 mil para o caixa 2 de sua campanha eleitoral. Otoni, aliás, está na lista da PF de beneficiários do jogo do bicho. Foi denunciado que o senador Demóstenes Torres recebia 30% do faturamento da jogatina comandada por Cachoeira. Só que esse montante, na verdade, era repartido entre os deputados LERÉIA (PSDB), JOVAIR ARANTES (DEM) E O PRÓPRIO RUBENS OTONI, segundo as investigações. O caso mais flagrante, talvez, seja o repasse de R$ 26,2 milhões feito pela Delta à empreiteira Alberto e Pantoja Construções. Sem negócios reais e funcionando num endereço fictício, a empresa destinou R$ 17,8 milhões às companhias Midway Int. Labs. e Rio Vermelho Dist., que injetaram capital na campanha do DEPUTADO FEDERAL SANDES JÚNIOR (PP-GO), DO EX-SENADOR LEOMAR QUINTANILHA (PMDB-TO), DO GOVERNADOR MARCONI PERILLO (PSDB-GO) E DA VEREADORA MIRIAM GARCIA (PSDB-GO). TAMBÉM FORAM BENEFICIADOS POLÍTICOS DO DISTRITO FEDERAL, DE PERNAMBUCO E SÃO PAULO. Já a Emprodata Administração de Imóveis, também uma empresa de fachada, repassou ao menos R$ 100 mil à Asfalto Brasília Ltda., que injetou R$ 175 mil na campanha da DEPUTADA JAQUELINE RORIZ (PMN). Outra empresa do esquema, a MZ Construções efetuou depósitos de R$ 520 mil na conta da Negocial Fomento Mercantil, que doou R$ 20 mil para a campanha do DEPUTADO FEDERAL AUGUSTO COUTINHO (DEM-PE). A gráfica Laser Press, também usada pela quadrilha, foi doadora da campanha do deputado Edson Aparecido (PSDB-SP). O argumento usado pela Delta é de que tais repasses não têm relação com as campanhas políticas, são apenas pagamentos a alguns dos milhares de fornecedores da empresa. Faria sentido, não fosse a proximidade de Carlinhos com a empreiteira. Por fim, o levantamento da Operação Monte Carlo também indica que Cachoeira passou a investir em imóveis rurais para a criação de gado, recurso usado como meio para a lavagem e evasão de capitais. Seu patrimônio inclui ao menos 31 imóveis, incluída aí uma fazenda de gado nelore. Cachoeira também vinha fazendo investimentos pesados em empreendimentos imobiliários, turísticos e até na implantação de cidades. A preferência é por áreas ainda não regularizadas, pelas quais ele poderia subornar autoridades e servidores para conseguir a regularização e depois revender o imóvel com uma valorização exponencial. Um dos maiores negócios na mira de Cachoeira é uma fazenda de dez milhões de metros quadrados no Distrito Federal. A área está sendo cogitada a abrigar uma extensão da cidade-satélite de Vicente Pires. Num diálogo interceptado pela PF, Gleyb Ferreira, gerente do esquema Cachoeira, trata da negociação com um grupo de São Paulo de metade da fazenda, avaliada em R$ 1,07 bilhão e cuja regularização será acertada com a Terracap na base da propina. Outra parcela estaria sendo negociada com o grupo Brookfield, que, segundo suspeita a PF, teria o ex-governador José Roberto Arruda como representante informal no DF. "SE O PESSOAL DA BROOKFIELD TAMBÉM ABRIR AS PERNAS E COMEÇAR COM MUITO ROLO, EU PASSO PARA SÃO PAULO", diz Gleyb.