sexta-feira, 31 de julho de 2020

DANÇA COM LOBOS: DO SUBLIME AO ESPETACULAR



Por Altamir Pinheiro

A película cinematográfica Dança com Lobos é do ano de 1990  dirigido por Kevin Costner e seu artista principal também é Kevin Costner que na época estava com 35 anos de idade.  A virtude maior de Costner como diretor foi ter realizado um filme sincero e cativante  apesar dos aspectos que poderiam comprometê-lo. Esse filme  rendeu quase 200 milhões de dólares nos Estados Unidos e um total de meio bilhão  de dólares no mundo todo, isto apenas por ocasião de seu LANÇAMENTO nos cinemas. É, até hoje, o faroeste de maior bilheteria de todos os tempos, bem como o mais premiado, arrebatando sete prêmios Oscar e uma vasta lista de premiações no mundo inteiro. Filme com uma fotografia exuberante que arrebatou prêmios em muitos países e pode-se dizer que animou Clint Eastwood a voltar ao gênero com “Os Imperdoáveis”, que também foi premiado com o Oscar de Melhor Filme em 1992.

O especialista em cinema faroeste, o cinéfilo paulista Darci Fonseca, nos faz um diagnóstico muito preciso desse venerado  filme e um dos aspectos apaixonante em o telespectador assisti-lo é presenciar como o enredo trata os índios com dignidade, ao contrário do que era costume em Hollywood. Vamos ao que tem a dizer o cinéfilo: fazer um filme apenas bonito não é tarefa difícil num tempo em que o cinema ganhou contornos do artificialismo dos comerciais de propaganda. Incutir, no entanto, à história a exata dose de lírica melancolia sem cair na armadilha da pieguice é o desafio que cineastas encontram e poucas vezes superam de forma tão bem sucedida quanto se vê em “Dança com Lobos” quando narra o descobrimento da vida na fronteira. Solitário, os momentos em que o personagem Dunbar(Kevin Costner) se diverte com suas únicas companhias, o cavalo Cisco e o reticente lobo “Duas Meias”  que o visita, evocam a pureza ainda não maculada pela maldade humana.

A partir do momento   do lançamento do filme, de repente, não mais que de repente, Kevin Costner virou um astro da noite para o dia. Em sua sinopse  ele vive o personagem John Dunbar, um tenente da União, condecorado por bravura durante a Guerra de Secessão, mandado para um forte isolado na fronteira selvagem de Sioux. Dunbar (Costner) enfrenta uma série de perigos e trava contatos com uma tribo indígena que inicialmente parece hostilizá-lo. Acompanhado de seu cavalo Cisco e de um lobo com quem faz amizade, passa a ser chamado de "Dança com Lobos", pelos peles vermelhas. A convivência com os nativos faz com que o oficial ganhe respeito da tribo, principalmente depois de uma empolgante caçada de búfalos. Mas logo a cavalaria aponta no horizonte e Dunbar precisa enfrentar o maior dilema de sua vida. Em que pese suas 3 horas de duração, vale apena assisti-lo por ser um filme fascinante.

Vai aqui uma provocação ao leitor desta coluna: qual o mais premiado western do cinema? DANÇA COM LOBOS ou  OS IMPERDOÁVEIS?!?!?  Produzidos em anos muito próximos, tanto um quanto o outro, respectivamente 1990 e 1992, esses dois faroestes juntos ganharam uma penca de prêmios Oscar como jamais o gênero western imaginou receber. Foram onze, no total, sete para o filme de Kevin Costner em doze indicações; e quatro para o de Clint Eastwood em nove nominações. Quem chegou mais próximo desses números foi Butch Cassidy, em 1969, que conquistou quatro Oscars tendo sido indicado para sete categorias. Porém Dança com Lobos e Os Imperdoáveis venceram em categorias consideradas mais importantes, como as de Melhor Filme e Melhor Diretor, tendo ainda Os Imperdoáveis  propiciado a Gene Hackman o de Melhor Ator Coadjuvante. 

Pessoalmente confesso que, esse é o tipo de Western que não me agrada muito, mas nem por isso acho o filme ruim, em hipótese alguma, pois é  TOP  DE LINHA.  Na verdade, ele é mais drama do que um faroeste propriamente dito. Kevin Costner protagoniza e dirige com maestria e que ainda acompanha uma  bela fotografia e trilha sonora com linda ciranda em torno dos lobos.  Não é à toa que foi  ganhador de sete Oscar como  melhor filme, direção, roteiro adaptado, fotografia, montagem, som e trilha sonora.  São  três horas de projeção muito bem distribuídas em excelentes diálogos e cenas de ação de tirar o fôlego. A paisagem do filme é maravilhosa, a relação de amizade no filme é marcante. A parte em que Kevin Costner é capturado pelo exército e incorpora o espirito indígena é simplesmente impressionante. é um filme que deixa bem explícito o burro imperialismo americano, que destruiu culturas indígenas milenares. Na íntegra percebe-se que a intenção do diretor é retratar verdadeiramente os peles vermelhas.  Sem sombra de dúvida  é um baita filme que se tornou um marco do cinema.



quarta-feira, 29 de julho de 2020

MORRE AOS 104 NOS, OLIVIA DE HAVILLAND, ESTRELA DE “...E O VENTO LEVOU”


Olivia de Havilland – Wikipédia, a enciclopédia livre

Por Altamir Pinheiro

A brilhante e talentosa atriz Olivia de Havilland, estrela de "... E o Vento Levou" e uma das últimas sobreviventes da era de ouro de Hollywood, morreu na noite de domingo dia 26 de julho de 2020 aos 104 anos. A atriz morreu de causas naturais enquanto dormia. De Havilland venceu dois Oscar em sua carreira, por "Só Resta Uma Lágrima" (1946) e "Tarde Demais" (1949). Foi indicada outras três vezes, por "... E o Vento Levou" (1939), "A Porta de Ouro" (1941) e "Na Cova da Serpente" (1948). Olivia de Havilland como Melanie em  “... E o Vento Levou”. Famosos usaram as redes sociais para lamentar e prestar homenagens à atriz, ícone da era de ouro do cinema. Entre eles, o ator Antonio Banderas: "Olivia de Havilland, um grande ícone da cinematografia, faleceu. Descanse em paz."... 


No filme E O Vento Levou não se deve confundir os papéis da protagonista   Vivien Leigh que tinha como  personagem  Scarlett O'Hara com Olivia de Havilland  que representava a personagem  de Melanie Hamilton. O cinéfilo Paulo Telles nos faz uma brilhante observação quando diz que   “Não foi só de canduras que viveu esta grande atriz dentro e fora das telas. Ela se impôs como mulher e artista, desafiando o sistema hollywoodiano de estúdios e com isso, conquistando o respeito de seus amigos e colegas de profissão (entre os quais, se destaca Bette Davis”.  Ela foi premiada pela Academia em duas ocasiões. Dame Olivia Mary de Havilland é uma atriz britânico-américo-francesa NASCIDA NO JAPÃO, hoje, radicada na França e tendo como seu esporte predileto o ciclismo que pratica diariamente no vigor dos seus 103 anos. 

Um dos maiores estudiosos do cinema, o brasileiro e natalense Antonio Nahud, é um profundo conhecedor da história pessoal de Olívia de Havilland( nascida no Japão e hoje com 103 anos de idade) & Joan Fontaine(também nascida em Tóquio, Japão, e falecida em 2013 aos 96 anos de idade). O cinéfilo Nahud nos conta que,  AS DUAS ATRIZES IRMÃS ERAM INIMIGAS FIGADAL e jamais se conciliaram em vida mesmo vivendo no estrelato em seus longínquos anos.  Essas duas atrizes como Havilland, em contraste com sua imagem pública comportada e boazinha, sempre teve um temperamento inflexível e brigão. Fontaine, insossa e sofisticada, em cena parece estar repetindo o mesmo personagem de inúmeros outros filmes que fez: a vítima apaixonada, frágil e desorientada, mas sempre foram duas excelentes atrizes. 

Através do livro de Charles Higham e os escritos de Antonio Nahud podemos conhecer os “puxavancos” de cabelos que rolavam entre as irmãs inimigas. Elas sempre tiveram uma relação difícil, começando na infância, quando Olivia teria rasgado uma roupa de Joan, forçando-a a costurá-la novamente. A rivalidade e o ressentimento resultam também da percepção de Joan em relação ao fato de Olivia ser a filha favorita da mãe delas, a atriz Lillian Augusta Ruse. JOAN FONTAINE, certa vez, declarou: “Lamento, mas não me lembro de um ato de bondade de minha irmã durante toda a minha infância. Em 1933, quando ela tinha 17 anos, jogou-me na laje da piscina e pulou em cima de mim, fraturando a minha clavícula”. Segundo o biógrafo Higham, OLIVIA DE HAVILLAND nunca conseguiu dividir a atenção maternal com a irmã mais nova, além disso ela se via como “a mais bonita e a mais talentosa”, chegando a fazer um testamento, em uma de suas brincadeiras de criança, deixando toda a sua beleza para a sua irmã, “que nada possui”. Nos estudos, no entanto, era Joan quem se destacava. 

Ambas vencedoras do Oscar, com estrelas na Calçada da Fama de Hollywood e aclamadas por seus papéis em filmes maravilhosos dos anos 30, 40 e 50, OLIVIA DE HAVILLAND foi a primeira a se tornar atriz, estreando na comédia “Esfarrapando Desculpas em  1935. Enquanto sua carreira decolava, através de clássicos de aventuras ao lado de Errol Flynn (com quem fez oito filmes), como “Capitão Blood, “A Carga da Brigada Ligeira de  1936 e “As Aventuras de Robin Hood 1938, JOAN FONTAINE  desenvolvia um “complexo de Cinderela” e se via como coitadinha. Para piorar as coisas, sua mãe exigiu que mudasse seu sobrenome para Fontaine, evitando uma possível associação com Olivia, e proibiu-a de aceitar um interessante contrato com a Warner Bros., “porque era o estúdio de sua irmã”.

Em 1942, elas foram nomeadas para o Oscar de Melhor Atriz. Joan indicada pela atuação em “SUSPEITA”, de Alfred Hitchcock, e Olivia por “A Porta de Ouro. Joan acabou levando a estatueta. O biógrafo Charles Higham descreveu os eventos da cerimônia de premiação, afirmando que Joan avançou empolgada para receber seu prêmio, rejeitando as tentativas da irmã cumprimentá-la. Olivia acabou se ofendendo com essa atitude. Depois, Joan declararia: “Quando foi anunciado o meu nome como vitoriosa, percebi que Olivia teve vontade de dar um salto e me agarrar pelos cabelos”. Anos mais tarde, em 1947, seria a vez de Olivia ganhar o Oscar, pela atuação no melodrama “SÓ RESTA UMA LÁGRIMA”.

A relação entre as irmãs continuou a deteriorar-se após os incidentes na cerimônia do Oscar. Em 1975, aconteceria algo que faria com que elas deixassem de se falar definitivamente: segundo Joan, Olivia não a convidou para um ritual religioso em homenagem a mãe delas recentemente falecida. Mais tarde, Olivia afirmou que tentou comunicar Joan, mas ela se encontrava muito ocupada para atendê-la. Charles Higham também diz que Joan tem uma convivência distante com suas próprias filhas, talvez porque tenha descoberto que elas sempre mantiveram uma amizade secreta com a tia Olivia. Até pouco antes de JOAN morrer  as irmãs se recusavam a falar publicamente sobre sua delicada situação, apesar de JOAN FONTAINE ter comentado em entrevista que muitos boatos a respeito delas surgiram dos “cães de publicidade” do estúdio. 

Ocasionalmente, uma rara trégua acontece entre elas. Em 1961, passaram o Natal juntas no apartamento de Joan, em Nova York, mas a noite terminou em briga. Oito anos depois, Joan recebeu um pedido de ajuda de OLIVIA DE HAVILLAND, então adoentada e em dificuldades financeiras. “Deixei um gordo cheque”, lembra Joan. Mas os ressentimentos e a mesquinha antipatia continuaram. Quando a mãe morreu de câncer, deixou sua herança para os filhos de Olivia e nada para as filhas (uma delas, adotiva) de Joan. Vingativa, Joan lançou em 1978 a autobiografia “No Bed of Roses” (Nenhum Mar de Rosas), que segundo um dos seus ex-maridos – William Dozier – não contém nenhuma verdade, fazendo um retrato cruel da irmã, inclusive descrevendo-a como venenosa. 

O interessante é que, ao  falarem da Olivia de Havilland pelo seu papel em E o vento levou, pois o principal papel não era dela, mas de Vivien Leigh, que ganhou o Oscar de melhor atriz. Além disso, seu desempenho como Melanie em E o vento levou, apesar de ótimo, e isso lhe rendeu a indicação ao Oscar de melhor atriz coadjuvante (que ela perdeu com justiça para outra atriz de E o vento levou, HATTIE MAC DANIEL, que fez a Mammy, e foi a primeira afro-americana a vencer o Oscar), não foi o melhor de sua carreira. Quem nunca viu Tarde demais (The heiress), de 1949, dirigido por William Wyler, que lhe deu seu segundo Oscar de melhor atriz, veja. Trabalho maravilhoso de Olivia, como uma moça solteirona, de poucos atrativos e talentos, rejeitada pelo pai e enganada e abandonada pelo namorado. O último ato da carreira da atriz foi na TV, vencendo um Emmy e um Globo de Ouro pela minissérie "Anastácia: O Mistério de Ana" (1986). Seguiu atuando até 1988, se afastando então dos holofotes para viver em Paris, na França. No país europeu, era uma figura adorada, sendo premiada com a Legião de Honra em 2010. "Você honra a França por nos escolher como sua morada", disse o presidente Nicolas Sarkozy na cerimônia de premiação. 

https://globoplay.globo.com/v/8728202/


O BUNDA SUJA BOLSONARO CONTINUA CRIANDO CASO E BOTANDO BANCA. DESTNO: IMPEACHMENT...

2017: Bolsonaro rebate Veja sobre ser chamado de "bunda suja"

Carlos Newton

Para um homem com a personalidade de Jair Messias Bolsonaro, especialmente na posição de presidente da República, é muito difícil ficar em quarentena médica ou política, até porque ele se julga responsável por tudo, a ponto de dizer, dia 20 de abril: “Eu sou a Constituição”.

Apresentou-se assim ao respeitável público, como nova versão do rei francês Luiz 14, que morreu em 1715, a quem se atribui a célebre frase “O Estado sou Eu”.

APÓS O FORTE APACHE – A despropositada frase constitucional foi dita após Bolsonaro criticar duramente o Supremo e o Congresso, no dia seguinte à mais provocativa das manifestações já realizadas por seus admiradores, diante do famoso Forte Apache, o quartel-general do Exército Brasileiro.

 Nesta altura do campeonato, em meio a fricotes e faniquitos. Bolsonaro, os três filhos e seus áulicos previam abertamente que haveria um golpe militar para fechar Supremo e Congresso e dar ao presidente poderes inconstitucionais e arbitrários.

Mas os comandantes da Forças Armadas (leia-se o general Eduardo Pujol) tiveram o bom senso necessário para dizer não ao aprendiz de ditador e lhe impuseram um sigilo estratégico, que Bolsonaro vem cumprindo desde então, recolhido a uma quarentena política.

BOLSONARO ZEN – De lá para cá, o presidente fez lembrar dois líderes políticos que já se foram – Antonio Carlos Magalhães, o ACM Ternura, que faz tempo passou dessa para a melhor, e o Lula Paz e Amor, ainda entre nós, mas politicamente sepultado pela Lei da Ficha Limpa, sancionada por ele mesmo em 2010.

Assim, no final do mês passado, atendendo a insistentes pedidos superiores, o verborrágico Bolsonaro se recolheu à sua insignificância e se transformou num túmulo. Coincidentemente, logo a seguir pegou a covid-19, teve de ficar também em quarentena médica, e o país respirou aliviado. O presidente passou a ser uma ausência que preenchia uma lacuna, como se dizia antigamente

De repente, a surpresa: Bolsonaro não resistiu e decidiu comprar nova briga com o STF, ao determinar que o ministro da Advocacia-Geral da União ingressasse com Ação de Inconstitucionalidade contra um ato do ministro Alexandre de Moraes, que é respaldado por dez dos onze integrantes da Suprema Corte.

terça-feira, 28 de julho de 2020

CENTRÃO ESTÁ NADANDO DE BRAÇADA NO TOMA LÁ DÁ CÁ:O BUNDA SUJA BOLSONARO LIBEROU 440 RÁDIOS COMUNITÁRIAS PARA ESSA GANGUE DO CONGRESSO

Decepcionados, bolsonaristas negam negociações com o Centrão ...

Felipe Frazão e Vinícius Valfré

O presidente Jair Bolsonaro bateu o recorde de liberações de rádios comunitárias nesta década. Entre março e abril, ele enviou ao Congresso autorizações para o funcionamento de 440 estações comunitárias nos rincões e periferias do País, parte delas renovação de emissoras que já estão no ar. A quantidade supera as 302 outorgas do governo Dilma Rousseff, em 2013. Muitos dos canais liberados pelo atual governo têm indícios de atividades políticas.

O Estadão identificou entre os representantes formais dessas rádios pessoas que são ou foram filiadas a partidos e já concorreram ou se elegeram para cargos de vereador e prefeito por legendas do Centrão, como Republicanos, Progressistas, PSD e PL. Há também dirigentes dessas rádios em siglas menores, entre as quais o PSC, o PROS e o Patriota.

POLÍTICA EM PAUTA – A política faz parte do cotidiano das emissoras. No último dia 14, ouvintes da Rádio Top FM, em Catalão, Goiás, foram surpreendidos com uma discussão ao vivo. Ao saber que o adversário e ex-prefeito Jardel Sebba (PSDB) daria entrevista, o vereador Rodrigão (SD) invadiu o estúdio. O locutor Mamede Leão tentou impedi-lo, sem sucesso.

“O dono da rádio sou eu, Mamede. Jardel não fala hoje aqui, não”, disse o vereador. O locutor reagiu: “Mas o programa não é seu, Rodrigão”. O programa saiu do ar no dia seguinte.Atualmente, há 4,6 mil rádios comunitárias em operação legal. O “boom” mais recente ocorreu no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-presidente mantém o recorde de outorgas, com 630 liberações em 2009 – a Câmara faz esses registros há 16 anos.  Na campanha de 2018, a equipe de Bolsonaro avaliava que as rádios comunitárias eram “focos petistas” e serviam para divulgar ações de vereadores, prefeitos e deputados ligados ao partido.

MOEDA DE TROCA – Agora, a visão do Planalto mudou. Representantes do setor disseram à reportagem que o governo ainda não teve tempo de formar uma rede de emissoras simpatizantes, mas já usa a liberação de outorgas – uma demanda represada da área – como moeda de troca no Congresso.

A lei veda o vínculo das associações outorgadas com rádios com agremiações partidárias ou religiosas. Acaba, no entanto, não alcançando ligações informais. A Rádio Elshadday FM, do Recife, foi uma das renovadas neste ano. Ela é dirigida por Marcelo Elshadday, pastor da Igreja Evangélica Internacional Elshadday, fundada pelo apóstolo Marcos Campelo.

O líder religioso, que já tentou ser vereador em 2008 e 2012 pelo PSL e pelo PPS, usa a emissora para atrair fiéis. “Quero convidar você para estar hoje comigo, com o pastor, em um culto de unção e libertação”, afirmou Campelo em recente transmissão. Apesar das coincidências, o apóstolo disse ao Estadão não haver vínculo. O pastor Elshadday, por sua vez, reforçou que são coisas distintas. “Não é vínculo, a rádio é aberta para qualquer pessoa.”

GESTÃO DE FHC – As comunitárias foram instituídas, há 22 anos, por uma lei do então presidente Fernando Henrique Cardoso. A norma reconheceu o funcionamento das estações, antes consideradas piratas, que operavam em locais não cobertos por emissoras comerciais ou educativas.

Sob controle formal de associações comunitárias, as rádios costumam funcionar como cabos eleitorais de políticos. As rádios têm baixa potência (25 Watts) e um alcance de 4 km, que pode ser maior a depender do relevo onde a antena for instalada – elas costumam reproduzir a programação na internet.

CONFLITO COMERCIAL – Uma característica das comunitárias é o conflito comercial. A legislação veda as propagandas. Só é liberado “apoio cultural”, com informações institucionais. Na prática, porém, as rádios são repletas de anúncios de comércios locais e prefeituras e Câmaras Municipais. “Não é comercial, é apoio cultural. Comercial é rádio comercial. Isso aí é o linguajar do governo”, disse Fernando Marques, diretor da Rádio Planalto FM, de Aparecida de Goiânia, Goiás, incluída na mais recente lista de renovações.

O presidente da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço), Geremias dos Santos, observou que as rádios difundem tradições, debatem problemas locais e, na pandemia do coronavírus, abriram espaço para a educação a distância. “Estão dando um show de superação e solidariedade.”

LICENÇA –  A liberação recorde de outorgas pelo governo Bolsonaro ocorreu justamente no período anterior ao processo das eleições municipais. As emissoras só podem entrar no ar quando Câmara e Senado dão autorização, mas elas obtêm licença provisória para transmitir se o Legislativo demorar mais de 90 dias para votar a outorga. É o que deve ocorrer neste ano, já que as comissões nas duas Casas não foram instaladas e não há data prevista para votação.

Um estudo sobre a autorização de emissoras como moeda de barganha política, do consultor legislativo da Câmara Cristiano Aguiar Lopes e do professor emérito da Universidade de Brasília Venício de Lima, apontou, em 2007, que metade das rádios comunitárias autorizadas nos governos FHC e Lula tinha elo político.

À época, o levantamento concluiu que ter padrinho poderia ser determinante na aprovação e na velocidade de obtenção de outorga. O uso político das liberações das comunitárias ocorre em dois níveis: no municipal, em que as outorgas têm um valor no “varejo” da política, e no estadual/federal, no qual se atua no “atacado”, escreveram os pesquisadores.

CHANCES – Em uma tese de doutorado aprovada no ano passado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Aguiar apontou que associações comunitárias com apadrinhamento político têm o dobro de chance de obter outorgas, já que existem pedidos de deputados e senadores para agilizar os processos.

O consultor analisou 5,5 mil processos com interferência parlamentar no Ministério das Comunicações, até 2015. Constatou que os “candidatos radiodifusores” melhoram seu desempenho eleitoral após obter o controle de rádios. Ao observar as cinco últimas disputas, de 2000 a 2016, notou que 46,1% dos 1.058 candidatos radiodifusores se elegeram.

A influência aumenta nas cidades onde o rádio é o único meio de comunicação. “A posse dessas rádios gera um ganho de capital político e quem consegue uma outorga tem mais chances de se eleger prefeito”, disse Aguiar. Na avaliação do pesquisador, o poder público faz vista grossa a uma apropriação das rádios para fins partidários.

RITOS TÉCNICOS  – O governo afirmou que as análises de pedidos de outorga de rádios comunitárias seguem ritos “estritamente técnicos e jurídicos”. Atualmente, há cerca de 7 mil processos relacionados a outorgas de serviços de radiodifusão em geral em trâmite. Destes, estima-se que 5 mil estejam na Presidência.

O Ministério das Comunicações disse que “os procedimentos de outorga dos serviços de radiodifusão estão sendo revistos com vistas à desburocratização, melhoria de eficiência e agilidade, simplificação, modernização da legislação”.

Ao Estadão, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que assumiu a pasta em 17 de junho, declarou que vai submeter os processos parados a uma “peneira”. Afirmou, ainda, que o presidente Jair Bolsonaro não deu nenhuma orientação específica sobre o assunto. “Não falou comigo sobre isso. Esse movimento de buscar e analisar os casos é 100% meu”, observou.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

O BUNDA SUJA BOLSONAROI USOU O MINISTRO MORO E DEPOIS, SACANAMENTE, SACOU UM CARTÃO VERMNELHO E COM ISSO A CORRUPÇÃO VAI NADAR DE BRAÇADA...

A corrupção política brasileira e o desastre da economia – Folha ...
Matheus Lara

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro disse em entrevista ao jornal britânico Financial Times que o governo de Jair Bolsonaro usou sua presença na equipe ministerial como desculpa para demonstrar que medidas anticorrupção estariam sendo tomadas. O ex-ministro afirmou que o governo não estava fazendo muito e que esta agenda tem sofrido reveses desde 2018, quando Bolsonaro se elegeu.

“Uma das razões para eu sair do governo foi que não estava se fazendo muito (pela agenda anticorrupção)”, disse Moro à publicação. “Eles estavam usando minha presença como uma desculpa, então eu saí. A agenda anticorrupção tem sofrido reveses desde 2018”.

ACUSAÇÃO – A FT lembrou que a saída de Moro foi marcada pela acusação de que o presidente Bolsonaro teria interferido politicamente na Polícia Federal. Um inquérito no Supremo Tribunal Federal investiga as declarações do ex-ministro.

Moro comentou que não se combate corrupção sem respeitar a lei e as instituições. “Ele mudou o diretor da Polícia Federal sem pedir minha opinião e sem uma boa causa. Não acho que dá para combater corrupção sem respeitar a lei e a autonomia das instituições que investigam e denunciam crimes.”

Moro também comentou a aproximação de Bolsonaro com o Centrão, o “controverso bloco de partidos conhecidos por oferecer apoio em troca de cargos políticos”, de acordo com o jornal. “No começo, o governo parecia evitar esse tipo de prática, mas hoje em dia não tenho tanta certeza”.

AMEAÇA – Na semana passada, o Estadão mostrou que um dos motivos que fizeram integrantes do Centrão se aliarem a Bolsonaro é justamente o medo de uma possível candidatura presidencial de Moro em 2022. Sem um candidato próprio na direita ou mesmo da centro-direita, o grupo teme que um eventual afastamento de Bolsonaro fortaleça a eleição do ex-ministro caso Bolsonaro tenha o mandato interrompido ou em 2022. Quando era juiz da Lava Jato, Moro foi algoz de vários dirigentes do Centrão.

O ex-ministro também comentou sobre os vazamentos de mensagens atribuídas a ele a procuradores da Operação Lava Jato da época em que ele atuava como juiz federal em Curitiba. As mensagens divulgadas pelo jornal The Intercept Brasil “machucaram a reputação da operação”, de acordo com a publicação. “Não reconheço a autenticidade daquelas mensagens. Não havia nada lá que pudesse comprometer o caso”, afirmou Moro.

domingo, 26 de julho de 2020

PRÉ-CANDIDATO A PREFEITO DE CAPOEIRAS É HOMEM DE PALAVRA



Por Altamir Pinheiro

Há um ditado popular muito conhecido por todos nós  que diz o seguinte: “Palavra dada  é como prego batido e ponta virada”. Pois bem, O pré-candidato a prefeito por Capoeiras, Nego do Mercado, é aquele tipo de político que se comporta como homem de uma palavra só. Ou seja,   é prego batido, ponta virada. É palavra que sai e não volta atrás. Na verdade, o município de Capoeiras está ganhando um político que surpreende positivamente pelo seu modo de proceder.  Voltando  a um tempo tão distinto, do qual temos saudade quando a gente era criança, ouvíamos muito falar  na expressão no FIO DO BIGODE que deu sequência ao lacre, a assinatura e a rubrica. Consistia em dar em garantia da palavra empenhada um fio da própria barba, retirado em geral do bigode. A palavra valia tanto quanto um fio do bigode. Pois homem que era homem, usava bigode. E para usá-lo tinha que honrar essa condição de homem. Tinha que ser muito macho, cumpridor de seus compromissos, custasse o que custasse. Tinha que ter na cara, além da barba, vergonha!!!

Uma das coisas mais bonitas de um político é aquela que ele cumpre a palavra empenhada perante seus eleitores na íntegra e em campanha, jamais foge ou engana o eleitor. Mais o que é credibilidade, hein?!?!?! No livro do escritor  Paulo Zabeu, intitulado Cinco regras para vencer seus limites, ele fala que, CREDIBILIDADE é quando se diz e faz; prometeu, cumpriu. Palavra é compromisso; jamais, em tempo algum, prometa algo que você já tenha certeza que não vai cumprir. Quando você promete sabendo que não vai cumprir, sua força interna recebe os reflexos da dúvida, da incerteza, da insegurança. Esse movimento interno de não cumprir o que prometeu exerce uma pressão desnecessária dentro de você, no seu ponto de equilíbrio. Se você prometeu, já sabendo que não irá cumprir, esse gesto forma um clima que vai trabalhar contrário à sua força interna. Muito mais grave ainda, prometeu-se para enganar, ou levar vantagens eleitorais; enfim, por má-fé.

A psicóloga Márcia Diniz nos  fala que, antigamente, a “palavra” significava tudo para as pessoas. Tudo isso baseado numa simples frase: “EU DOU A MINHA PALAVRA!!!”, pois  era o suficiente para se estabelecer um relacionamento baseado na confiança mútua. Em  Capoeiras, o eleitor já sabe muito bem  quem são os políticos “ENROLÃO”... Por isso não vota mais neles nem a pau!!! Da safra nova dos políticos de Capoeiras vem surgindo um que é digno da confiabilidade ou da própria credibilidade:  trata-se do pré-candidato a prefeito,   NEGO DO MERCADO, haja vista que pelo seu modo de conviver na sociedade local, ele tenta preservar   os valores  mais preciosos ou valiosos  e sabe muito bem que para ser uma pessoa de palavra ele está arquitetado  na   confiança, na ética e na moral. Mesmo  numa pré-campanha a conduta de Nego do Mercado é uma só e ele pretende ir até o fim no seu ponto de vista que é transmitir confiança ao seu possível eleitorado  para chegar triunfalmente na prefeitura de Capoeiras através de uma avalanche de votos, o VOTO DA CONFIANÇA depositado nele. Por isso, seu lema é um só:  cultivar a familiaridade, a ética e o  respeito, assumindo responsabilidades com o eleitor  e com aqueles que fazem parte do seu entorno, que é a população de Capoeiras, tanto os da Zona Rural como urbana. Assim será toda a campanha de Nego do  Mercado nas eleições municipais  de 15 de novembro. 

sábado, 25 de julho de 2020

COHAB II ESTÁ MOBILIZADA PARA ELEGER ANDRÉA NUNES



Por Altamir Pinheiro

O ex-candidato a vereador em 2016,  Carlos Alex da Cohab II,  é mais um que ADERIU  e se engajou de corpo e alma na pré-candidatura de Andréa Nunes(PTB) a legítima e futura  representante daquela comunidade. Carlos Alex aposta que Garanhuns precisa  ter uma Câmara com a nossa cara que pensa parecido conosco e ninguém melhor do que a atual  suplente de vereadora Andréa,  para encarnar esse sentimento.  Pois não é à toa que, ANDRÉA NUNES É A CARA DA COHAB II. Como se sabe, as Câmaras Municipais são os lugares mais próximos dos cidadãos e cidadãs, por isso é fundamental evidenciar novos protagonistas que têm compromisso com a participação popular, isso é o que pensa o morador daquele bairro na figura de Carlos Alex. Iniciativa semelhante, vem sendo seguida por outros correligionários que também abraçaram a causa e deram seus apoios incondicionais a pré-candidatura a vereadora pertencente aos quadros do PTB de Izaías e Silvino. É através de uma iniciativa conjunta como essa que àquela comunidade estará dando um passo importante rumo à construção de resultados eleitorais que interessam ao conjunto de todos os moradores da comunidade cohabeana, em seu anseio por mudar de forma significativa o cenário político de um bairro que anda muito carente de  obras públicas estruturais, por ser uma localidade  que mais cresce na cidade de Garanhuns. 

É do conhecimento de todos, qeu a  sociedade moderna vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes, e na COHAB II não é diferente, pois  só o ensino, a escola, o esporte, o envolvimento comunitário pode salvar esse quadro em que hoje se encontra a juventude de todos os bairros de Garanhuns. Em razão de ser ex-diretora da Escola Simôa Gomes, Andréa é o PONTO DE EQUILÍBRIO entre aquele estabelecimento educacional   e a comunidade  cohabeana. Ninguém melhor do que a professora Andréa para saber a importância do apoio e suporte familiar para que  o bairro venha a  possuir ou manter um ensino digno para a juventude local. A família é o principal espaço de referência, proteção e socialização dos indivíduos, independente da forma como se apresenta na sociedade. A parceria entre a família e a escola é de suma importância para o sucesso no desenvolvimento intelectual, moral e na formação do indivíduo na faixa etária escolar e  Andréa Nunes foi agraciada   quando  diretora daquela entidade de ensino em razão de sua participação  digna de aplausos  por ter conduzido com muita competência  uma parceria inédita, entre as mães de estudantes e a diretora Andréa  que   teve uma passagem  exemplar no comando da Escola Simôa Gomes. 

É preciso que os moradores da COHAB II  se conscientizem que aquele bairro assim como outro qualquer é o espaço em que se dá a vida cotidiana das pessoas, é nesse mesmo espaço que são aplicadas as políticas públicas que mais influenciam a vivência dos cidadãos e cidadãs. Os programas relacionados à saúde, lazer, educação e muitos outros são executados em cada uma dessas comunidades, mesmo que eles sejam programas dos governos federal e estadual. Ou seja, vereadores exercem um importante papel na fiscalização desses programas. Dessa forma, a escolha de vereadores comprometidos com a comunidade determina quão bom será a qualidade de vida de seus moradores e de que maneira está sendo aplicada as verbas destinadas a melhoria dos bairros. 

Em um bairro da dimensão da COHAB II, é possível que o cidadão participe mais ativamente de uma eleição para a Câmara  Municipal.  Isto porque a proximidade com o vereador  é bem maior, se compararmos com o prefeito.  Assim, é mais simples para cada um  acompanhar e fiscalizar a execução das políticas públicas que tanto  afetam o citado bairro, cobrando dos senhores e senhoras vereadoras. No caso específico das COHAB II, a pré-candidata a vereadora, ANDRÉA,  vai precisar e muito de força política através do voto  para cobrar do prefeito do municípios as obras de que tanto necessita um bairro que está crescendo numa dimensão gigantesca, por isso uma votação maciça numa figura conhecida como Andréa Nunes os seus moradores está dando um passo decisivo para afirmar categoricamente que, pela primeira vez terá uma legítima representante na Câmara de Vereadores de Garanhuns, E  esse nome, incontestável é o da guerreira cohabeana,  ANDRÉA NUNES!!!

quinta-feira, 23 de julho de 2020

SAM PECKINPAH: O POETA DA VIOLÊNCIA




Por Altamir Pinheiro

Há quem diga que o diretor, roteirista e ator  David Edward Samuel Ernest Peckinpah Jr., mais conhecido como  Sam Peckinpah que morreu com apenas 59 anos de idade em 1984,   foi injustamente chamado do poeta da violência. Na verdade foi um grande cineasta, que fez poucos, mas ótimos filmes.  Agora, não  há de se negar que ele  é um dos mais polêmicos, além de vândalo sem regras ou normas  dos  cineastas da Nova Hollywood. Seus filmes são famosos por serem extremamente violentos e por possuir no seu ponto culminante  doses cruentas,  sangrentas ou sanguinolentas. Dos seus 13 filmes há deles que são verdadeiras obras primas como Meu Ódio Será sua Herança(1969) com William Holden, Ernest Borgnine e Robert Ryan.  A Morte Não Manda Recado (1970), com o ótimo  Jason Robards. Dez Segundos de Perigo (1972), com Steve McQueen. Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia (1974), com Warren Oates e  Isela Veja. Sob o Domínio do Medo (1971) é um baita  filme de um suspense de fazer inveja a Alfred Hitchcock,  protagonizado por Dustin Hoffman. Confesso que não gostei da nova versão que foi filmado em 2011. 

No filme faroeste  Meu Ódio Será Sua  Herança começa com um grupo de policiais uniformizados, montados a cavalo, entrando numa pequena cidade norte-americana. O bando cruza com crianças que brincam no meio da rua, perto dos trilhos de um trem. Algumas tomadas esparsas mostram que a brincadeira infantil é um bocado cruel: os meninos jogaram escorpiões no meio de um formigueiro, e os bichos venenosos estão sendo devorados pelas formigas. “Meu Ódio Será Sua Herança” encerra enfocando os remanescentes do mesmo grupo de homens que aparece no princípio. Eles não são policiais, e sim uma quadrilha de assaltantes de banco; aquele era apenas um disfarce, como o espectador logo vai descobrir, na movimentada e sangrenta sequência que abre o filme com gosto de pólvora.

Não há heróis na película nem muito menos vilões. Na ocasião do fim do filme, os bandoleiros estão no México, e se dirigem para resgatar um dos membros do grupo. O violentíssimo tiroteio que se segue não apenas encerra o filme de maneira brilhante, mas fecha um círculo e explica a cena dos escorpiões da abertura; os escorpiões são uma metáfora para os bandidos. Os escorpiões são intrigantes porque jamais estiveram no roteiro do longa-metragem. Na verdade, eles foram uma sugestão de Emilio Fernandez, que contou ao cineasta Sam Peckinpah como se divertia no deserto mexicano, quando era menino. Peckinpah percebeu a fascinante simetria e filmou o ataque das formigas aos escorpiões abusando de planos-detalhe. Ao fazê-lo, acabou concebendo uma das aberturas mais estranhas, criativas e interessantes do cinema contemporâneo. 

Naquela oportunidade da filmagem nos poeirentos caminhos mexicanos,   é possível que o diretor não soubesse que estava colocando uma pá de cal no já combalido gênero western. Adepto dos chamados westerns crepusculares, que lamentavam a proximidade do fim do gênero por causa do crescente desinteresse das novas gerações de espectadores, “Meu Ódio Será Sua Herança” transportava para a história este lamento. Foi uma despedida honrosa e adequada, já que o filme não é ambientado nos anos de ouro do Velho Oeste, mas em 1913. Às vésperas da Revolução Mexicana, o antigo código de honra dos homens violentos e beberrões já não valia mais nada. O mundo agora era urbano. Botas viravam sapatos engraxados, revólveres transformavam-se em metralhadoras. A violência migrava dos descampados empoeirados para as cidades grandes. Segundo o comentarista Paulão, “O Velho Oeste dava os últimos suspiros”. Esse é o grande tema da obra de Sam Peckinpah, e também o pano de fundo do mais controverso e impactante dos filmes que o apóstolo da violência  dirigiu. 

O poeta e tradutor Paulo Ramos nos traz ou nos faz uma explanação brilhante desse monumental cineasta. Diz ele: o “poeta da violência”, conseguiu revisitar o faroeste de maneira a demonstrar a derrocada do romantismo que permeava as narrativas dessa estirpe, juntamente ao próprio fim espaço-temporal delas. Em verdadeiras obras-primas, como a exemplar Meu Ódio Será Sua Herança(1969) que está sobremaneira evidente a melancólica brutalidade do contexto histórico-geográfico em questão, isto é, o final do século XIX e início do XX no oeste estadunidense e norte-mexicano, outrora selvagens e palco de gloriosas aventuras, mas agora tragados pela modernização veloz correndo  com o tempo que exigia pressa. Neste momento, o fim incontornável de uma era, apenas a crueza, simbolicamente poética, de intenções e ações de homens defasados e solitários, mas fortes e determinados, assim era o bravo Oeste de Peckinpah nas telas de cinema do mundo inteiro advindo do fantástico mundo dos faroestes Hollywoodiano. Encerro o texto com um efusivo e caloroso viva à obra do apóstolo da violência!!!



terça-feira, 21 de julho de 2020

SÓ ESTÁ FALTANDO MESMO O NORDESTE PARA SÉRGIO MORO SEGUIR FIRME E FORTE RUMO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Com crise e cortes no Bolsa Família, 3 milhões entraram na extrema ...

Por Altamir Pinheiro

Como se sabe, o PT não erradicou a pobreza nordestina ele apenas dividiu a miséria.  Através de pura demagogia, Lula, Dilma et caterva engabelaram o mundiçal remelento do bolsa esmola de um povo inocente,   miserável  e pidão com base num suposto “bem estar social”, quando na verdade criou um círculo vicioso de dependência dos beneficiados. De graça, nordestino toma até injeção na testa, até porque, pobreza  não se combate com distribuição de dinheiro, mas com educação fundamental e enterrando canos debaixo do chão com saneamento básico e incentivo ao trabalho e a geração de renda!!! Veja o exemplo das nações nórdicas: são altamente desenvolvidas, com políticas sociais amplas, gerais e irrestritas porém não utilizaram, no passado (quando ainda eram sociedades economicamente atrasadas) qualquer incentivo financeiro a ociosidade ou a vagabundagem de boa parte de um povo que adora viver de esmola, como é o caso do  nordestino. Lá, eles Investiram maciçamente  em educação, saneamento, saúde e ambiente econômico livre para propiciar o atual avanço econômico e social à sua população. 

Todo o brasileiro do bem contagiou-se com a exemplar performance  política do inabalável e gentlemen Sérgio Moro que a cada dia que passa consolida-se na oposição ao Bunda Suja Boca Porca Bolsonaro e ruma firme e forte para se eleger presidente do Brasil em 2022. Goste-se ou não dele, todos hão de reconhecer que essa figura ímpar tornou-se num símbolo do combate à corrupção quando juiz de Curitiba e foi  o principal boca de caieira ou a viga mestra responsável pelo êxito da operação Lava Jato, que já dura preciosos seis anos e não só desbaratou a safadeza endêmica da  corrupção como devolveu bilhões  de recursos desviados das estatais tendo a Petrobrás como pano de fundo. Infelizmente, em dezembro de 2018, o cidadão que representa a ética e a moralidade  no Brasil cometeu um grande equívoco ao trocar seu cargo de juiz para assumir o ministério da Justiça e Segurança Pública do governo Recruta Zero. Com o passar do tempo ficou latente e à mostra de todos o desconforto da relação entre o ministro e um troglodita Bunda Suja, o que, acertadamente, se refez ao pressentir que caiu no conto do vigário, quando  culminou no seu pedido de demissão livrando-se de um mal maior que era viver arrodeado de imbecis descerebrados como  Flávio, Eduardo, Carlos e Queiroz, se já não bastasse o Capitão Cloroquina...

Como diz o excelente jornalista pernambucano Edmar Lyra, “para Moro a política é um CAMINHO SEM VOLTA, a partir do momento em que ele tomou a decisão de servir ao país como auxiliar de Bolsonaro, entrou no ringue político e qualquer decisão teria conotação política ou eleitoral. Isso leva a crer que Sergio Moro continua sendo um player na sucessão do próprio Bolsonaro, que vislumbra um céu de brigadeiro no enfrentamento à esquerda, que não tem nome natural para 2022. A entrada de Moro no páreo toma de uma vez por todas a pauta de combate à corrupção do presidente e coloca seu ex-ministro na condição de mais competitivo antagonista na luta pela reeleição. Sergio Moro, que hoje detém índices relevantes no Sul e Sudeste, e em estratos sociais das classes A e B, precisará aproximar-se do Nordeste, discutindo pautas para a região e naturalmente nacionalizando e popularizando sua imagem. Com isso, ele tende a chegar muito forte para enfrentar o presidente Bolsonaro em 2022, dividindo a direita e dando alguma chance de sobrevida à esquerda.”.  Portanto, não tem para onde correr, pois  o jogo é jogado e o lambari é pescado. Como se vê, só está faltando mesmo o Nordeste para Sérgio Moro deslanchar e seguir firme e forte rumo à presidência e ao escancararem as urnas, o nosso inabalável e gentlemen Xerife Moro(sem ódio e sem medo),  somente terá o  trabalho de  correr para o abraço. 

O RECRUTA ZERO IMOBILIZOU E IMBECILOZOU O BRASIL, VAMOS PRA ONDE?!?!?!

Recruta Zero - Bom dia! E que comecem os Memes! | Facebook

Carlos Newton

Com apenas um ano e meio de governo, o presidente Jair Bolsonaro jaz inerte, aprisionado por seus próprios erros. Totalmente despreparado para o exercício do Poder, Bolsonaro desprezou o aconselhamento de aliados de alto nível, como os generais Augusto Heleno, Santa Rosa, Hamilton Mourão e Santos Cruz e o advogado Gustavo Bebianno, preferindo seguir  seus filhos irresponsáveis e o guru terraplanista Olavo de Carvalho, mentor ideológico deles.

Este foi seu primeiro gravíssimo erro, porque significou a escolha de ministros de baixo nível, como Ricardo Vélez Rodrigues, Damares Alves, Ernesto Araújo e Marcelo Álvaro Antonio.

IMPORTANTES PERDAS – Depois, insistiu no erro e perdeu quadros importantes, como Bebianno (Secretaria-Geral), Santos Cruz (Secretaria de Governo), Santa Rosa (Assuntos Estratégicos). E também errou ao colocar o vice Mourão no freezer do Planalto, proibindo-o de receber embaixadores e dar entrevistas sobre o governo. Os outros saíram, mas Mourão é indemissível, absorveu o golpe e deixou o tempo passar.

Ao mesmo tempo em que perdia grandes aliados, Bolsonaro cometia outros erros gravíssimos. Um deles foi atacar a mídia, que sempre apoia governos iniciantes. Mas Bolsonaro preferiu confiar na avaliação do guru virginiano e dos filhos, que lhe convenceram de que a mídia não tem mais força e hoje o importante é dominar as redes sociais.  

Resultado: pela primeira vez na História do Brasil, um governo perdeu o apoio de toda a grande mídia logo no início da gestão, muito pior do que aconteceu com João Goulart, que ainda tinha parte da mídia a seu favor, quando foi derrubado.

GUEDES E BRAGA – Outro grave erro foi colocar Paulo Guedes como czar da economia, dando-lhe plenos poderes. O ministro da Economia fracassou desde o início, fez uma reforma da Previdência remendada, que garantiu privilégios da nomenklatura civil e militar, preferindo cortar por baixo.

O pior é que Guedes não tem nenhum planejamento, está perdido em si mesmo, só pensa em desonerar empresas, proteger banqueiros e vender  estatais. É um mau brasileiro, deveria voltar ao mercado, para aplicar aqueles golpes nos fundos de pensão que lhe valeram denúncia oficial da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) e até hoje ele não foi prestar depoimento.

Desde o início, a chamada ala militar tentou recolocar o governo nos trilhos, mas o próprio Bolsonaro não aceita sugestões dos aliados. O resultado é um governo imbecilizado e imobilizado, no qual o chefe da Casa Civil, ao invés de tocar o governo na eterna ausência do titular, dedica-se a arranjar um emprego altamente remunerado para a filha.